Seleção de proteases bacterianas para a remoção das escamas do Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) de piscicultura da região amazônica / Elton Nunes Britto.

Por: Britto, Elton NunesColaborador(es):Malta, José Celso de Oliveira | Jesus, Rogério Souza deDetalhes da publicação: Manaus : [s. n.], 2008Notas: xviii, 58 f. : ilAssunto(s): Piscicultura -- Amazônia | Tambaqui | Colossoma macropomumClassificação Decimal de Dewey: 597.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA, 2008 Sumário: O tambaqui (Colossoma macropomum) pertence à família Serrasalmidae podendo alcançar mais de 1m de comprimento total. Tem alto valor comercial e é muito apreciado pela população da Amazônia e é criado de forma intensiva e extensiva. Na região Amazônica tem sua pele utilizada para a transformação em couro podendo ser utilizada na confecção de bolsas, calçados e cintos. O objetivo do presente trabalho foi testar o uso de extrato bruto enzimático bacteriano na degradação do colágeno obtido da pele do tambaqui verificando-se sua eficiência durante o curtimento da pele. O estudo iniciou-se pelo isolamento da microbiota bacteriana proteolítica do trato gastrintestinal. Posteriormente foi extraída a gelatina da pele determinando-se suas características físico-químicas. Foi realizada uma seleção pela atividade enzimática testando-se paralelamente o potencial de degradação da gelatina com agar gelatina leite preparado com gelatina comercial e o mesmo agar preparado com gelatina obtida a partir da pele do tambaqui. Foram escolhidos os isolados com os maiores halos de inibição obtidos com agar gelatina leite preparado com gelatina comercial. Posteriormente foi identificado o isolado com maior atividade proteolítica e colagenolítica a Chryseomonas luteola. Com o extrato bruto da bactéria C. luteola foram desenvolvidos os estudos para a caracterização das proteases e determinação do efeito do extrato bruto na etapa da remoção de escamas durante a fase preparatória para o curtimento. No estudo da caracterização das proteases foi verificado que a protease do extrato bruto obteve pH e temperatura ótimos de 7,2 e 70ºC a 80ºC. A atividade relativa foi 117% respectivamente, enquanto que a atividade residual a 70°C foi de 166% sofrendo uma redução em 80°C para 26% durante 90 minutos de incubação. Foi verificado o efeito do tempo e agitação no tratamento dos fragmentos de pele de tambaqui pelo extrato bruto testado a 25°C nos tempos de 1h, 2h e 3h. Os resultados indicaram que houve diferença significativa quanto à condição de agitação (p=0,000) e tempo de incubação (p=0,001) optando-se pelo tratamento sem agitação devido ao tipo de sistema de curtimento utilizado ser, sem agitação, e o tempo de 1h por ter o maior valor de atividade enzimática do extrato bruto. A avaliação sensorial realizada nos fragmentos de pele de tambaqui em 1h indicou que 83,33% dos julgadores os consideraram flexíveis ao retirar a escama com a colher no tratamento sem agitação. No efeito do extrato bruto enzimático de C. luteola produzido a 40ºC e testado a 25 ºC em fragmentos de pele foi escolhido o tratamento (1:10), de extrato bruto e água destilada, e as análises sensoriais indicaram que 67% dos julgadores atribuíram à nota D e 33,33% a nota B. As análises histológicas indicaram que o extrato bruto no tratamento (1:10) produziu alterações na arquitetura das fibras colágenas semelhantes àquelas alterações produzidas pela papaína a 0,02%. E, foi verificado que o extrato bruto preparado no tratamento (1:10) sobre as peles inteiras removeu com certa facilidade as escamas da pele em 1h de exposição e com facilidade em 2h de exposição.
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Tese T 597.5 B862s (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 13-0106

Tese (doutor) - INPA, 2008

O tambaqui (Colossoma macropomum) pertence à família Serrasalmidae podendo alcançar mais de 1m de comprimento total. Tem alto valor comercial e é muito apreciado pela população da Amazônia e é criado de forma intensiva e extensiva. Na região Amazônica tem sua pele utilizada para a transformação em couro podendo ser utilizada na confecção de bolsas, calçados e cintos. O objetivo do presente trabalho foi testar o uso de extrato bruto enzimático bacteriano na degradação do colágeno obtido da pele do tambaqui verificando-se sua eficiência durante o curtimento da pele. O estudo iniciou-se pelo isolamento da microbiota bacteriana proteolítica do trato gastrintestinal. Posteriormente foi extraída a gelatina da pele determinando-se suas características físico-químicas. Foi realizada uma seleção pela atividade enzimática testando-se paralelamente o potencial de degradação da gelatina com agar gelatina leite preparado com gelatina comercial e o mesmo agar preparado com gelatina obtida a partir da pele do tambaqui. Foram escolhidos os isolados com os maiores halos de inibição obtidos com agar gelatina leite preparado com gelatina comercial. Posteriormente foi identificado o isolado com maior atividade proteolítica e colagenolítica a Chryseomonas luteola. Com o extrato bruto da bactéria C. luteola foram desenvolvidos os estudos para a caracterização das proteases e determinação do efeito do extrato bruto na etapa da remoção de escamas durante a fase preparatória para o curtimento. No estudo da caracterização das proteases foi verificado que a protease do extrato bruto obteve pH e temperatura ótimos de 7,2 e 70ºC a 80ºC. A atividade relativa foi 117% respectivamente, enquanto que a atividade residual a 70°C foi de 166% sofrendo uma redução em 80°C para 26% durante 90 minutos de incubação. Foi verificado o efeito do tempo e agitação no tratamento dos fragmentos de pele de tambaqui pelo extrato bruto testado a 25°C nos tempos de 1h, 2h e 3h. Os resultados indicaram que houve diferença significativa quanto à condição de agitação (p=0,000) e tempo de incubação (p=0,001) optando-se pelo tratamento sem agitação devido ao tipo de sistema de curtimento utilizado ser, sem agitação, e o tempo de 1h por ter o maior valor de atividade enzimática do extrato bruto. A avaliação sensorial realizada nos fragmentos de pele de tambaqui em 1h indicou que 83,33% dos julgadores os consideraram flexíveis ao retirar a escama com a colher no tratamento sem agitação. No efeito do extrato bruto enzimático de C. luteola produzido a 40ºC e testado a 25 ºC em fragmentos de pele foi escolhido o tratamento (1:10), de extrato bruto e água destilada, e as análises sensoriais indicaram que 67% dos julgadores atribuíram à nota D e 33,33% a nota B. As análises histológicas indicaram que o extrato bruto no tratamento (1:10) produziu alterações na arquitetura das fibras colágenas semelhantes àquelas alterações produzidas pela papaína a 0,02%. E, foi verificado que o extrato bruto preparado no tratamento (1:10) sobre as peles inteiras removeu com certa facilidade as escamas da pele em 1h de exposição e com facilidade em 2h de exposição.

Área de concentração : Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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