Estrutura e dinâmica em uma floresta de várzea do Rio amazonas do estado do Amapá / José Antonio de Queiroz.

Por: Queiroz, José Antonio deColaborador(es):Machado, Sebastião do Amaral [Orientador]Detalhes da publicação: Curitiba 2008Notas: xiv, 109 f. : ilAssunto(s): Floresta de terra firme | Várzea -- Ecologia | Fitossociologia | Dinâmica florestalClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Nota de dissertação: Tese (Doutor)- UFPR, 2008 Sumário: o presente trabalho de pesquisa teve como objetivo principal estudar a composição florística, a estrutura e a dinâmica do componente arbóreo de uma floresta de várzea do estuário do rio Amazonas, no estado do Amapá, comparando-se os resultados da parte interna da foz do rio Amazonas (MRA) com os da parte externa da foz (FRA). No ano de 2000/01 foram instaladas seis parcelas permanentes de um hectare (100 x 100 m), divididas em subparcelas de 20 x 50 m, sendo três na parte interna da Foz e três na parte externa. Foram censurados todos os indivíduos com DAP 2: 5 em para avaliação da composição florística, estrutura horizontal e vertical, diversidade de espécies e distribuição diamétrica. Em 2006/07 foi realizada nova medição para avaliação das alterações na estrutura horizontal e vertical, distribuição diamétrica, incremento em DAP, ingresso e mortalidade. Observaram-se diferenças entre os dois locais, em praticamente todos os itens avaliados. Ao todo foram encontrados 102 espécies e 82 gêneros, de 36 famílias botânicas, num total de 5.421 indivíduos: em MRA 93 espécies, 78 gêneros e 35 famílias botânicas de 2.769 indivíduos; em FRA 80 espécies, 66 gêneros de 32 famílias botânicas e 2.652 indivíduos. Seis espécies ocorreram nas seis parcelas amostrais: Carapa guianensis Aubl. (andiroba), Pentaclethra macroloba (Willd.) O. Kuntze (pracaxi), Eugenia brawsbergii AmshotI (goiaba-braba), Astrocaryum murumuru Mart. (murumuru), Euterpe oleracea Mart. (açaí) e Stercu/ia speciosa K. Schum. (capoteiro). Em MRA a família Arecaceae foi a de maior densidade relativa com 42,2% e 41,6% na primeira e segunda medição, respectivamente, com destaque para E. oleraceae (703 indivíduos e 749) e A. murumuru (317 e 307); entre as dicotiledôneas, destacaram-se a família Caesalpiniaceae com 11,3% e 12,7%, com Mora paraensis Ducke (209 e 254) e a família Mimosaceae com 11,3% 10,8%, com P. macroloba (213 e 203) na primeira e na segunda medição. Em FRA a família Arecaceae foi a de maior densidade relativa 62,3% e 63,74%, com A. murumuru (670 e 646) e E. o/eraceae (516 e 558); entre as dicotiledôneas destacaram-se a família Mimosaceae com 7,6% e 6,9%s, com P. macroloba (117 e 105) e a família Euphorbiaceae 3,2% e 2,4%. Para a dominância relativa em MRA: Arecaceae apresentou 30,6% e 26,0%, com E. oleracea (20,8 e 15,8%%) e A. murumuru (4,7 e 4,8%); Caesalpiniaceae 17,9 e 19,5%, com M paraensis (10,4 e 11,4%) e Mimosaceae 7,9 e 7,1%, com P. macroloba (6,8 e 6,4%). Em FRA: Arecaceae apresentou 35,2% e 34,1%, com E. o/eracea (17,2 e 17,2%%) e A. murumuru (10,5 e 10,5%); Mimosaceae 8,2 e 7,1%, com P. macroloba (6,6 e 5,9%).Quanto à distribuição espacial as diferenças foram irrelevantes e para a diversidade de espécies de Shannon e quociente de mistura de Jentsch, observou-se ligeira superioridade em MRA. Em relação à posição sociológica não se observou alterações significativas entre a primeira e a segunda leitura. Entretanto, em MRA o número de espécies foi superior nos três estratos e o número de indivíduos foi menor no estrato inferior. A palmeira açaí (E. oleracea) se destaca por ocupar os três estratos da floresta e ser a primeira na posição sociológica, tanto em MRA quanto em Foz. A distribuição diamétricadas árvores apresentoua forma de "]" invertido, com as maiores concentrações dos fustes nas primeiras classes, diminuindo gradualmente nas outras classes. Em MRA o diâmetro médio aumentou de 12,73 cm para 13,37 cm e a área basal de 33,7 m2/hapara 38,2 m2lha,e em FRA o diâmetro de 11,41 cm para 11,82 cm e a área basal de 27,4 m2fhapara 30,6 m2lha.Em MRA o ingresso foi de 159 árvores/ha e a mortalidade de 120 árvores/ha, enquanto em FRA foi de 118 e 107 árvoreslha. Os resultados indicam maior possibilidade de utilização econômica dos recursos florestais em MRA, inclusive para o manejo florestal madeireiro. Em FRA o potencial estaria limitado ao manejo florestal não madeireiro.
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Tese T 574.52642 Q3e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 08-0711

