Estimativa da variabilidade génetica da região controle do DNA mitocondrial de Nannostosmus eques (Characiformes, Lebiasinidae) da bacia do Rio Negro / Maria Leandra Terencio.

Por: Terencio, Maria LeandraColaborador(es):Porto, Jorge Ivan Rebelo [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2009Notas: xvi, 102f. : il., colorAssunto(s): Peixe ornamental -- Negro, Rio (AM) | Nannostomus eques | DNA mitocondrial | Génetica de populaçõesClassificação Decimal de Dewey: 597.50415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2009 Sumário: A bacia do médio rio Negro é a área de maior importância para pesca de peixes ornamentais no estado do Amazonas e o município de Barcelos é o principal entreposto comercial. Nannostomus eques (Lebiasinidae: Characiformes), conhecida popularmente como peixe-lápis, é uma dentre as diversas espécies de peixes liberadas para comercialização como ornamentais. Este trabalho apresenta um estudo sobre a variabilidade genética em Nannostomus eques fundamentada na análise de seqüências da região controle do DNA mitocondrial de 125 indivíduos coletados em oito tributários ao longo do alto (Açaituba, Miuá, Jaradi e Arixanã), médio (Demeni) e baixo (Jacundá, Maguari e Catalão) Rio Negro. As inferências filogenéticas (máxima parcimônia, máxima verossimilhança e distância genética) dos dados mitocondriais evidenciaram duas unidades evolutivas dentro de N eques, as quais estão separadas por 60 passos mutacionais. O limite geográfico entre as duas unidades evolutivas parece ser as adjacências do principal tributário do rio Negro, o rio Branco. A distância genética entre as duas unidades evolutivas variou de 5,50% a 8,30%. Ambas as unidades diferiram de 8,50% a 11,80% em relação à espécie irmã, N unifasciatus. As análises populacionais (polimorfismo de DNA, AMO V A, Teste de Mantel) permitiram a identificação de uma alta diversidade haplotípica (h 0,90) em cada uma das unidades evolutivas, uma forte estruturação genética populacional no rio Demeni e uma correlação entre divergência genética e distância geográfica em apenas uma das unidades. Com base nos dados moleculares as corredeiras e cachoeiras nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira (alto rio Negro) são a principal barreira ao fluxo gênico entre as populações da unidade evolutiva 1. Aparentemente os surgimentos do rio Branco e do Arquipélago das Anavilhanas foram responsáveis pela distribuição descontínua das duas unidades evolutivas, exceto no igarapé Jacundá onde houve simpatria entre as unidades evolutivas. Tendo em vista o grau de diferença entre as unidades evolutivas, N eques da bacia do rio Negro não pode ser tratada como um único estoque. Estes resultados podem ser de grande importância para o manejo da pesca deste peixe ornamental.
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Dissertação T 597.50415 T316e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 09-0441

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2009

A bacia do médio rio Negro é a área de maior importância para pesca de peixes ornamentais no estado do Amazonas e o município de Barcelos é o principal entreposto comercial. Nannostomus eques (Lebiasinidae: Characiformes), conhecida popularmente como peixe-lápis, é uma dentre as diversas espécies de peixes liberadas para comercialização como ornamentais. Este trabalho apresenta um estudo sobre a variabilidade genética em Nannostomus eques fundamentada na análise de seqüências da região controle do DNA mitocondrial de 125 indivíduos coletados em oito tributários ao longo do alto (Açaituba, Miuá, Jaradi e Arixanã), médio (Demeni) e baixo (Jacundá, Maguari e Catalão) Rio Negro. As inferências filogenéticas (máxima parcimônia, máxima verossimilhança e distância genética) dos dados mitocondriais evidenciaram duas unidades evolutivas dentro de N eques, as quais estão separadas por 60 passos mutacionais. O limite geográfico entre as duas unidades evolutivas parece ser as adjacências do principal tributário do rio Negro, o rio Branco. A distância genética entre as duas unidades evolutivas variou de 5,50% a 8,30%. Ambas as unidades diferiram de 8,50% a 11,80% em relação à espécie irmã, N unifasciatus. As análises populacionais (polimorfismo de DNA, AMO V A, Teste de Mantel) permitiram a identificação de uma alta diversidade haplotípica (h 0,90) em cada uma das unidades evolutivas, uma forte estruturação genética populacional no rio Demeni e uma correlação entre divergência genética e distância geográfica em apenas uma das unidades. Com base nos dados moleculares as corredeiras e cachoeiras nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira (alto rio Negro) são a principal barreira ao fluxo gênico entre as populações da unidade evolutiva 1. Aparentemente os surgimentos do rio Branco e do Arquipélago das Anavilhanas foram responsáveis pela distribuição descontínua das duas unidades evolutivas, exceto no igarapé Jacundá onde houve simpatria entre as unidades evolutivas. Tendo em vista o grau de diferença entre as unidades evolutivas, N eques da bacia do rio Negro não pode ser tratada como um único estoque. Estes resultados podem ser de grande importância para o manejo da pesca deste peixe ornamental.

Área de concentração: Genética e Biologia Evolutiva.

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