Efeito da fragmentação florestal na estrutura de comunidades de girinos (Amphibia: Anura) na Amazônia Central / Larissa Nascimento Barreto.

Por: Barreto, Larissa NascimentoColaborador(es):Gascon, Claude [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1998Notas: 97 fAssunto(s): Girinos -- Amazônia -- Ecologia | Fragmentos florestais -- Amazônia -- Aspectos ambientaisClassificação Decimal de Dewey: 597.8 Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1998 Sumário: Neste estudo observei o efeito da fragmentação florestal na estrutura de comunidades de girinos de floresta tropical de terra-firme. No primeiro capítulo, testei o efeito da fragmentação e do tamanho do fragmento na colonização natural de habitats padrões por espécies aquáticas. Testei esse efeito no desenvolvimento dessas comunidades, e nos parâmetros das comunidades e populacionais do sucesso reprodutivo das espécies. Para fazer isso, habitats aquáticos similares artificiais foram colocados em fragmentos de diferentes tamanhos (1 e 10ha) e em mata contínua, e foram comparados parâmetros ligados ao sucesso reprodutivo e a composição da comunidade. Os resultados deste estudo mostraram que a maioria dos parâmetros da comunidade e populacionais para as espécies aquáticas, assim como a composição específica dos habitats, não variaram entre os diferentes tipos de habitats. A análise de ordenação mostrou que a composição da comunidade não se diferenciou entre os fragmentos de 1ha, 10 ha e as áreas de mata contínua. Somente houve clara dissimilaridade entre MCP (habitat da mata contínua) e os outros habitats, quando os dados dos três anos foram somados juntos. Os resultados sugerem que muitas espécies de sapos utilizam fragmentos de diferentes tamanhos se eles contém os habitats reprodutivos adequados. O que parece realmente limitar a distribuição de sapos em fragmentos florestais é a disponibilidade de habitats, mais importante do que tamanho da área. No segundo capítulo, testei o efeito da fragmentação florestal e do tamanho do fragmento no desenvolvimento de comunidades aquáticas de colonização padronizada. Testei se alguns parâmetros da performance larval (sobrevivência e desenvolvimento) e a interação presa-predador são afetados em função da fragmentação. Para isso, habitats aquáticos similares artificiais (fechados) foram colocados em fragmentos de diferentes tamanhos (1ha e 10 ha) e em áreas de mata contínua. Em um experimento, observei a diferença de sobrevivência e desenvolvimento dos girinos entre os habitats. Nos outros dois experimentos, observei se havia diferenças na interação presa-predador. Os resultados mostraram que a sobrevivência e o desenvolvimento dos girinos de O. taurinus não foram significativamente diferentes entre os habitats, assim como não houve diferenças na interação presa-predador em função da fragmentação. A fragmentação do habitat não afetou a sobrevivência e o desenvolvimento larval com e sem predador. Nenhum dos estudos com comunidades de anfíbios, desenvolvidos anteriormente nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) na Amazônia Central, relacionou o efeito da fragmentação na interação presa-predador. Além disso, existem poucos estudos que testem os efeitos da fragmentação na interação esntre organismos e processos ecológicos dentro de uma comunidade. O presente estudo representa mais uma contribuição.
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Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1998

Neste estudo observei o efeito da fragmentação florestal na estrutura de comunidades de girinos de floresta tropical de terra-firme. No primeiro capítulo, testei o efeito da fragmentação e do tamanho do fragmento na colonização natural de habitats padrões por espécies aquáticas. Testei esse efeito no desenvolvimento dessas comunidades, e nos parâmetros das comunidades e populacionais do sucesso reprodutivo das espécies. Para fazer isso, habitats aquáticos similares artificiais foram colocados em fragmentos de diferentes tamanhos (1 e 10ha) e em mata contínua, e foram comparados parâmetros ligados ao sucesso reprodutivo e a composição da comunidade. Os resultados deste estudo mostraram que a maioria dos parâmetros da comunidade e populacionais para as espécies aquáticas, assim como a composição específica dos habitats, não variaram entre os diferentes tipos de habitats. A análise de ordenação mostrou que a composição da comunidade não se diferenciou entre os fragmentos de 1ha, 10 ha e as áreas de mata contínua. Somente houve clara dissimilaridade entre MCP (habitat da mata contínua) e os outros habitats, quando os dados dos três anos foram somados juntos. Os resultados sugerem que muitas espécies de sapos utilizam fragmentos de diferentes tamanhos se eles contém os habitats reprodutivos adequados. O que parece realmente limitar a distribuição de sapos em fragmentos florestais é a disponibilidade de habitats, mais importante do que tamanho da área. No segundo capítulo, testei o efeito da fragmentação florestal e do tamanho do fragmento no desenvolvimento de comunidades aquáticas de colonização padronizada. Testei se alguns parâmetros da performance larval (sobrevivência e desenvolvimento) e a interação presa-predador são afetados em função da fragmentação. Para isso, habitats aquáticos similares artificiais (fechados) foram colocados em fragmentos de diferentes tamanhos (1ha e 10 ha) e em áreas de mata contínua. Em um experimento, observei a diferença de sobrevivência e desenvolvimento dos girinos entre os habitats. Nos outros dois experimentos, observei se havia diferenças na interação presa-predador. Os resultados mostraram que a sobrevivência e o desenvolvimento dos girinos de O. taurinus não foram significativamente diferentes entre os habitats, assim como não houve diferenças na interação presa-predador em função da fragmentação. A fragmentação do habitat não afetou a sobrevivência e o desenvolvimento larval com e sem predador. Nenhum dos estudos com comunidades de anfíbios, desenvolvidos anteriormente nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) na Amazônia Central, relacionou o efeito da fragmentação na interação presa-predador. Além disso, existem poucos estudos que testem os efeitos da fragmentação na interação esntre organismos e processos ecológicos dentro de uma comunidade. O presente estudo representa mais uma contribuição.

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