Perfil metabólico e desempenho zootécnico de filhotes de peixe-boi da Amazônia ( Trichechus inunguis) mantidos em cativeiro, alimentados com diferentes sucedâneos do leite materno Alen Henrique Passos Maduro

Por: Maduro, Alen Henrique PassosColaborador(es):Vera Maria Ferreira da Silva | Roseane Pinto Martins de OliveiraDetalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2014Notas: xx, 84 f. : il. colorAssunto(s): Peixe-boi da Amazônia | Bioquímica sérica | Nutrição -- Ganho de pesoClassificação Decimal de Dewey: 599.55 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014 Sumário: Foram avaliados o perfil metabólico, o desempenho zootécnico e a correlação entre a espessura da gordura subcutânea e medidas biométricas de filhotes de peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), mantidos em cativeiro, alimentados com diferentes sucedâneos do leite materno. Dez filhotes com peso médio de 65,75 kg e idade média de 15,3 meses foram amamentados com dietas lácteas experimentais em duas etapas. Na primeira etapa foram alimentados com sucedâneo 1 (S1), utilizado rotineiramente no Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia LMA/INPA. Na segunda etapa foram alimentados com sucedâneo 2 (S2), formulado com base na composição nutricional do leite materno da espécie. Cada etapa experimental teve duração de 62 dias, realizando-se coleta de sangue para análise bioquímica e hematológica, biometrias, controle de consumo de leite e medição da espessura de gordura subcutânea (EGS). Para o perfil metabólico foram avaliados valores de proteínas totais (PT), albumina (ALB), globulinas (GLO), glicose (GLI), lipídeos totais (LT), colesterol (COL), triglicerídeos (TRI), cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na), potássio (K), hematócrito (Ht) e hemoglobina (Hb), para o desempenho zootécnico foram avaliados o ganho de peso (GP), ganho em crescimento linear (GCL), consumo de leite líquido (CLL), ingestão de matéria seca (IMS) e conversão alimentar (CA). A medida de EGS (cm) foi obtida utilizando aparelho de ultrassonografia portátil. As medidas biométricas peso, comprimento linear (CL), circunferência máxima (CM) e circunferência da base da cauda (CBC) foram realizadas utilizando balança analógica (kg) e fita métrica (cm) respectivamente. Houve redução de PT, ALB, GLO, Ca, P e K após a alimentação dos animais com S2 quando comparados aos valores obtidos com S1. Os valores de GLI, LT, COL e TRI ao final da amamentação com S2 (36,70±12,90 mg/dL, 519,30±44,99 mg/dL, 180,10±35,57 mg/dL e 65,20±22,09 mg/dL respectivamente) foram bem inferiores aos valores encontrados quando os animais foram alimentados com S1 (53,50±9,28 mg/dL, 733,70±128,07 mg/dL, 307,20±84,42 mg/dL e 153,70±59,38 mg/dL respectivamente). Os níveis de Na foram maiores quando administrado o S2 (148,16±1,15 mmol/l) do que com S1 (143,47±0,99 mmol/l). Valores de Ht e Mg não diferiram entre os tratamentos. O perfil metabólico esteve dentro dos níveis normais para a espécie com exceção da ALB e GLO que estiveram abaixo e acima dos padrões respectivamente. Para o desempenho zootécnico houve maior GP (p0,0001) e maior GCL (p=0,0090) quando os animais foram alimentados com S2 (12,30 ± 4,64 kg e 7,85 ± 2,87 cm) do que quando alimentados com S1 (6,31 ± 3,70 kg e 5,37 ± 3,47 cm). O CLL diminuiu (p=0,0038) e a IMS aumentou (p0,0001) com a administração do S2. Os animais tiveram melhor CA com S2 (15,01 kg de leite/kg) do que com S1. Não houve correlação (p0,05) entre as variáveis EGS e o peso (r=0,0084 e r=0,1650 para S1 e S2 respectivamente), EGS e CL (r=0,0565 para S1 e r=0,2127 para S2), EGS e CM (r=0,0105 para S1 e r=0,0906 para S2) e a EGS e CBC (r=0,0559 e r=0,2449 para S1 e S2 respectivamente). O S2 foi mais eficiente, favorecendo maior ganho de peso e crescimento dos animais e o perfil metabólico realizado mostrou ser viável no auxílio da avaliação nutricional para a espécie. A medida da EGS não pode predizer a condição corporal de filhotes de peixe-boi da Amazônia, pois não foi observado efeito do crescimento e do peso na variação da espessura de gordura subcutânea. O S2 apresentou resultados satisfatórios no desempenho zootécnicos de filhotes de T. inunguis, podendo ser adotado como nova dieta láctea artificial para manutenção dos animais em cativeiro.
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Dissertação T 599.55 M183p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0020

