Dinâmica da assimilação do carbono em Brosimum lactescens S Moore (Moraceae) na floresta de transição Amazônia-Cerrado / Higo José Dalmargo.

Por: Dalmargo, Higo JoséColaborador(es):Ortíz, Carmen Eugenia Rodríguez [Orientadora]Detalhes da publicação: Cuiabá 2009Notas: x, 63 fAssunto(s): Fotossíntese | fotorrespiração | Carbono | Floresta ombrófila | CerradosClassificação Decimal de Dewey: 551.5 Nota de dissertação: Dissertação (Mestre)- Universidade Federal de Mato Grosso, 2009 Sumário: Um estudo micrometeorológico empregando o método de covariância de vórtices turbulentos revelou que na floresta de transição Amazônia-Cerrado, o processo de evapotranspiração respondia menos ao efeito da sazonalidade climática do que ao processo de assimilação líquida do carbono. Esse fenômeno motivou o desenvolvimento deste trabalho que, com o emprego de um sistema portátil de medição de fotossíntese, pretendeu avaliar a dinâmica anual da assimilação do carbono em uma espécie dominante desse bioma, o Brosimum lactescens. O estudo foi conduzido em uma área experimental da Fazenda Maracaí, situada a 50 km da cidade de Sinop, norte do Estado de Mato Grosso, durante o período de novembro de 2007 a outubro de 2008. De uma única planta, foram selecionadas três folhas situadas a 28 m e quatro folhas a 20 m nas quais, ao longo de sua ontogenia, foram realizadas medições de fotossíntese líquida, respiração e fotorrespiração. A fotorrespiração foi avaliada por dois métodos, o da pós-iluminação e o da cinética da Rubisco. Verificou-se que, quanto ao comportamento diurno, taxa fotossintética, a condutância estomática e a taxa de regeneração da RuBP apresentaram suas maiores médias às 8:00h, posteriormente declinando a valores mínimos nos horários do meio dia (12:00 e 13:00h). Em contrapartida, nesse mesmo horário a temperatura e a taxa respiratória exibiram suas médias mais elevadas. A taxa fotorrespiratória acompanhou o comportamento da densidade de fluxo fotossinteticamente ativo, apresentando seus valores mais expressivos às 10:00h. Analisando-se sob o ponto de vista sazonal, a taxa fotossintética, a condutância estomática, a taxa de regeneração da RuBP e a taxa fotorrespiratória apresentaram médias significativamente superiores no período úmido quando comparadas às obtidas no período seco. Notou-se ainda comportamento oposto para as taxas respiratórias. Ao se efetuar comparações entre as alturas estudadas, obteve-se que as folhas localizadas no ápice da copa (28 m) apresentaram médias mais elevadas do que as localizadas a 20 m, para todas as variáveis fisiológicas estudadas. A taxa de perda fotorrespiratória foi de 33,10% da fotossíntese líquida para 20 m e de 36,01% para 28 m, não havendo discrepância estatística. No que tange à comparação dos métodos de estimativa da fotorrespiração, os resultados obtidos com o emprego do método da cinética da Rubisco foram significativamente superiores aos obtidos pelo método de pós-iluminação.
Tags desta biblioteca: Sem tags desta biblioteca para este título. Faça o login para adicionar tags.
    Avaliação média: 0.0 (0 votos)

Dissertação (Mestre)- Universidade Federal de Mato Grosso, 2009

Um estudo micrometeorológico empregando o método de covariância de vórtices turbulentos revelou que na floresta de transição Amazônia-Cerrado, o processo de evapotranspiração respondia menos ao efeito da sazonalidade climática do que ao processo de assimilação líquida do carbono. Esse fenômeno motivou o desenvolvimento deste trabalho que, com o emprego de um sistema portátil de medição de fotossíntese, pretendeu avaliar a dinâmica anual da assimilação do carbono em uma espécie dominante desse bioma, o Brosimum lactescens. O estudo foi conduzido em uma área experimental da Fazenda Maracaí, situada a 50 km da cidade de Sinop, norte do Estado de Mato Grosso, durante o período de novembro de 2007 a outubro de 2008. De uma única planta, foram selecionadas três folhas situadas a 28 m e quatro folhas a 20 m nas quais, ao longo de sua ontogenia, foram realizadas medições de fotossíntese líquida, respiração e fotorrespiração. A fotorrespiração foi avaliada por dois métodos, o da pós-iluminação e o da cinética da Rubisco. Verificou-se que, quanto ao comportamento diurno, taxa fotossintética, a condutância estomática e a taxa de regeneração da RuBP apresentaram suas maiores médias às 8:00h, posteriormente declinando a valores mínimos nos horários do meio dia (12:00 e 13:00h). Em contrapartida, nesse mesmo horário a temperatura e a taxa respiratória exibiram suas médias mais elevadas. A taxa fotorrespiratória acompanhou o comportamento da densidade de fluxo fotossinteticamente ativo, apresentando seus valores mais expressivos às 10:00h. Analisando-se sob o ponto de vista sazonal, a taxa fotossintética, a condutância estomática, a taxa de regeneração da RuBP e a taxa fotorrespiratória apresentaram médias significativamente superiores no período úmido quando comparadas às obtidas no período seco. Notou-se ainda comportamento oposto para as taxas respiratórias. Ao se efetuar comparações entre as alturas estudadas, obteve-se que as folhas localizadas no ápice da copa (28 m) apresentaram médias mais elevadas do que as localizadas a 20 m, para todas as variáveis fisiológicas estudadas. A taxa de perda fotorrespiratória foi de 33,10% da fotossíntese líquida para 20 m e de 36,01% para 28 m, não havendo discrepância estatística. No que tange à comparação dos métodos de estimativa da fotorrespiração, os resultados obtidos com o emprego do método da cinética da Rubisco foram significativamente superiores aos obtidos pelo método de pós-iluminação.

Não há comentários sobre este título.

para postar um comentário.

Clique em uma imagem para visualizá-la no visualizador de imagem

Powered by Koha