Germinação e armazenamento de sementes de Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. - Fabaceae / Ari de Freitas Hidalgo.

Por: Hidalgo, Ari de FreitasColaborador(es):Ferraz, Isolde Dorothea K [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1993Notas: 107 f. : ilAssunto(s): Cumaru -- Sementes | GerminaçãoClassificação Decimal de Dewey: 583.322 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1993 Sumário: Este trabalho foi dividido em quatro partes. Na primeira foi feita uma Revisão sobre Dipteryx odorata, envolvendo desde a origem e distribuição até os usos dados às sementes e à madeira. Na segunda parte foi feita a descrição do fruto, da semente e da germinação e verificou-se que a espécie apresenta fruto tipo drupa e investe 43% do peso fresco deste na proteção da semente (endocarpo) e 47% para atrair dispersores (polpa). O endocarpo é extremamente duro e a semente apresenta dois grandes cotilédones branco-leitosos como tecido de reserva, os quais, após a germinação tornam-se verdes. O eixo embrionário é retilíneo e encontra-se totalmente diferenciado antes da maturação da semente. A germinação das sementes sem endocarpo começa, em média, no sexto dia, enquanto sementes com endocarpo iniciam a germinação por volta do 38º dia após a semeadura, sendo do tipo epigeal e começa com a protusão da radícula próxima ao hilo. O epicótilo é verde e anguloso e o hipocótilo e a raiz principal são de cor castanho-clara, lignificadas e cilíndricas. As folhas primárias compostas são opostas, sendo que as demais são alternas e iniciam a diferenciação aos 35 - 40 dias. Na terceira fase, Secagem e germinação das sementes, verificou-se que estas suportam perdas de ate 52% do conteúdo de umidade inicial, sem afetar a germinação e o teor de matéria seca das plantas, afetando, porém, o vigor das sementes. O endocarpo funciona como uma barreira à desidratação natural das sementes, apresentando 13,03% de perda de umidade das sementes que secam com esta estrutura contra 52% das sementes que a tem removida, ao final de 28 dias. Na quarta fase, Armazenamento das sementes, estudou-se o uso de parafina, areia e sacos plásticos no acondicionamento das sementes para armazenamento por 30, 90 e 180 dias; a embalagem em saco plástico foi testada também em geladeira. Verificou-se que a semente de cumaru não deve ser armazenada sem nenhum tipo de embalagem por mais de 30 dias e que é viável o uso destas para acondicionar as sementes. As sementes armazenadas em areia seca suportam bem a desidratação alta (até 78% da umidade inicial) com germinação de 90% até os 90 dias, porém, a partir deste período começam a surgir plantas anormais e diminui acentuadamente a germinação. As sementes em parafina sem endocarpo apresentaram pouca perda de umidade (22%) ao final de 180 dias, com germinação de 30%. O armazenamento de sementes de cumaru em geladeira mostrou que as sementes não suportam baixas temperaturas, apresentando baixo vigor, baixa germinação (26%) e plântulas anormais aos 180 dias. O melhor meio encontrado para conservar a viabilidade das sementes acima de 60% ao final de seis meses e onde as sementes apresentaram maior velocidade de germinação e maior número de sementes viáveis, foi o uso de sacos plásticos transparentes perfurados, apresentando, para as sementes sem endocarpo 66% e, para as com endocarpo, 62% de germinação. Ficou constatado, ao término deste trabalho, que a perda de umidade das sementes até os 180 dias não é a causa da perda de viabilidade das sementes e que as sementes podem ser armazenadas com ou sem endocarpo.
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Dissertação T 583.322 H632g (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 99-0409

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1993

Este trabalho foi dividido em quatro partes. Na primeira foi feita uma Revisão sobre Dipteryx odorata, envolvendo desde a origem e distribuição até os usos dados às sementes e à madeira. Na segunda parte foi feita a descrição do fruto, da semente e da germinação e verificou-se que a espécie apresenta fruto tipo drupa e investe 43% do peso fresco deste na proteção da semente (endocarpo) e 47% para atrair dispersores (polpa). O endocarpo é extremamente duro e a semente apresenta dois grandes cotilédones branco-leitosos como tecido de reserva, os quais, após a germinação tornam-se verdes. O eixo embrionário é retilíneo e encontra-se totalmente diferenciado antes da maturação da semente. A germinação das sementes sem endocarpo começa, em média, no sexto dia, enquanto sementes com endocarpo iniciam a germinação por volta do 38º dia após a semeadura, sendo do tipo epigeal e começa com a protusão da radícula próxima ao hilo. O epicótilo é verde e anguloso e o hipocótilo e a raiz principal são de cor castanho-clara, lignificadas e cilíndricas. As folhas primárias compostas são opostas, sendo que as demais são alternas e iniciam a diferenciação aos 35 - 40 dias. Na terceira fase, Secagem e germinação das sementes, verificou-se que estas suportam perdas de ate 52% do conteúdo de umidade inicial, sem afetar a germinação e o teor de matéria seca das plantas, afetando, porém, o vigor das sementes. O endocarpo funciona como uma barreira à desidratação natural das sementes, apresentando 13,03% de perda de umidade das sementes que secam com esta estrutura contra 52% das sementes que a tem removida, ao final de 28 dias. Na quarta fase, Armazenamento das sementes, estudou-se o uso de parafina, areia e sacos plásticos no acondicionamento das sementes para armazenamento por 30, 90 e 180 dias; a embalagem em saco plástico foi testada também em geladeira. Verificou-se que a semente de cumaru não deve ser armazenada sem nenhum tipo de embalagem por mais de 30 dias e que é viável o uso destas para acondicionar as sementes. As sementes armazenadas em areia seca suportam bem a desidratação alta (até 78% da umidade inicial) com germinação de 90% até os 90 dias, porém, a partir deste período começam a surgir plantas anormais e diminui acentuadamente a germinação. As sementes em parafina sem endocarpo apresentaram pouca perda de umidade (22%) ao final de 180 dias, com germinação de 30%. O armazenamento de sementes de cumaru em geladeira mostrou que as sementes não suportam baixas temperaturas, apresentando baixo vigor, baixa germinação (26%) e plântulas anormais aos 180 dias. O melhor meio encontrado para conservar a viabilidade das sementes acima de 60% ao final de seis meses e onde as sementes apresentaram maior velocidade de germinação e maior número de sementes viáveis, foi o uso de sacos plásticos transparentes perfurados, apresentando, para as sementes sem endocarpo 66% e, para as com endocarpo, 62% de germinação. Ficou constatado, ao término deste trabalho, que a perda de umidade das sementes até os 180 dias não é a causa da perda de viabilidade das sementes e que as sementes podem ser armazenadas com ou sem endocarpo.

Área de concentração: Biologia Tropical e Recursos Naturais.

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