Influência do manejo florestal de baixo impacto na comunidade de peixes em riachos de terra- firme, Amazônia Central / Murilo Sversut Dias.

Por: Dias, Murilo SversutColaborador(es):Magnusson, William Ernst [Orientador] | Zuanon, Jansen Alfredo Sampaio [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus 2008Notas: viii, 58 f. : il., (algumas color)Assunto(s): Ictiofauna | Peixes -- Ecologia -- Amazônia | Igarapés -- Amazônia | Monitoramento ambiental -- Amazônia | Manejo florestal -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 574.52632 Nota de dissertação: Dissertação (Mestre)- INPA/UFAM, 2008 Sumário: Na Amazônia, grandes áreas contendo milhares de riachos sao exploradas pelo manejo florestal sustentável. Entretanto existem poucos estudos que tenham avaliado os eventuais efeitos desse manejo sobre os riachos em diferentes escalas temporais e espaciais. Nós determinamos efeitos em curto e em longo prazo do manejo florestal sustentável e do tempo desde o manejo na composiçao de espécies de peixes e nas características ambientais em riachos na Amazônia Central. Efeitos em curto prazo foram testados em uma área de produçao anual, onde amostramos onze riachos antes e depois da exploraçao. Efeitos em longo prazo foram testados em dezesseis unidades de produçao anual, exploradas ao longo de 12 anos, onde amostra mos riachos em áreas exploradas e outros em florestas primárias fora das áreas exploradas (controles). Em cada local, amostra mos a composiçao de peixes e as características ambientais em trechos de 50 metros de riacho. Em curto prazo, a composiçao da ictiofauna nao diferiu antes e depois do manejo florestal sustentável; entretanto o pH, a vazao, a profundidade, a abertura do dossel, a velocidade da água e os tipos de substrato do fundo dos riachos em áreas manejadas diferiram dos riachos controle. Em longo prazo, as características ambientais dos pontos explorados nao diferiram dos controles. Porém, a composiçao de abundância (número de exemplares por espécie) da ictiofauna em áreas exploradas diferiu dos pontos em áreas controle. Apenas a composiçao por presença/ausência de espécies foi negativamente relacionada ao tempo de recuperaçao das áreas. Espécies comuns apresentaram maiores abundâncias em áreas exploradas, porém nao há indicaçao de perda de espécies. Poucos anos após o manejo florestal sustentável, os efeitos nas características ambientais dos riachos nao foram detectados, mas efeitos detectáveis sobre a composiçao de espécies de peixes parecem persistir mesmo após 12 anos de exploraçao. Para riachos amazônicos, o manejo florestal sustentável representa uma alternativa viável ao corte raso de madeira, que causa impactos severos nas comunidades aquáticas. Porém, é importante que o monitoramento continue para avaliar os efeitos em longo prazo na biota aquática e para determinar se alteraçoes causadas pelo manejo florestal sustentável podem ser atenuadas em áreas exploradas há mais tempo.
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Dissertação T 574.52632 D541i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 09-0053

Dissertação (Mestre)- INPA/UFAM, 2008

Na Amazônia, grandes áreas contendo milhares de riachos sao exploradas pelo manejo florestal sustentável. Entretanto existem poucos estudos que tenham avaliado os eventuais efeitos desse manejo sobre os riachos em diferentes escalas temporais e espaciais. Nós determinamos efeitos em curto e em longo prazo do manejo florestal sustentável e do tempo desde o manejo na composiçao de espécies de peixes e nas características ambientais em riachos na Amazônia Central. Efeitos em curto prazo foram testados em uma área de produçao anual, onde amostramos onze riachos antes e depois da exploraçao. Efeitos em longo prazo foram testados em dezesseis unidades de produçao anual, exploradas ao longo de 12 anos, onde amostra mos riachos em áreas exploradas e outros em florestas primárias fora das áreas exploradas (controles). Em cada local, amostra mos a composiçao de peixes e as características ambientais em trechos de 50 metros de riacho. Em curto prazo, a composiçao da ictiofauna nao diferiu antes e depois do manejo florestal sustentável; entretanto o pH, a vazao, a profundidade, a abertura do dossel, a velocidade da água e os tipos de substrato do fundo dos riachos em áreas manejadas diferiram dos riachos controle. Em longo prazo, as características ambientais dos pontos explorados nao diferiram dos controles. Porém, a composiçao de abundância (número de exemplares por espécie) da ictiofauna em áreas exploradas diferiu dos pontos em áreas controle. Apenas a composiçao por presença/ausência de espécies foi negativamente relacionada ao tempo de recuperaçao das áreas. Espécies comuns apresentaram maiores abundâncias em áreas exploradas, porém nao há indicaçao de perda de espécies. Poucos anos após o manejo florestal sustentável, os efeitos nas características ambientais dos riachos nao foram detectados, mas efeitos detectáveis sobre a composiçao de espécies de peixes parecem persistir mesmo após 12 anos de exploraçao. Para riachos amazônicos, o manejo florestal sustentável representa uma alternativa viável ao corte raso de madeira, que causa impactos severos nas comunidades aquáticas. Porém, é importante que o monitoramento continue para avaliar os efeitos em longo prazo na biota aquática e para determinar se alteraçoes causadas pelo manejo florestal sustentável podem ser atenuadas em áreas exploradas há mais tempo.

ãrea de concentração: Ecologia.

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