Análise do manejo comunitário de Pirarucu (Arapaima Spp.) na Resex Médio Juruá e Rds Uacari, Município de Carauari, Amazonas, Brasil / Marcelo de Castro Silva

Por: Silva, Marcelo de CastroColaborador(es): Viana, Virgílio M [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2014Notas: vii, 58 f. : il., colorAssunto(s): Pirarucu | Manejo pesqueiro | Arapaima sspClassificação Decimal de Dewey: 597.55 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014 Sumário: O manejo comunitário de pirarucu foi implantado a partir de 2010 na RESEX Médio Juruá e na RDS Uacari e vem crescendo e envolve aproximadamente 500 beneficiários. Aspectos da sustentabilidade e economia da atividade são pouco conhecidos. Dessa maneira, neste estudo buscou-se avaliar a tendência populacional de pirarucu, a produtividade do manejo e aspectos da economia de seis áreas de manejo comunitário de pirarucus em ambas as reservas, buscando contribuir com o aperfeiçoamento do programa de manejo da espécie. Para isso foram utilizadas informações secundárias de relatórios, documentos técnicos e banco de dados das instituições gestoras e apoiadoras da atividade. Para análise de tendência populacional usou-se o número de pirarucus totais e a área (km²) dos lagos onde foram contados. Para análise da produtividade foi calculado o Índice de Desempenho de Pesca – (IDP) e a Captura por Unidade de Esforço (CPUE). O processo de comercialização foi analisado bem como os custos de produção e o saldo da comercialização. As áreas apresentaram tendências gerais de aumento do número de pirarucus/km2. O tamanho médio e massa dos peixes capturados sugerem tendência de sustentabilidade da atividade. Quatro das seis áreas de manejo avaliadas apresentaram índices de desempenho de pesca na categoria – “ótimo”. Outras duas se enquadraram na categoria – “baixo”. Contudo, foi observada uma alteração no sistema de manejo que pode representar um problema para a futura sustentabilidade da pesca manejada. Em algumas áreas de manejo a cota estipulada baseia-se na contagem de vários lagos, enquanto a pesca vem ocorrendo em apenas um deles. Em relação à CPUE, apenas uma área da região analisada foi menor que as encontradas para outras regiões onde ocorre o manejo de pirarucu. Os preços médios de venda nos três anos de manejo oscilaram entre R$ 5,15 e R$ 5,90 por quilo. O processo de comercialização vivenciado pelas associações vem passando por aprendizados, como a abertura para novos mercados e a diversificação de beneficiamento. Os principais itens dos custos de produção estão relacionados à logística. Todas as áreas de manejo analisadas neste estudo apresentaram desempenho econômico com retorno positivo médio de R$ 2.117,00. Uma vez que o manejo vem se expandindo, mais áreas tem intenção de realizar a pesca manejada, novos e mais exigentes mercados precisarão ser encontrados. As associações têm diversos desafios a superar, dentre os quais realizarem um melhor monitoramento do manejo, baixar os custos de produção e agregar mais qualidade ao produto, ampliando seu mercado de oferta. Portanto, o programa de manejo tem beneficiado economicamente as famílias envolvidas na atividade, bem como tem contribuído para a conservação da espécie e indiretamente para a proteção de diversas outras espécies.
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Dissertação T 597.55 S586a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível INPA.2015.24561

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014

O manejo comunitário de pirarucu foi implantado a partir de 2010 na RESEX Médio Juruá e na RDS Uacari e vem crescendo e envolve aproximadamente 500 beneficiários. Aspectos da sustentabilidade e economia da atividade são pouco conhecidos. Dessa maneira, neste estudo buscou-se avaliar a tendência populacional de pirarucu, a produtividade do manejo e aspectos da economia de seis áreas de manejo comunitário de pirarucus em ambas as reservas, buscando contribuir com o aperfeiçoamento do programa de manejo da espécie. Para isso foram utilizadas informações secundárias de relatórios, documentos técnicos e banco de dados das instituições gestoras e apoiadoras da atividade. Para análise de tendência populacional usou-se o número de pirarucus totais e a área (km²) dos lagos onde foram contados. Para análise da produtividade foi calculado o Índice de Desempenho de Pesca – (IDP) e a Captura por Unidade de Esforço (CPUE). O processo de comercialização foi analisado bem como os custos de produção e o saldo da comercialização. As áreas apresentaram tendências gerais de aumento do número de pirarucus/km2. O tamanho médio e massa dos peixes capturados sugerem tendência de sustentabilidade da atividade. Quatro das seis áreas de manejo avaliadas apresentaram índices de desempenho de pesca na categoria – “ótimo”. Outras duas se enquadraram na categoria – “baixo”. Contudo, foi observada uma alteração no sistema de manejo que pode representar um problema para a futura sustentabilidade da pesca manejada. Em algumas áreas de manejo a cota estipulada baseia-se na contagem de vários lagos, enquanto a pesca vem ocorrendo em apenas um deles. Em relação à CPUE, apenas uma área da região analisada foi menor que as encontradas para outras regiões onde ocorre o manejo de pirarucu. Os preços médios de venda nos três anos de manejo oscilaram entre R$ 5,15 e R$ 5,90 por quilo. O processo de comercialização vivenciado pelas associações vem passando por aprendizados, como a abertura para novos mercados e a diversificação de beneficiamento. Os principais itens dos custos de produção estão relacionados à logística. Todas as áreas de manejo analisadas neste estudo apresentaram desempenho econômico com retorno positivo médio de R$ 2.117,00. Uma vez que o manejo vem se expandindo, mais áreas tem intenção de realizar a pesca manejada, novos e mais exigentes mercados precisarão ser encontrados. As associações têm diversos desafios a superar, dentre os quais realizarem um melhor monitoramento do manejo, baixar os custos de produção e agregar mais qualidade ao produto, ampliando seu mercado de oferta. Portanto, o programa de manejo tem beneficiado economicamente as famílias envolvidas na atividade, bem como tem contribuído para a conservação da espécie e indiretamente para a proteção de diversas outras espécies.

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