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014

Foram avaliados o perfil metabólico, o desempenho zootécnico e a correlação entre a espessura da gordura subcutânea e medidas biométricas de filhotes de peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), mantidos em cativeiro, alimentados com diferentes sucedâneos do leite materno. Dez filhotes com peso médio de 65,75 kg e idade média de 15,3 meses foram amamentados com dietas lácteas experimentais em duas etapas. Na primeira etapa foram alimentados com sucedâneo 1 (S1), utilizado rotineiramente no Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia LMA/INPA. Na segunda etapa foram alimentados com sucedâneo 2 (S2), formulado com base na composição nutricional do leite materno da espécie. Cada etapa experimental teve duração de 62 dias, realizando-se coleta de sangue para análise bioquímica e hematológica, biometrias, controle de consumo de leite e medição da espessura de gordura subcutânea (EGS). Para o perfil metabólico foram avaliados valores de proteínas totais (PT), albumina (ALB), globulinas (GLO), glicose (GLI), lipídeos totais (LT), colesterol (COL), triglicerídeos (TRI), cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na), potássio (K), hematócrito (Ht) e hemoglobina (Hb), para o desempenho zootécnico foram avaliados o ganho de peso (GP), ganho em crescimento linear (GCL), consumo de leite líquido (CLL), ingestão de matéria seca (IMS) e conversão alimentar (CA). A medida de EGS (cm) foi obtida utilizando aparelho de ultrassonografia portátil. As medidas biométricas peso, comprimento linear (CL), circunferência máxima (CM) e circunferência da base da cauda (CBC) foram realizadas utilizando balança analógica (kg) e fita métrica (cm) respectivamente. Houve redução de PT, ALB, GLO, Ca, P e K após a alimentação dos animais com S2 quando comparados aos valores obtidos com S1. Os valores de GLI, LT, COL e TRI ao final da amamentação com S2 (36,70±12,90 mg/dL, 519,30±44,99 mg/dL, 180,10±35,57 mg/dL e 65,20±22,09 mg/dL respectivamente) foram bem inferiores aos valores encontrados quando os animais foram alimentados com S1 (53,50±9,28 mg/dL, 733,70±128,07 mg/dL, 307,20±84,42 mg/dL e 153,70±59,38 mg/dL respectivamente). Os níveis de Na foram maiores quando administrado o S2 (148,16±1,15 mmol/l) do que com S1 (143,47±0,99 mmol/l). Valores de Ht e Mg não diferiram entre os tratamentos. O perfil metabólico esteve dentro dos níveis normais para a espécie com exceção da ALB e GLO que estiveram abaixo e acima dos padrões respectivamente. Para o desempenho zootécnico houve maior GP (p0,0001) e maior GCL (p=0,0090) quando os animais foram alimentados com S2 (12,30 ± 4,64 kg e 7,85 ± 2,87 cm) do que quando alimentados com S1 (6,31 ± 3,70 kg e 5,37 ± 3,47 cm). O CLL diminuiu (p=0,0038) e a IMS aumentou (p0,0001) com a administração do S2. Os animais tiveram melhor CA com S2 (15,01 kg de leite/kg) do que com S1. Não houve correlação (p0,05) entre as variáveis EGS e o peso (r=0,0084 e r=0,1650 para S1 e S2 respectivamente), EGS e CL (r=0,0565 para S1 e r=0,2127 para S2), EGS e CM (r=0,0105 para S1 e r=0,0906 para S2) e a EGS e CBC (r=0,0559 e r=0,2449 para S1 e S2 respectivamente). O S2 foi mais eficiente, favorecendo maior ganho de peso e crescimento dos animais e o perfil metabólico realizado mostrou ser viável no auxílio da avaliação nutricional para a espécie. A medida da EGS não pode predizer a condição corporal de filhotes de peixe-boi da Amazônia, pois não foi observado efeito do crescimento e do peso na variação da espessura de gordura subcutânea. O S2 apresentou resultados satisfatórios no desempenho zootécnicos de filhotes de T. inunguis, podendo ser adotado como nova dieta láctea artificial para manutenção dos animais em cativeiro.

Área de concentração : Biologia de água doce e pesca interior

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