Efeitos de alterações na zona ripária sobre a integridade de igarapés amazônicos no baixo rio Teles Pires, Norte de Mato Grosso / Monica Elisa Bleich.

Por: Bleich, Monica ElisaColaborador(es):Maria Teresa Fernandez Piedade [Orientador]Detalhes da publicação: 2015Notas: 101 p.: il. colorAssunto(s): Ecologia de riachos | Riachos tropicaisClassificação Decimal de Dewey: 574.526323 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA, 2015 Sumário: Na bacia Amazônica existem muitos riachos, localmente denominados de igarapés, inseridos em paisagens heterogêneas, considerando as variações naturais das condições geomorfológicas, os períodos hidrológicos e a degradação promovida pelo desmatamento, principalmente na borda sul da bacia. Logo, o objetivo do presente estudo foi avaliar os impactos de alterações na cobertura florestal ripária sobre a estrutura do ecossistema em igarapés de cabeceira no baixo rio Teles Pires, norte de Mato Grosso. Foram selecionados dez locais na bacia do Rio Teles Pires, afluente do rio Tapajós, e em cada um deles foram selecionados dois igarapés de cabeceira (primeira ou segunda ordens), um igarapé localizado em área com a floresta ripária conservada (igarapé íntegro) e outro igarapé com a zona ripária antropizada, com alterações da cobertura florestal ripária (igarapé alterado). Foi considerada como alteração na zona ripária dos igarapés a remoção parcial ou total da floresta. Foram avaliadas variáveis indicadoras da integridade do habitat (proporção de floresta em zonas tampão, índice de integridade do habitat), variáveis hidromorfológicas dos igarapés, variáveis físico-químicas da água, e a produção primária autóctone (algas e herbáceas aquáticas) nos períodos hidrológicos de seca, início do período chuvoso e final do período chuvoso. Foi registrada a variação entre os períodos hidrológicos e a heterogeneidade espacial na estrutura dos igarapés de cabeceira íntegros. As alterações na cobertura florestal ripária afetaram a variabilidade na estrutura do habitat dos igarapés entre os períodos hidrológicos, tornando-os mais homogêneos, e contribuindo para uma menor disponibilidade de material orgânico no substrato bentônico. Além disso, a ausência de cobertura florestal na zona ripária contribuiu para o aumento da produção primária autóctone nos igarapés de cabeceira no sul da Amazônia, embora algas e herbáceas aquáticas tenham respondido de forma diferenciada aos períodos de seca e chuvoso. A partir da comparação entre igarapés íntegros e alterados foi possível estabelecer indicadores de alterações nos igarapés de cabeceira, os quais podem ser utilizados na avaliação de impactos ambientais nestes ambientes, assim como no monitoramento e em ações de reabilitação de igarapés degradados no sul da Amazônia.
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Tese T 574.526323 B646 (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível INPA.2015.9709

Tese (doutor) - INPA, 2015

Na bacia Amazônica existem muitos riachos, localmente denominados de igarapés, inseridos em paisagens heterogêneas, considerando as variações naturais das condições geomorfológicas, os períodos hidrológicos e a degradação promovida pelo desmatamento, principalmente na borda sul da bacia. Logo, o objetivo do presente estudo foi avaliar os impactos de alterações na cobertura florestal ripária sobre a estrutura do ecossistema em igarapés de cabeceira no baixo rio Teles Pires, norte de Mato Grosso. Foram selecionados dez locais na bacia do Rio Teles Pires, afluente do rio Tapajós, e em cada um deles foram selecionados dois igarapés de cabeceira (primeira ou segunda ordens), um igarapé localizado em área com a floresta ripária conservada (igarapé íntegro) e outro igarapé com a zona ripária antropizada, com alterações da cobertura florestal ripária (igarapé alterado). Foi considerada como alteração na zona ripária dos igarapés a remoção parcial ou total da floresta. Foram avaliadas variáveis indicadoras da integridade do habitat (proporção de floresta em zonas tampão, índice de integridade do habitat), variáveis hidromorfológicas dos igarapés, variáveis físico-químicas da água, e a produção primária autóctone (algas e herbáceas aquáticas) nos períodos hidrológicos de seca, início do período chuvoso e final do período chuvoso. Foi registrada a variação entre os períodos hidrológicos e a heterogeneidade espacial na estrutura dos igarapés de cabeceira íntegros. As alterações na cobertura florestal ripária afetaram a variabilidade na estrutura do habitat dos igarapés entre os períodos hidrológicos, tornando-os mais homogêneos, e contribuindo para uma menor disponibilidade de material orgânico no substrato bentônico. Além disso, a ausência de cobertura florestal na zona ripária contribuiu para o aumento da produção primária autóctone nos igarapés de cabeceira no sul da Amazônia, embora algas e herbáceas aquáticas tenham respondido de forma diferenciada aos períodos de seca e chuvoso. A partir da comparação entre igarapés íntegros e alterados foi possível estabelecer indicadores de alterações nos igarapés de cabeceira, os quais podem ser utilizados na avaliação de impactos ambientais nestes ambientes, assim como no monitoramento e em ações de reabilitação de igarapés degradados no sul da Amazônia.

Área de concentração: Ecologia.

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