Efeito da obstrução gerada pela densidade da vegetação do sub-bosque sobre morcegos frugívoros e animalívoros catadores (Chiroptera: Phyllostomidae) na Amazônia Central, Brasil / Rodrigo Marciente Teixeira da Silva.

Por: Silva, Rodrigo Marciente Teixeira daColaborador(es):Magnusson, William Ernest | Bobrowiec, Paulo EstefanoDetalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2012Notas: vii, 47 f. : ilAssunto(s): Morcegos | Ecologia -- ComunidadesClassificação Decimal de Dewey: 599.4 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012 Sumário: Locais onde a vegetação florestal é fechada demandam dos morcegos maior capacidade de manobrar durante o voo. Baseado na morfologia das asas, sugere-se que morcegos animalívoros catadores apresentam melhor desempenho de voo em ambientes obstruídos do que outras guildas tróficas. Eu relacionei a densidade da vegetação do sub-bosque, como uma medida de obstrução do espaço, e a composição de espécies em assembléias de morcegos Phyllostomidae. Em florestas primárias, nos sítios com sub-bosque mais denso, eu esparava encontrar uma maior contribuição de morcegos animalívoros na composição de espécies. Realizei o estudo no Interflúvio dos Rios Purus e Madeira, ao longo da rodovia BR-319 onde oito unidades amostrais distantes no mínimo 40 km e compostas por dez parcelas permanentes foram amostradas. Empreguei técnicas de ordenação e modelos lineares generalizados, para realizar inferências sobre o uso de ambientes com diferentes níveis de obstrução por morcegos Phyllostomidae. Após 3.840 horas-rede, 511 morcegos de 4 famílias (Emballunoridae, Phyllostomidae, Vespertilionidae e Thyropteridae) e 27 espécies foram capturadas, dos quais 12 espécies foram frugívoras (n=414 capturas) e 10 espécies foram animalívoras (n=70 capturas). Ao longo de um gradiente de obstrução cuja amplitude variou de 53% a 73%, o número de espécies foi reduzido de 16 para 7 sete espécies registradas, respectivamente. O efeito negativo da obstrução ocorreu em ambos os morcegos animalívoros e frugívoros. A ocorrência das espécies nos sítios apresentou estrutura aninhada e morcegos animalívoros contribuíram mais para a composição de espécies em sítios com sub-bosque mais denso. O efeito de filtro sobre o tamanho corporal não foi suficiente para explicar a estrutura de comunidades de morcegos em função da obstrução do espaço. A relação das espécies com a obstrução foi dependente do hábito alimentar. Diferenças na disponibilidade e distribuição de frutos e presas animais em sítios com diferentes graus de obstrução podem afetar a proporção de espécies de diferentes guildas alimentares que usam sítios com vegetação densa na floresta.
Tags desta biblioteca: Sem tags desta biblioteca para este título. Faça o login para adicionar tags.
    Avaliação média: 0.0 (0 votos)

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012

Locais onde a vegetação florestal é fechada demandam dos morcegos maior capacidade de manobrar durante o voo. Baseado na morfologia das asas, sugere-se que morcegos animalívoros catadores apresentam melhor desempenho de voo em ambientes obstruídos do que outras guildas tróficas. Eu relacionei a densidade da vegetação do sub-bosque, como uma medida de obstrução do espaço, e a composição de espécies em assembléias de morcegos Phyllostomidae. Em florestas primárias, nos sítios com sub-bosque mais denso, eu esparava encontrar uma maior contribuição de morcegos animalívoros na composição de espécies. Realizei o estudo no Interflúvio dos Rios Purus e Madeira, ao longo da rodovia BR-319 onde oito unidades amostrais distantes no mínimo 40 km e compostas por dez parcelas permanentes foram amostradas. Empreguei técnicas de ordenação e modelos lineares generalizados, para realizar inferências sobre o uso de ambientes com diferentes níveis de obstrução por morcegos Phyllostomidae. Após 3.840 horas-rede, 511 morcegos de 4 famílias (Emballunoridae, Phyllostomidae, Vespertilionidae e Thyropteridae) e 27 espécies foram capturadas, dos quais 12 espécies foram frugívoras (n=414 capturas) e 10 espécies foram animalívoras (n=70 capturas). Ao longo de um gradiente de obstrução cuja amplitude variou de 53% a 73%, o número de espécies foi reduzido de 16 para 7 sete espécies registradas, respectivamente. O efeito negativo da obstrução ocorreu em ambos os morcegos animalívoros e frugívoros. A ocorrência das espécies nos sítios apresentou estrutura aninhada e morcegos animalívoros contribuíram mais para a composição de espécies em sítios com sub-bosque mais denso. O efeito de filtro sobre o tamanho corporal não foi suficiente para explicar a estrutura de comunidades de morcegos em função da obstrução do espaço. A relação das espécies com a obstrução foi dependente do hábito alimentar. Diferenças na disponibilidade e distribuição de frutos e presas animais em sítios com diferentes graus de obstrução podem afetar a proporção de espécies de diferentes guildas alimentares que usam sítios com vegetação densa na floresta.

Àrea de concentração : Ecologia.

Não há comentários sobre este título.

para postar um comentário.

Clique em uma imagem para visualizá-la no visualizador de imagem

Powered by Koha