Tese (Doutor)- UFPR, 2008

o presente trabalho de pesquisa teve como objetivo principal estudar a composição florística, a estrutura e a dinâmica do componente arbóreo de uma floresta de várzea do estuário do rio Amazonas, no estado do Amapá, comparando-se os resultados da parte interna da foz do rio Amazonas (MRA) com os da parte externa da foz (FRA). No ano de 2000/01 foram instaladas seis parcelas permanentes de um hectare (100 x 100 m), divididas em subparcelas de 20 x 50 m, sendo três na parte interna da Foz e três na parte externa. Foram censurados todos os indivíduos com DAP 2: 5 em para avaliação da composição florística, estrutura horizontal e vertical, diversidade de espécies e distribuição diamétrica. Em 2006/07 foi realizada nova medição para avaliação das alterações na estrutura horizontal e vertical, distribuição diamétrica, incremento em DAP, ingresso e mortalidade. Observaram-se diferenças entre os dois locais, em praticamente todos os itens avaliados. Ao todo foram encontrados 102 espécies e 82 gêneros, de 36 famílias botânicas, num total de 5.421 indivíduos: em MRA 93 espécies, 78 gêneros e 35 famílias botânicas de 2.769 indivíduos; em FRA 80 espécies, 66 gêneros de 32 famílias botânicas e 2.652 indivíduos. Seis espécies ocorreram nas seis parcelas amostrais: Carapa guianensis Aubl. (andiroba), Pentaclethra macroloba (Willd.) O. Kuntze (pracaxi), Eugenia brawsbergii AmshotI (goiaba-braba), Astrocaryum murumuru Mart. (murumuru), Euterpe oleracea Mart. (açaí) e Stercu/ia speciosa K. Schum. (capoteiro). Em MRA a família Arecaceae foi a de maior densidade relativa com 42,2% e 41,6% na primeira e segunda medição, respectivamente, com destaque para E. oleraceae (703 indivíduos e 749) e A. murumuru (317 e 307); entre as dicotiledôneas, destacaram-se a família Caesalpiniaceae com 11,3% e 12,7%, com Mora paraensis Ducke (209 e 254) e a família Mimosaceae com 11,3% 10,8%, com P. macroloba (213 e 203) na primeira e na segunda medição. Em FRA a família Arecaceae foi a de maior densidade relativa 62,3% e 63,74%, com A. murumuru (670 e 646) e E. o/eraceae (516 e 558); entre as dicotiledôneas destacaram-se a família Mimosaceae com 7,6% e 6,9%s, com P. macroloba (117 e 105) e a família Euphorbiaceae 3,2% e 2,4%. Para a dominância relativa em MRA: Arecaceae apresentou 30,6% e 26,0%, com E. oleracea (20,8 e 15,8%%) e A. murumuru (4,7 e 4,8%); Caesalpiniaceae 17,9 e 19,5%, com M paraensis (10,4 e 11,4%) e Mimosaceae 7,9 e 7,1%, com P. macroloba (6,8 e 6,4%). Em FRA: Arecaceae apresentou 35,2% e 34,1%, com E. o/eracea (17,2 e 17,2%%) e A. murumuru (10,5 e 10,5%); Mimosaceae 8,2 e 7,1%, com P. macroloba (6,6 e 5,9%).Quanto à distribuição espacial as diferenças foram irrelevantes e para a diversidade de espécies de Shannon e quociente de mistura de Jentsch, observou-se ligeira superioridade em MRA. Em relação à posição sociológica não se observou alterações significativas entre a primeira e a segunda leitura. Entretanto, em MRA o número de espécies foi superior nos três estratos e o número de indivíduos foi menor no estrato inferior. A palmeira açaí (E. oleracea) se destaca por ocupar os três estratos da floresta e ser a primeira na posição sociológica, tanto em MRA quanto em Foz. A distribuição diamétricadas árvores apresentoua forma de "]" invertido, com as maiores concentrações dos fustes nas primeiras classes, diminuindo gradualmente nas outras classes. Em MRA o diâmetro médio aumentou de 12,73 cm para 13,37 cm e a área basal de 33,7 m2/hapara 38,2 m2lha,e em FRA o diâmetro de 11,41 cm para 11,82 cm e a área basal de 27,4 m2fhapara 30,6 m2lha.Em MRA o ingresso foi de 159 árvores/ha e a mortalidade de 120 árvores/ha, enquanto em FRA foi de 118 e 107 árvoreslha. Os resultados indicam maior possibilidade de utilização econômica dos recursos florestais em MRA, inclusive para o manejo florestal madeireiro. Em FRA o potencial estaria limitado ao manejo florestal não madeireiro.

CO-orientador: Hosokawa, Roberto Tuyoshi

CO-orientador: Silva, Ivan Crespo

Área de concentração: Ciências Florestais.

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