Distribuiçao e estrutura da populaçao de quatro espécies madeireiras em uma floresta sazonalmente alagável na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá, Amazônia Central / Tatiana Andreza da Silva Marinho.

Por: Marinho, Tatiana Andreza da SilvaColaborador(es):Wittmann, Florian [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 2008Notas: xi, 73 f. : ilAssunto(s): Ecologia de populações | Areas alagáveis | Manejo e conservaçãoClassificação Decimal de Dewey: 574.5264 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2008 Sumário: As várzeas amazônicas abrangem uma área de cerca de 200.000 Km2 e são periodicamente nundadas por rios de água branca ricos em sedimentos oriundos dos. Andes e encostas pré-andinas. As florestas de várzea estão ameaçadas pelo desmatamento para a agricultura e a bovinocultura, além da intensa exploração de espécies madeireiras de forma insustentável. O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição espacial e a estrutura da população de quatro espécies madeireiras em função de variáveis ambientais em uma floresta de várzea alta na RDS-Mamirauá, para auxiliar na elaboração de planos de manejo sustentáveis destas espécies. O estudo foi conduzido no setor Jarauá na RDS-Mamirauá, no município de Alvarães, AM. Uma área de 7,5 hectares foi amostrada, onde todos os indivíduos com altura 1,0m das espécies Hura crepitans, Guarea guidonia, Sterculia elata e Ocotea cymbarum foram mapeados e tiveram a altura e o diâmetro medidos. Foram estimadas área basal, volume e biomassa acima do solo nas populaçoes das quatro espécies. A altura e a duração da inundação máxima de 2006 foram medidas em todos os indivíduos e calculadas para anos anteriores com base no nível de água registrado no porto de Manaus desde 1903. Os níveis de radiaçao fotossinteticamente ativa (rPAR) foram registrados nos indivíduos 10 cm DAP (diâmetro na altura do peito). Um total de 344 indivíduos foi amostrado. Ocotea cymbarum foi a espécie que apresentou o maior número de indivíduos (n=128), seguido por Hura crepitans (n=91), Guarea guidonia (n=83) e Stercu/ia e/ata (n=42). Do total de indivíduos amostrados de cada espécie, Hura crepitans e Stercu/ia e/ata foram as que apresentaram a maior proporçao de indivíduos com diâmetros 10 cm (51,6% e 62,7%, respectivamente), indicando uma alta taxa de estabelecimento nestas espécies. A espécie Hura crepitans apresentou os maiores valores de área basal, volume e biomassa acima do solo: As populaçoes de Guarea guidonia, Hura crepitans, Ocotea cymbarum e Stercu/ia e/ata foram sujeitas à altura média da coluna de água de 0,10:t0,08m, 0,31+0,23m, 0,36+0,22m e 0,16+0,15m, correspondendo a um período de inundaçao de 10,9+7,4 dias ano-1, 27,4+18,0 dias ano-131,5+17,0 dias ano-1 e 15,9+13,3 dias ano-1, respectivamente. Os níveis médios de rPAR das populaçoes foram: 3,2+1,8% para Hura crepitans; 2,5+t1,4 % para Sterculia e/ata; 1,9+0,7% para Ocotea cymbarum e 1,5+0,6% para Guarea guidonia. As maiores variaçoes topográficas na distribuiçao de Ocotea cymbarum e Hura crepitans indicam que estas espécies apresentam uma amplitude ecológica de inundaçao mais ampla do que Sterculia e/ata e Guarea guidonia. Apesar da pequena variaçao e dos baixos valores de rPAR encontrados na área de estudo, os diferentes requerimentos por luz sugere diferentes nichos para as quatro espécies. A estrutura populacional das quatro espécies mostra que todas apresentam indivíduos que ultrapassam o diâmetro mínimo de corte de 50 cm estabelecido pela instruçao normativa do IBAMA. Entretanto, a densidade de indivíduos ultrapassando esse diâmetro é muito baixa na área investigada. Se manejadas segundo esta instruçao, as populaçoes das quatro espécies em estudo podem correr risco de extinçao na área. Por serem localizadas em regioes topograficamente altas, florestas de várzea alta estao sujeitas a uma baixa influência da dinâmica hidro-geomorfológica. Contudo, as variaçoes micro-topográficas parecem afetar diretamente na distribuiçao das espécies arbóreas estudadas nessas áreas.
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Dissertação T 574.5264 M338d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 09-0047

