Anatomia foliar de Humiriaceae / Raimunda Conceição Queiroz Vilhena.

Por: Vilhena, Raimunda Conceição Queiroz deColaborador(es):Prance, Ghillean T [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1976Notas: 128 f. : ilAssunto(s): Folhas -- Anatomia | HumiriaceaeClassificação Decimal de Dewey: 583.214 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1976 Sumário: Nosso trabalho trata da anatomia foliar de três espécies da família Humiriaceae, cujos exemplares testemunhas encontram-se no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O objetivo deste estudo visa verificar se ocorre significativas diferenças estruturais em uma mesma folha e possíveis características adaptativas. Em cada espécie fizemos uma análise de quatro regiões do limbo foliar - ápice, margem, intermediária e base. Sobre a nervura central estudamos as regiões do ápice meio e base. Para dissociação da epiderme e cortes anatômicos seguimos as técnicas usuais com algumas modificações. Os resultados obtidos para cada espécie foram: Endopleura uchi (Huber) Cuatr. 1 - As paredes anticlinais da epiderme superior e inferior vistas frontalmente são onduladas. A freqüência destas ondulações é mais observada na epiderme inferior. 2 - Quanto às diferenças encontradas entre as regiões do limbo, a mais significante foi na base, em que as ondulações são muito juntas dando o aspecto de espiral. 3 - Os estômatos são do tipo anomocítico, classificação de Metcalf (1950). 4 - Média estomática: ápice 194.4, margem 219.2, na região intermediária 226.4 e na base 214.0. 5 - Índice estomático: ápice 24.0, margem 42.93, na região intermediária 46.09 e na base 37.85. 6 - O parênquima paliçádico toma 1/3 da espessura do mesófilo. 7 - O parênquima lacunoso apresenta-se compacto e com células coletoras ligadas a três células do parênquima paliçádico, o qual toma a forma de taça. 8 - O corte do bordo mostra a flange cuticular, ocorrendo um pequeno ninho de esclerênquíma. Os parênquimas paliçádico e lacunoso não se diferenciam, próximo ao bordo. 9 - Corte transversal da nervura central no ápice mostra a presença de três feixes envolvidos por uma bainha de esclerênquima. Na região do meio e da base estas formam feixes bicolaterais que também são envolvidos por fibras. 10 - Os feixes vasculares secundários apresentam-se envolvidos por uma bainha de esclerênquima. Humiria balsamifera Sto Hil. var. floribunda (Martius) Cuatr. 1 - Na epiderme adaxial as células são pequenas de paredes retas e o maior espessamento cuticular é na região da margem e base. 2 - Na margem da base da epiderme inferior ocorre a presença de glândulas. 3 - Presença de tricomas, entre as células epidérmicas da nervura central. Ocorrendo a maior freqüência na região do meio e base. 4 - Sobre a nervura central vista frontalmente em corte transversal da folha, notamos a presença de estômatos disforme, que alguns autores dizem serem hidatódios ou estômatos de água. 5 - Os estômatos são predominantemente paracítico classificação de Metcalfe (1950). 6 - Média estomática: ápice 264, na margem 272, na zona intermediária 296.6 e na base 185. 7 - indice estomático: no ápice 18.27, na margem 37.68, na zona intermediária 39.02 e na base 11.50. 8 - Presença de células aqüíferas, subjacentes às epidermes abaxial e adaxial, nesta última é donde se observa a maior ocorrência. 9 - No corte feito na região intermediária, os feixes menores estão dispostos irregularmente no mesófilo, rodeados por fibras esclerenquimáticas e pequenos ninhos de esclerênquima. 10 - No corte do bordo notamos a presença de células epidérmicas impregnadas de cutina, constituindo a flange cuticular. 11 - No corte da nervura central, observamos que as diferenças entre as regiões são apenas quanto ao número de camadas de células que constitui as fibras esclerenquimáticas. Humiriastrum cuspidatum Bth. 1 - No lúmen da célula epidérmica do limbo vista frontalmente notamos a presença de círculos claros, os quais são devido as saliências e depressões das paredes anticlinais. 2 - As células sobre as regiões da nervura central, só apresentam diferenças quanto às dimensões. Disposta na mesma direção do feixe vascular central. 3 - Sobre a nervura central ocorre a presença de poros e estrutura semelhantes a estômatos, tanto na epiderme superior como na inferior. 4 - A nervura secundária apresenta a mesma direção do feixe vascular secundário. 5 - Média estomática - ápice 179, margem 262, zona intermediária 272 e base 182. 6 - Índice estomático - ápice 8.5, margem 11.62, zona intermediária 11.97, e na base 8.56. 7 - Em corte transversal da região intermediária do limbo ocorre a presença de feixes vasculares envolvidos por fibras esclerenquimáticas e esclereídeos. 8 - Os tipos de esclereídeos encontrados são em forma de T, osteoescleídeo e fibroesclereídeo. 9 - No corte da região do bordo a cutícula é espessa, penetrando entre as células da epiderme, formando a flange cuticular. Notando-se também feixes vasculares e esclereídeos. 10 - Os feixes vasculares secundários são envolvidos por fibras de esclerênquimas. 11 - Corte da nervura central na região apical ocorre a presença de um feixe central e na região do meio o feixe é formado por dois semi-círculos sendo rodeados por fibras esclerenquimáticas.
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Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1976

