Comparação osteológica nas espécies do gênero Sotalia Gray, 1866 no Brasil (Cetacea, Delphinidae) / Daniela de Castro Fettuccia.

Por: Fettuccia, Daniela de CastroColaborador(es):Silva, Vera Maria Ferreira da [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2006Notas: xv, 107 fAssunto(s): Boto (Mamífero aquático) -- Morfologia | Sotalia guianensis -- Morfologia | Sotalia fluviatilis -- MorfologiaClassificação Decimal de Dewey: 599.5044 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2006 Sumário: Recentemente, foram reconhecidas duas espécies para o gênero Sotalia: S. fluviatilis (Gervais, 1853), com ocorrência na bacia amazônica e S. guianensis (van Bénéden, 1864), com uma distribuição que vai desde Santa Catarina (Florianópolis) (27°35'S e 48°34'W) até Honduras (15°58'N e 85°42'W). Visando buscar mais subsídios que corroborem com a separação das duas espécies, bem como uma caracterização morfológica, foi realizado um trabalho osteológico comparativo entre os exemplares marinhos (dos estados do AP, PA, CE e SC) e fluviais (AM) em relação a caracteres métricos (crânio, mandíbula, escápula, nadadeira peitoral e esterno) e não-métricos (crânio, mandíbula e vértebras cervicais). Na análise dos caracteres não-métricos, foi observada uma maior porcentagem de ocorrência de fenestras na região occipital (65,9%) e de costelas cervicais (87,09%) na espécie fluvial. A forma do vômer em cálice invertido foi mais freqüente na espécie fluvial (56,76%), seguida da forma intermediária (32,43%) e paralela (10,81%). A forma do vômer paralela foi mais freqüente na espécie marinha (65,79% a 76,19%). Em relação ao forame lacerado anterior, foi observado que a forma aberta/alongada é mais comum na espécie fluvial (87,80%). Na espécie marinha, a maioria dos exemplares apresenta este forame hipoglossal visível ventralmente foi mais observada em S. guianensis (88% a 97,77%), enquanto que em S. fluviatilis, a maioria dos exemplares (86,67%) apresentou este forame deslocado internamente à sutura do basioccipital, não podendo ser observado em vista ventral. A análise morfométrica (Análise de Variáveis Canônicas) mostrou uma nítida separação entre as duas espécies em relação ao crânio e pós-crânio. A espécie marinha apresentou o crânio proporcionalmente mais largo do que a espécie fluvial. Os nasais se apresentaram mais estreitos e a distância do extremo do rosto à base do nasal foi maior na espécie fluvial. A mandíbula não diferiu morfologicamente entre as espécies. O número de alvéolos não variou entre as espécies e sim entre as amostras. Os ossos da nadadeira peitoral e a cavidade glenóide apresentaram-se proporcionalmente mais largos na espécie fluvial. O esterno, ao contrário, apresentou-se menor nesta espécie em relação à largura máxima do manúbrio, mas esta estrutura merece uma análise mais detalhada.
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Dissertação T 599.5044 F421c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 07-0261

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2006

Recentemente, foram reconhecidas duas espécies para o gênero Sotalia: S. fluviatilis (Gervais, 1853), com ocorrência na bacia amazônica e S. guianensis (van Bénéden, 1864), com uma distribuição que vai desde Santa Catarina (Florianópolis) (27°35'S e 48°34'W) até Honduras (15°58'N e 85°42'W). Visando buscar mais subsídios que corroborem com a separação das duas espécies, bem como uma caracterização morfológica, foi realizado um trabalho osteológico comparativo entre os exemplares marinhos (dos estados do AP, PA, CE e SC) e fluviais (AM) em relação a caracteres métricos (crânio, mandíbula, escápula, nadadeira peitoral e esterno) e não-métricos (crânio, mandíbula e vértebras cervicais). Na análise dos caracteres não-métricos, foi observada uma maior porcentagem de ocorrência de fenestras na região occipital (65,9%) e de costelas cervicais (87,09%) na espécie fluvial. A forma do vômer em cálice invertido foi mais freqüente na espécie fluvial (56,76%), seguida da forma intermediária (32,43%) e paralela (10,81%). A forma do vômer paralela foi mais freqüente na espécie marinha (65,79% a 76,19%). Em relação ao forame lacerado anterior, foi observado que a forma aberta/alongada é mais comum na espécie fluvial (87,80%). Na espécie marinha, a maioria dos exemplares apresenta este forame hipoglossal visível ventralmente foi mais observada em S. guianensis (88% a 97,77%), enquanto que em S. fluviatilis, a maioria dos exemplares (86,67%) apresentou este forame deslocado internamente à sutura do basioccipital, não podendo ser observado em vista ventral. A análise morfométrica (Análise de Variáveis Canônicas) mostrou uma nítida separação entre as duas espécies em relação ao crânio e pós-crânio. A espécie marinha apresentou o crânio proporcionalmente mais largo do que a espécie fluvial. Os nasais se apresentaram mais estreitos e a distância do extremo do rosto à base do nasal foi maior na espécie fluvial. A mandíbula não diferiu morfologicamente entre as espécies. O número de alvéolos não variou entre as espécies e sim entre as amostras. Os ossos da nadadeira peitoral e a cavidade glenóide apresentaram-se proporcionalmente mais largos na espécie fluvial. O esterno, ao contrário, apresentou-se menor nesta espécie em relação à largura máxima do manúbrio, mas esta estrutura merece uma análise mais detalhada.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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