A distribuição das unidades de conservação no Brasil e a identificação de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade nas ecorregiões do bioma Amazônia / Leandro Valle Ferreira.

Por: Ferreira, Leandro ValleColaborador(es):Laurance, William F [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 2001Notas: 203 f. : ilAssunto(s): Conservação da biodiversidade -- Amazônia | Unidades de conservação -- BrasilClassificação Decimal de Dewey: 574.509811 Nota de dissertação: Tese (doutor)- INPA/UFAM, 2001 Sumário: Capítulo I. O Brasil tem uma área de 8,5 milhões de km², ocupando quase a metade da América do Sul, e uma riqueza biológica ímpar no mundo. Apesar da posição destacada em relação à biodiversidade mundial, o País apresenta somente cerca de 2% de seu território protegifo em unidades de conservação federais de proteção integral. O Brasil ainda carece de um trabalho sistemático fundamentado em parâmetros biológicos e processos ecológicos, que oriente a identificação e a seleção de áreas para criação de unidades de conservação de proteção integral. Desenvolver uma metodologia sistemática para avaliar e quantificar a representatividade dos ambientes é um passo decisivo na identificação das lacunas do sistema de unidades de conservação e no estabelecimento de bases consistentes para sua ampliação. O objetivo deste capítulo é avaliar a representatividade das unidades de conservação de proteção integral nos biomas brasileiros a fim de priorizar ações para a criação de novas unidades de conservação e apresentar um método sistemático que permita quantificar esta representatividade usando como unidade biogeográfica o conceito de ecorregião. Foram utilizados dados cartográficos digitais, sendo o processamento feito através dos programas de geoprocessamento. Os temas utilizados foram: unidades de conservação, limites das ecorregiões da América do Sul e Caribe e limites dos biomas brasileiros. O Brasil é formado por 49 ecorregiões com limites baseados em critérios abióticos e bióticos. A principal vantagem para o uso das ecorregiões como unidade biogeográfica é que estas possuem limites naturais bem definidos. O novo mapa de biomas deste estudo é resultante da agregação de ecorregiões com características físicas e biológicas semelhante. Isto resultou em 7 biomas: Amazônia, Caatinga, Campos Sulinos, Cerrado, Costeiro, Mata Atlântica e Pantanal; 3 3 ecótonos: Amazônia-Cerrado, Amazônia-Caatinga e Mata Atlântica-Cerrado-Caatinga. O maior bioma brasileiro é a Amazônia, ocupando 43,2% do Brasil, enquanto o menor bioma é o Costeiro, representando 0,6% do Brasil. As áreas de proteção integral são significativamente diferentes entre os biomas e ecótonos brasileiros. Os biomas Costeiro (6,24%) e Amazônia (3,62%) apresentam as maiores proporções territoriais protegidas, em unidades de conservação, enquanto os demais biomas e todos os ecótonos apresentam valores inferiores a 1% de suas áreas em unidades de proteção integral. Os resultados obtidos permitem afirmar que os biomas e ecótonos brasileiros encomtram-se pouco representados em unidades de conservação federais de proteção integral. Assim, além de ser um dos países com o menor percentual territorial (2%) protegido para esses objetivos da conservação in situ, o Brasil apresenta esta área mal distribuída entre seus principais biomas. Considerando o grau de implementação das unidades, a área do território brasileiro efetivamente protegida é ainda menor: 0,4%. Esta situação, além de demonstrar a necessidade de criação de novas unidades de conservação de proteção integral, exige que a seleção de suas áreas seja efetuada por meio de critérios e abordagem com ênfase biogeográfica.
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Tese T 574.509811 F283d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 01-1054

Tese (doutor)- INPA/UFAM, 2001

Capítulo I. O Brasil tem uma área de 8,5 milhões de km², ocupando quase a metade da América do Sul, e uma riqueza biológica ímpar no mundo. Apesar da posição destacada em relação à biodiversidade mundial, o País apresenta somente cerca de 2% de seu território protegifo em unidades de conservação federais de proteção integral. O Brasil ainda carece de um trabalho sistemático fundamentado em parâmetros biológicos e processos ecológicos, que oriente a identificação e a seleção de áreas para criação de unidades de conservação de proteção integral. Desenvolver uma metodologia sistemática para avaliar e quantificar a representatividade dos ambientes é um passo decisivo na identificação das lacunas do sistema de unidades de conservação e no estabelecimento de bases consistentes para sua ampliação. O objetivo deste capítulo é avaliar a representatividade das unidades de conservação de proteção integral nos biomas brasileiros a fim de priorizar ações para a criação de novas unidades de conservação e apresentar um método sistemático que permita quantificar esta representatividade usando como unidade biogeográfica o conceito de ecorregião. Foram utilizados dados cartográficos digitais, sendo o processamento feito através dos programas de geoprocessamento. Os temas utilizados foram: unidades de conservação, limites das ecorregiões da América do Sul e Caribe e limites dos biomas brasileiros. O Brasil é formado por 49 ecorregiões com limites baseados em critérios abióticos e bióticos. A principal vantagem para o uso das ecorregiões como unidade biogeográfica é que estas possuem limites naturais bem definidos. O novo mapa de biomas deste estudo é resultante da agregação de ecorregiões com características físicas e biológicas semelhante. Isto resultou em 7 biomas: Amazônia, Caatinga, Campos Sulinos, Cerrado, Costeiro, Mata Atlântica e Pantanal; 3 3 ecótonos: Amazônia-Cerrado, Amazônia-Caatinga e Mata Atlântica-Cerrado-Caatinga. O maior bioma brasileiro é a Amazônia, ocupando 43,2% do Brasil, enquanto o menor bioma é o Costeiro, representando 0,6% do Brasil. As áreas de proteção integral são significativamente diferentes entre os biomas e ecótonos brasileiros. Os biomas Costeiro (6,24%) e Amazônia (3,62%) apresentam as maiores proporções territoriais protegidas, em unidades de conservação, enquanto os demais biomas e todos os ecótonos apresentam valores inferiores a 1% de suas áreas em unidades de proteção integral. Os resultados obtidos permitem afirmar que os biomas e ecótonos brasileiros encomtram-se pouco representados em unidades de conservação federais de proteção integral. Assim, além de ser um dos países com o menor percentual territorial (2%) protegido para esses objetivos da conservação in situ, o Brasil apresenta esta área mal distribuída entre seus principais biomas. Considerando o grau de implementação das unidades, a área do território brasileiro efetivamente protegida é ainda menor: 0,4%. Esta situação, além de demonstrar a necessidade de criação de novas unidades de conservação de proteção integral, exige que a seleção de suas áreas seja efetuada por meio de critérios e abordagem com ênfase biogeográfica.

Área de concentração: Ecologia.

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