O ciclo biológico de Ergasilus bryconis Thatcher, 1981 (Crustacea: Poecilostomaitoida: Ergasilidae) parasita das brânquias do matrinxã, Brycon erythropterum (Cope,1872) e aspectos de sua ecologia / Angela Maria Bezerra Varella.

Por: Varella, Angela Maria BezerraColaborador(es):Thatcher, Vernon Everett [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1985Notas: 100 fAssunto(s): Brycon erythropterum | Ergasilus bryconis | Matrinxã -- ParasitasClassificação Decimal de Dewey: 595.34 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1985 Sumário: O ciclo de vida de Ergasilus bryconis Thatcher, 1981, foi estudado a partir de coletas de plâncton, realizadas nos tanques da Estação Experimental de Piscicultura do INPA, Manaus, Brasil. Descrições morfológicas pormenorizadas e ilustrações foram efetuadas para todos os estágios de náuplios, copepoditos, machos e fêmeas. Paralelamente, realizou-se o estudo de alguns aspectos da ecologia das fêmeas parasitas, abrangendo relações hospedeiro/parasita, como prevalência, intensidade média, densidade relativa e patologia. O ciclo de desenvolvimento pós-embrionário desta espécie apresentou duas fases distintas, a de náuplio e a de copepodito, morfologicamente semelhantes aos mesmos estágios de copépodos de vida livre, mas distinguindo-se destes últimos pela presença de grânulos de pigmentação. Três estágios naupliares foram separados principalmente por meio do número de setas curtas presentes no segmento terminal do primeiro apêndice. O náuplio I tinha somente uma seta, o náuplio II tinha quatro e o náuplio III tinha sete. Além desta diferença, notou-se o acréscimo do número de setas furcais e pequenas variações no comprimento e forma do corpo. Foram detectados cinco estágios de copepoditos. A partir do terceiro estágio foi possível distinguir os sexos por meio dos primórdios dos maxilípedes nos machos e crescimento diferencial das antenas nas fêmeas. Uma amostra de 45 peixes, Brycon erythropterum, 20 dos quais foram coletados no igarapé do Tarumã-Açu e 25 da Estação de Piscicultura do INPA, foram examinados para comparar as relações hospedeiro/parasita em ambiente natural e artificial. Os peixes da natureza mostraram uma prevalência de 60% para E. bryconis, uma intensidade média de 16 indivíduos por peixe e uma densidade relativa de 9.6. Hospedeiros de estação de piscicultura, por outro lado, mostraram uma prevalência de 80%, uma intensidade média de 52 indivíduos por peixe e uma densidade relativa de 41.6. A partir de preparações e cortes histológicos dos filamentos branquiais foi constatado que a presença de E. bryconis provocou uma reação inflamatória por parte do hospedeiro. Isto resultou na proliferação de células epiteliais (hiperplasia), fusão lamelar e um aumento no número de células mucosas (metaplasia). Estas alterações foram observadas na região de penetração das antenas e ao nível da boca.
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Dissertação T 595.34 V293c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 85-0666
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Dissertação T 595.34 V293c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 86-0296

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1985

O ciclo de vida de Ergasilus bryconis Thatcher, 1981, foi estudado a partir de coletas de plâncton, realizadas nos tanques da Estação Experimental de Piscicultura do INPA, Manaus, Brasil. Descrições morfológicas pormenorizadas e ilustrações foram efetuadas para todos os estágios de náuplios, copepoditos, machos e fêmeas. Paralelamente, realizou-se o estudo de alguns aspectos da ecologia das fêmeas parasitas, abrangendo relações hospedeiro/parasita, como prevalência, intensidade média, densidade relativa e patologia. O ciclo de desenvolvimento pós-embrionário desta espécie apresentou duas fases distintas, a de náuplio e a de copepodito, morfologicamente semelhantes aos mesmos estágios de copépodos de vida livre, mas distinguindo-se destes últimos pela presença de grânulos de pigmentação. Três estágios naupliares foram separados principalmente por meio do número de setas curtas presentes no segmento terminal do primeiro apêndice. O náuplio I tinha somente uma seta, o náuplio II tinha quatro e o náuplio III tinha sete. Além desta diferença, notou-se o acréscimo do número de setas furcais e pequenas variações no comprimento e forma do corpo. Foram detectados cinco estágios de copepoditos. A partir do terceiro estágio foi possível distinguir os sexos por meio dos primórdios dos maxilípedes nos machos e crescimento diferencial das antenas nas fêmeas. Uma amostra de 45 peixes, Brycon erythropterum, 20 dos quais foram coletados no igarapé do Tarumã-Açu e 25 da Estação de Piscicultura do INPA, foram examinados para comparar as relações hospedeiro/parasita em ambiente natural e artificial. Os peixes da natureza mostraram uma prevalência de 60% para E. bryconis, uma intensidade média de 16 indivíduos por peixe e uma densidade relativa de 9.6. Hospedeiros de estação de piscicultura, por outro lado, mostraram uma prevalência de 80%, uma intensidade média de 52 indivíduos por peixe e uma densidade relativa de 41.6. A partir de preparações e cortes histológicos dos filamentos branquiais foi constatado que a presença de E. bryconis provocou uma reação inflamatória por parte do hospedeiro. Isto resultou na proliferação de células epiteliais (hiperplasia), fusão lamelar e um aumento no número de células mucosas (metaplasia). Estas alterações foram observadas na região de penetração das antenas e ao nível da boca.

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