Estudo fitoecológico do ubim, Geonoma maxima (Poit.) Kunth (Arecaceae), na Amazônia Central / Maria Cristina de Souza.

Por: Souza, Maria Cristina deColaborador(es):Hopkins, Michael John Gilbert [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2000Notas: xii, 84 f. : il., mapasAssunto(s): Folhas -- Anatomia | Geonoma maxima | Ubim -- EcologiaClassificação Decimal de Dewey: 584.505 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2000 Sumário: A maioria das palmeiras exibe uma ampla variabilidade nos seus caracteres morfológicos. As poucas coletas depositadas em herbário e geralmente incompletas tem resultado em superdescrições e, em problema na definição de espécies. Geonoma maxima é um exemplo. AIguns caracteres morfológicos, ecológicos e anatômicos, de três das suas supostas variedades, ocorrentes na Reserva Florestal Adolpho Ducke foram investigados, visando o entendimento de um problema taxonômico. São palmeiras que ocorrem no subbosque da floresta tropical úmida com diferenças na preferência. De acordo corn as observações vistas no campo, a suposta variedade maxima tem preferência pelo ambiente de vertente (55%). Seus estipes são cespitosos ou menos freqüentemente solitários (23%); com folhas compostas de pinas estreitas regularmente distribuídas ao longo da raquis. A inflorescência é interfoliar ou intrafoliar e duplamente ramificada e, seus frutos têm forma globosa. A "variedade" spixiana ocorre com maior freqüência no platô (59%) sendo a "variedade" mais comum; apresentando estipes cespitosos na maioria dos indivíduos observados (87%); suas folhas exibem dois pares de pinas largas e retas. A inflorescência é interfoliar, com ramificação simples e seus frutos são ovais. Já a suposta variedade chelidonura mostrou preferência pelo baixio (84%). Os indivíduos têm estipes cespitosos ou pouco freqüentemente solitários (23%), corn folhas divididas em dois pares de pinas largas e sigmoides. A inflorescência é interfoliar com ramificação simples e seus frutos são ovais. O teste t mostrou que a altura dos indivíduos das três variedades difere significativamente; bem como o número de estipes cespitosos apresentado pela "variedade" spixiana difere e é significativo (teste qui-quadrado). O número de folhas também diferiu, sendo significativo apenas entre as "variedades" maxima e chelidonura. Foram analisados os caracteres anatômicos das folhas das três supostas variedades e das folhas de G. aspidiifolia. Verificou-se que estômatos e tricomas estão presentes em ambas as faces da folha, assim como um mesófilo homogêneo em todas as amostras. A quantificação dos estômatos, através do teste t, não foi significativa entre as supostas variedades e, sim, entre estas e G. aspidiifolia. A média de tricomas também não variou significativamente, enquanto o comprimento destes, mostrou-se diferente entre as "variedades" maxima e spixiana, maxima e chelidonura e, entre estas e G. aspidiifolia. Conclui-se que as três supostas variedades de Geonoma maxima, ocorrentes na Reserva Ducke, em ambientes distintos, com caracteres morfológicos bem definidos, são entidades distintas.
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Dissertação T 584.505 S729e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0202

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2000

A maioria das palmeiras exibe uma ampla variabilidade nos seus caracteres morfológicos. As poucas coletas depositadas em herbário e geralmente incompletas tem resultado em superdescrições e, em problema na definição de espécies. Geonoma maxima é um exemplo. AIguns caracteres morfológicos, ecológicos e anatômicos, de três das suas supostas variedades, ocorrentes na Reserva Florestal Adolpho Ducke foram investigados, visando o entendimento de um problema taxonômico. São palmeiras que ocorrem no subbosque da floresta tropical úmida com diferenças na preferência. De acordo corn as observações vistas no campo, a suposta variedade maxima tem preferência pelo ambiente de vertente (55%). Seus estipes são cespitosos ou menos freqüentemente solitários (23%); com folhas compostas de pinas estreitas regularmente distribuídas ao longo da raquis. A inflorescência é interfoliar ou intrafoliar e duplamente ramificada e, seus frutos têm forma globosa. A "variedade" spixiana ocorre com maior freqüência no platô (59%) sendo a "variedade" mais comum; apresentando estipes cespitosos na maioria dos indivíduos observados (87%); suas folhas exibem dois pares de pinas largas e retas. A inflorescência é interfoliar, com ramificação simples e seus frutos são ovais. Já a suposta variedade chelidonura mostrou preferência pelo baixio (84%). Os indivíduos têm estipes cespitosos ou pouco freqüentemente solitários (23%), corn folhas divididas em dois pares de pinas largas e sigmoides. A inflorescência é interfoliar com ramificação simples e seus frutos são ovais. O teste t mostrou que a altura dos indivíduos das três variedades difere significativamente; bem como o número de estipes cespitosos apresentado pela "variedade" spixiana difere e é significativo (teste qui-quadrado). O número de folhas também diferiu, sendo significativo apenas entre as "variedades" maxima e chelidonura. Foram analisados os caracteres anatômicos das folhas das três supostas variedades e das folhas de G. aspidiifolia. Verificou-se que estômatos e tricomas estão presentes em ambas as faces da folha, assim como um mesófilo homogêneo em todas as amostras. A quantificação dos estômatos, através do teste t, não foi significativa entre as supostas variedades e, sim, entre estas e G. aspidiifolia. A média de tricomas também não variou significativamente, enquanto o comprimento destes, mostrou-se diferente entre as "variedades" maxima e spixiana, maxima e chelidonura e, entre estas e G. aspidiifolia. Conclui-se que as três supostas variedades de Geonoma maxima, ocorrentes na Reserva Ducke, em ambientes distintos, com caracteres morfológicos bem definidos, são entidades distintas.

Área de concentração: Botânica.

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