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2008

As várzeas amazônicas abrangem uma área de cerca de 200.000 Km2 e são periodicamente nundadas por rios de água branca ricos em sedimentos oriundos dos. Andes e encostas pré-andinas. As florestas de várzea estão ameaçadas pelo desmatamento para a agricultura e a bovinocultura, além da intensa exploração de espécies madeireiras de forma insustentável. O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição espacial e a estrutura da população de quatro espécies madeireiras em função de variáveis ambientais em uma floresta de várzea alta na RDS-Mamirauá, para auxiliar na elaboração de planos de manejo sustentáveis destas espécies. O estudo foi conduzido no setor Jarauá na RDS-Mamirauá, no município de Alvarães, AM. Uma área de 7,5 hectares foi amostrada, onde todos os indivíduos com altura 1,0m das espécies Hura crepitans, Guarea guidonia, Sterculia elata e Ocotea cymbarum foram mapeados e tiveram a altura e o diâmetro medidos. Foram estimadas área basal, volume e biomassa acima do solo nas populaçoes das quatro espécies. A altura e a duração da inundação máxima de 2006 foram medidas em todos os indivíduos e calculadas para anos anteriores com base no nível de água registrado no porto de Manaus desde 1903. Os níveis de radiaçao fotossinteticamente ativa (rPAR) foram registrados nos indivíduos 10 cm DAP (diâmetro na altura do peito). Um total de 344 indivíduos foi amostrado. Ocotea cymbarum foi a espécie que apresentou o maior número de indivíduos (n=128), seguido por Hura crepitans (n=91), Guarea guidonia (n=83) e Stercu/ia e/ata (n=42). Do total de indivíduos amostrados de cada espécie, Hura crepitans e Stercu/ia e/ata foram as que apresentaram a maior proporçao de indivíduos com diâmetros 10 cm (51,6% e 62,7%, respectivamente), indicando uma alta taxa de estabelecimento nestas espécies. A espécie Hura crepitans apresentou os maiores valores de área basal, volume e biomassa acima do solo: As populaçoes de Guarea guidonia, Hura crepitans, Ocotea cymbarum e Stercu/ia e/ata foram sujeitas à altura média da coluna de água de 0,10:t0,08m, 0,31+0,23m, 0,36+0,22m e 0,16+0,15m, correspondendo a um período de inundaçao de 10,9+7,4 dias ano-1, 27,4+18,0 dias ano-131,5+17,0 dias ano-1 e 15,9+13,3 dias ano-1, respectivamente. Os níveis médios de rPAR das populaçoes foram: 3,2+1,8% para Hura crepitans; 2,5+t1,4 % para Sterculia e/ata; 1,9+0,7% para Ocotea cymbarum e 1,5+0,6% para Guarea guidonia. As maiores variaçoes topográficas na distribuiçao de Ocotea cymbarum e Hura crepitans indicam que estas espécies apresentam uma amplitude ecológica de inundaçao mais ampla do que Sterculia e/ata e Guarea guidonia. Apesar da pequena variaçao e dos baixos valores de rPAR encontrados na área de estudo, os diferentes requerimentos por luz sugere diferentes nichos para as quatro espécies. A estrutura populacional das quatro espécies mostra que todas apresentam indivíduos que ultrapassam o diâmetro mínimo de corte de 50 cm estabelecido pela instruçao normativa do IBAMA. Entretanto, a densidade de indivíduos ultrapassando esse diâmetro é muito baixa na área investigada. Se manejadas segundo esta instruçao, as populaçoes das quatro espécies em estudo podem correr risco de extinçao na área. Por serem localizadas em regioes topograficamente altas, florestas de várzea alta estao sujeitas a uma baixa influência da dinâmica hidro-geomorfológica. Contudo, as variaçoes micro-topográficas parecem afetar diretamente na distribuiçao das espécies arbóreas estudadas nessas áreas.

ãrea de concentração: Botânica.

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