Aqui é melhor do que lá : representação social da vida urbana das populações migrantes e seus impactos sócio-ambientais em Manaus / Maria do Perpetuo Socorro Chaves da Silva.

Por: Silva, Maria do Perpetuo Socorro Chaves daColaborador(es):Corrêa da Silva, Marilene Corrêa [Orientadora]Detalhes da publicação: 2000Notas: ix, 157 fAssunto(s): Migração interna -- Amazonas | Migração rural-urbana -- AmazonasClassificação Decimal de Dewey: 304.88113 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)--Universidade Federal do Amazonas, 2000. Sumário: Esta pesquisa teve como objetivo compreender a ação das pessoas moradoras da ocupação urbana Colônia Agrícola Chico Mendes, vizinha da área protegida da reserva Ducke, por meio das suas representações sociais. Essas pessoas são imigrantes do interior do Estado do Amazonas, representando 45,6% da população da Colônia Agrícola Chico Mendes. A coleta de dados baseou-se quantitativamente em dados secundários e qualitativamente através da observação participante e de entrevistas semi-estruturadas, das suas histórias de vida, de técnicas grupais. As informações foram anotadas, gravadas, transcritas e analisadas pela triangulação metodológica, cuja abordagem vem da tradição hermenêutica de pesquisa. O conflito sócio-ambiental vivido pelas pessoas configura-se na luta pela posse da terra e pelo direito à cidade, onde o conteúdo das representações sociais revelaram que a Colônia Agrícola Chico Mendes é o território por excelência e face a isto, é possível um acordo para a preservação da reserva. Eles acham importante a pesquisa na reserva, mas que redunde em benefícios para a população. Antes da proibição e do conflito, as pessoas pegavam água, tomavam banho, se divertiam e tiravam frutas. Hoje eles utilizam a água da reserva por necessidade, pois não há água encanada naquela ocupação. Essas pessoas, em seus lugares de origem, o interior do Estado, manejavam diversos ambientes e viviam como as populações caboclas da Amazônia, onde a riqueza cultural do modo de se relacionarem com a natureza resultou na utilização de técnicas apropriadas para o clima tropical úmido. Foi identificado e descrito dois modelos característicos de agricultores e extrativistas, cuja produção era para subsistência e com força de trabalho eminentemente familiar. Migraram para a cidade porque a família se desestruturou ao buscar assistência médica ou porque foram casando-se e enfraquecendo a força de trabalho, além das dificuldades econômicas de vender o produto no mercado. Na Colônia Agrícola Chico Mendes é o paraíso, pois para elas lá não é cidade porque não tem barulho e não estão mais pagando aluguel. Os sítios constituem-se no território de vida por excelência e construíram um ambiente ou modo de vida parecido com o que levavam no interior, apesar das dificuldades urbanas sentidas nesse novo espaço: aqui é melhor do que lá.
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Dissertação T 304.88113 S586a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 05-0257

Dissertação (mestrado)--Universidade Federal do Amazonas, 2000.

Esta pesquisa teve como objetivo compreender a ação das pessoas moradoras da ocupação urbana Colônia Agrícola Chico Mendes, vizinha da área protegida da reserva Ducke, por meio das suas representações sociais. Essas pessoas são imigrantes do interior do Estado do Amazonas, representando 45,6% da população da Colônia Agrícola Chico Mendes. A coleta de dados baseou-se quantitativamente em dados secundários e qualitativamente através da observação participante e de entrevistas semi-estruturadas, das suas histórias de vida, de técnicas grupais. As informações foram anotadas, gravadas, transcritas e analisadas pela triangulação metodológica, cuja abordagem vem da tradição hermenêutica de pesquisa. O conflito sócio-ambiental vivido pelas pessoas configura-se na luta pela posse da terra e pelo direito à cidade, onde o conteúdo das representações sociais revelaram que a Colônia Agrícola Chico Mendes é o território por excelência e face a isto, é possível um acordo para a preservação da reserva. Eles acham importante a pesquisa na reserva, mas que redunde em benefícios para a população. Antes da proibição e do conflito, as pessoas pegavam água, tomavam banho, se divertiam e tiravam frutas. Hoje eles utilizam a água da reserva por necessidade, pois não há água encanada naquela ocupação. Essas pessoas, em seus lugares de origem, o interior do Estado, manejavam diversos ambientes e viviam como as populações caboclas da Amazônia, onde a riqueza cultural do modo de se relacionarem com a natureza resultou na utilização de técnicas apropriadas para o clima tropical úmido. Foi identificado e descrito dois modelos característicos de agricultores e extrativistas, cuja produção era para subsistência e com força de trabalho eminentemente familiar. Migraram para a cidade porque a família se desestruturou ao buscar assistência médica ou porque foram casando-se e enfraquecendo a força de trabalho, além das dificuldades econômicas de vender o produto no mercado. Na Colônia Agrícola Chico Mendes é o paraíso, pois para elas lá não é cidade porque não tem barulho e não estão mais pagando aluguel. Os sítios constituem-se no território de vida por excelência e construíram um ambiente ou modo de vida parecido com o que levavam no interior, apesar das dificuldades urbanas sentidas nesse novo espaço: aqui é melhor do que lá.

Área de concentração: Natureza e Cultura na Amazônia.

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