Comportamento social de antas (tapirus terrestris): relações de parentesco em uma paisagem fragmentada / Gabriela Medeiros e Pinho.

Por: Pinho, Gabriela Medeiros deColaborador(es):Farias, Izeni Pires | Silva, Anders Gonçalves | Venticinque, Eduardo MartinsDetalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2011Notas: 38 fAssunto(s): Anta -- Comportamento | Genética de populações | Marcadores microssatélites | Comportamento reprodutivo | Anta -- AcasalamentoClassificação Decimal de Dewey: 599.7270415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011 Sumário: A área de vida média de antas é 2,6 Km2 na Amazônia, com alta sobreposição entre indivíduos, uma característica de espécies não territoriais. Entretanto, existe a evidência de que indivíduos regularmente percorrem as bordas de suas áreas de vida, o que indica o monitoramento de um território. Além disso, em reintroduções com a espécie Tapirus bairdii, foi registrado o ataque de indivíduos residentes aos introduzidos. Com objetivo de explorar esta aparente contradição e compreender o comportamento social das antas, nós sugerimos que as antas toleram indivíduos de áreas de vida adjacentes e sobrepostas se estes são parentes próximos. Para testar esta hipótese nós comparamos a proporção de relações entre indivíduos aparentados na escala individual (3km) com a proporção em escala de paisagem (em todo o banco de dados). No total nós amostramos 63 amostras de fezes em que 24 foram genotipadas para cinco marcadores microssatélites (dos 14 testados). Os cinco loci foram informativos em termos de identificação individual: a probabilidade de identidade e de exclusão de parentesco foram 6,32x10-6 e 0,98, respectivamente. Tanto a AMOVA quanto o STRUCTURE sugeriram apenas uma população panmítica na área de estudo. A análise utilizando o programa COLONY em 22 indivíduos sugeriu como sistema de acasalamento mais provável para antas a poligamia e a partir deste modelo estimou dois pares de irmãos completos e 36 pares de meio irmãos, mas nenhuma relação parental-filhote no banco de dados. Em 19 casos de relações entre meio irmãos, os irmãos estavam localizados em margens opostas do reservatório. A distribuição de distâncias entre meio irmãos variou de 0,22 a 19,3km (média±sd; 10,6±5,14km) e não foi estatisticamente diferente da distribuição das distâncias entre indivíduos não aparentados (Mann-Whitney U=1; p 0,05). A proporção de relações entre indivíduos aparentados nas duas escalas não foi diferente (G:0.11, 1 d.f., p0.05). Desta forma, nós não encontramos suporte para nossa hipótese, sugerindo que antas não formam grupos sociais baseados no parentesco e os indivíduos meio-irmãos estão distribuídos na paisagem da mesma forma que os não aparentados. Este resultado sugere dispersão da prole ou do parental.
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Dissertação T 599.7270415 P654c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0296

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011

A área de vida média de antas é 2,6 Km2 na Amazônia, com alta sobreposição entre indivíduos, uma característica de espécies não territoriais. Entretanto, existe a evidência de que indivíduos regularmente percorrem as bordas de suas áreas de vida, o que indica o monitoramento de um território. Além disso, em reintroduções com a espécie Tapirus bairdii, foi registrado o ataque de indivíduos residentes aos introduzidos. Com objetivo de explorar esta aparente contradição e compreender o comportamento social das antas, nós sugerimos que as antas toleram indivíduos de áreas de vida adjacentes e sobrepostas se estes são parentes próximos. Para testar esta hipótese nós comparamos a proporção de relações entre indivíduos aparentados na escala individual (3km) com a proporção em escala de paisagem (em todo o banco de dados). No total nós amostramos 63 amostras de fezes em que 24 foram genotipadas para cinco marcadores microssatélites (dos 14 testados). Os cinco loci foram informativos em termos de identificação individual: a probabilidade de identidade e de exclusão de parentesco foram 6,32x10-6 e 0,98, respectivamente. Tanto a AMOVA quanto o STRUCTURE sugeriram apenas uma população panmítica na área de estudo. A análise utilizando o programa COLONY em 22 indivíduos sugeriu como sistema de acasalamento mais provável para antas a poligamia e a partir deste modelo estimou dois pares de irmãos completos e 36 pares de meio irmãos, mas nenhuma relação parental-filhote no banco de dados. Em 19 casos de relações entre meio irmãos, os irmãos estavam localizados em margens opostas do reservatório. A distribuição de distâncias entre meio irmãos variou de 0,22 a 19,3km (média±sd; 10,6±5,14km) e não foi estatisticamente diferente da distribuição das distâncias entre indivíduos não aparentados (Mann-Whitney U=1; p 0,05). A proporção de relações entre indivíduos aparentados nas duas escalas não foi diferente (G:0.11, 1 d.f., p0.05). Desta forma, nós não encontramos suporte para nossa hipótese, sugerindo que antas não formam grupos sociais baseados no parentesco e os indivíduos meio-irmãos estão distribuídos na paisagem da mesma forma que os não aparentados. Este resultado sugere dispersão da prole ou do parental.

Área de concentração: Ecologia

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