Nosso trabalho trata da anatomia foliar de três espécies da família Humiriaceae, cujos exemplares testemunhas encontram-se no Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O objetivo deste estudo visa verificar se ocorre significativas diferenças estruturais em uma mesma folha e possíveis características adaptativas. Em cada espécie fizemos uma análise de quatro regiões do limbo foliar - ápice, margem, intermediária e base. Sobre a nervura central estudamos as regiões do ápice meio e base. Para dissociação da epiderme e cortes anatômicos seguimos as técnicas usuais com algumas modificações. Os resultados obtidos para cada espécie foram: Endopleura uchi (Huber) Cuatr. 1 - As paredes anticlinais da epiderme superior e inferior vistas frontalmente são onduladas. A freqüência destas ondulações é mais observada na epiderme inferior. 2 - Quanto às diferenças encontradas entre as regiões do limbo, a mais significante foi na base, em que as ondulações são muito juntas dando o aspecto de espiral. 3 - Os estômatos são do tipo anomocítico, classificação de Metcalf (1950). 4 - Média estomática: ápice 194.4, margem 219.2, na região intermediária 226.4 e na base 214.0. 5 - Índice estomático: ápice 24.0, margem 42.93, na região intermediária 46.09 e na base 37.85. 6 - O parênquima paliçádico toma 1/3 da espessura do mesófilo. 7 - O parênquima lacunoso apresenta-se compacto e com células coletoras ligadas a três células do parênquima paliçádico, o qual toma a forma de taça. 8 - O corte do bordo mostra a flange cuticular, ocorrendo um pequeno ninho de esclerênquíma. Os parênquimas paliçádico e lacunoso não se diferenciam, próximo ao bordo. 9 - Corte transversal da nervura central no ápice mostra a presença de três feixes envolvidos por uma bainha de esclerênquima. Na região do meio e da base estas formam feixes bicolaterais que também são envolvidos por fibras. 10 - Os feixes vasculares secundários apresentam-se envolvidos por uma bainha de esclerênquima. Humiria balsamifera Sto Hil. var. floribunda (Martius) Cuatr. 1 - Na epiderme adaxial as células são pequenas de paredes retas e o maior espessamento cuticular é na região da margem e base. 2 - Na margem da base da epiderme inferior ocorre a presença de glândulas. 3 - Presença de tricomas, entre as células epidérmicas da nervura central. Ocorrendo a maior freqüência na região do meio e base. 4 - Sobre a nervura central vista frontalmente em corte transversal da folha, notamos a presença de estômatos disforme, que alguns autores dizem serem hidatódios ou estômatos de água. 5 - Os estômatos são predominantemente paracítico classificação de Metcalfe (1950). 6 - Média estomática: ápice 264, na margem 272, na zona intermediária 296.6 e na base 185. 7 - indice estomático: no ápice 18.27, na margem 37.68, na zona intermediária 39.02 e na base 11.50. 8 - Presença de células aqüíferas, subjacentes às epidermes abaxial e adaxial, nesta última é donde se observa a maior ocorrência. 9 - No corte feito na região intermediária, os feixes menores estão dispostos irregularmente no mesófilo, rodeados por fibras esclerenquimáticas e pequenos ninhos de esclerênquima. 10 - No corte do bordo notamos a presença de células epidérmicas impregnadas de cutina, constituindo a flange cuticular. 11 - No corte da nervura central, observamos que as diferenças entre as regiões são apenas quanto ao número de camadas de células que constitui as fibras esclerenquimáticas. Humiriastrum cuspidatum Bth. 1 - No lúmen da célula epidérmica do limbo vista frontalmente notamos a presença de círculos claros, os quais são devido as saliências e depressões das paredes anticlinais. 2 - As células sobre as regiões da nervura central, só apresentam diferenças quanto às dimensões. Disposta na mesma direção do feixe vascular central. 3 - Sobre a nervura central ocorre a presença de poros e estrutura semelhantes a estômatos, tanto na epiderme superior como na inferior. 4 - A nervura secundária apresenta a mesma direção do feixe vascular secundário. 5 - Média estomática - ápice 179, margem 262, zona intermediária 272 e base 182. 6 - Índice estomático - ápice 8.5, margem 11.62, zona intermediária 11.97, e na base 8.56. 7 - Em corte transversal da região intermediária do limbo ocorre a presença de feixes vasculares envolvidos por fibras esclerenquimáticas e esclereídeos. 8 - Os tipos de esclereídeos encontrados são em forma de T, osteoescleídeo e fibroesclereídeo. 9 - No corte da região do bordo a cutícula é espessa, penetrando entre as células da epiderme, formando a flange cuticular. Notando-se também feixes vasculares e esclereídeos. 10 - Os feixes vasculares secundários são envolvidos por fibras de esclerênquimas. 11 - Corte da nervura central na região apical ocorre a presença de um feixe central e na região do meio o feixe é formado por dois semi-círculos sendo rodeados por fibras esclerenquimáticas.

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