Ecofisiologia de duas espécies arbóreas da várzea e da terra firme da Amazônia Central / Maristela Lima de Farias.

Por: Farias, Maristela Lima deDetalhes da publicação: 2007Notas: XIII, 131 f. : il., colorAssunto(s): Ecofisiologia florestal -- Amazônia | Himatanthus sucuuba -- Amazônia | Calophyllum brasiliense -- Amazônia | Várzea -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 581.52642 Nota de dissertação: Dissertaç¦o (mestrado)--INPA/UFAM, Manaus, 2007. Sumário: Espécies arbóreas iguais habitando dois diferentes ambientes, várzea e terra firme, s¦o submetidas as condiçSes de variaç¦o hídrica, tanto o excesso extremo quanto a escassez, mostram períodos de maior e menor atividade metabólica. Nas várzeas da Amazônia, fatores fisiológicos ligados a tolerância diferencial de espécies "chave" relacionam-se a duraç¦o da inundaç¦o anual. Na terra firme (TF), estas s¦o reguladas pelos índices anuais de precipitaç¦o. Este trabalho visa determinar fatores fisiológicos que afetam o desenvolvimento de espécies dos dois ambientes. O estudo foi realizado na Ilha da Marchantaria (várzea) e Reserva Ducke (terra firme), Manaus-Amazônia Central-Brasil. Foram selecionadas duas espécies iguais de ocorrência na várzea e na terra firme: Calophyllum brasiliense e Himatanthus sucuuba (n=10). Foram analisados: medidas de crescimento (incremento médio basal), fenologia (vegetativa e reprodutiva), anatomia foliar e conteúdos de macro e micronutrientes de folhas maduras das duas espécies em estudo. 1- Na várzea, os maiores incrementos diamétricos ocorreram nos intervalos entre as fases de subida e descida das águas. Quanto a fenologia, estas sincronizam a produç¦o de folhas velhas e abscis¦o foliar nos altos níveis de inundaçSes produç¦o de folhas novas e maduras no final da fase aquática e principalmente na fase terrestre. Quanto a anatomia foliar, as duas espécies apresentaram espaços celulares e aeríferos em maior quantidade que na terra firme, a epiderme manteve a cutícula mesmo na fase aquática em C. brasiliense e o mesofilo com parênquima lacunoso multisseriado nas duas espécies, indicando mudanças estruturais para manter o equilíbrio no processo de condutância de C02 e estoque de metabólitos para a manutenç¦o da respiraç¦o aeróbica ou quando necessário o desvio para a via anaeróbica. Com relaçSes aos conteúdos de macro e micronutrientes foram encontrados os maiores níveis na fase seca favorável ao crescimento e a produç¦o de folhas maduras e exibiç¦o de estruturas anatômicas que indicam habilidades no trato com a fase inundada da várzea. 2- Na terra firme observou-se os maiores incrementos diamétricos, durante o período chuvoso e início do período seco, que com a entrada de água e luz no sistema aumenta a produç¦o de compostos orgânicos no processo fotossintético, induzindo a uma maior taxa de crescimento. Enquanto as fenofases vegetativa e reprodutiva mostraram relaç¦o evidente com a precipitaç¦o,com renovaç¦o foliar com produç¦o de folhas novas e maduras, durante ou após o periodo de floraç¦o e frutificaç¦o. Já na anatomia foliar observou-se que no período seco os espaços aeríferos e intercelulares que ocorreram no período chuvoso, tornaram-se nulos e as bicamadas ou tricamadas dos parênquimas paliçádicos e lacunoso foram reduzidos em 50%, evidenciando uma reduç¦o no metabolismo refletindo no crescimento, fenologia e nos níveis nutricionais das espécies arbóreas, quando foi verificado que os conteudos de macro e micronutrientes foram afetados pela reduç¦o do índice de precipitaç¦o regional. Esses parâmetros justificam a permanência de espécies chave, dentro do padr¦o sucessional do gradiente de inundaç¦o e quando as mesmas espécies s¦o comparadas em ambiente de terra firme, podem indicar quais as estratégias usadas pelas mesmas espécies arbóreas habitando diferentes ambientes com pressSes abióticas distintas. Estudos dessa natureza viabilizam projetos de manejo sustentável de espectro regional e global em áreas tropicais.
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Dissertaç¦o (mestrado)--INPA/UFAM, Manaus, 2007.

Espécies arbóreas iguais habitando dois diferentes ambientes, várzea e terra firme, s¦o submetidas as condiçSes de variaç¦o hídrica, tanto o excesso extremo quanto a escassez, mostram períodos de maior e menor atividade metabólica. Nas várzeas da Amazônia, fatores fisiológicos ligados a tolerância diferencial de espécies "chave" relacionam-se a duraç¦o da inundaç¦o anual. Na terra firme (TF), estas s¦o reguladas pelos índices anuais de precipitaç¦o. Este trabalho visa determinar fatores fisiológicos que afetam o desenvolvimento de espécies dos dois ambientes. O estudo foi realizado na Ilha da Marchantaria (várzea) e Reserva Ducke (terra firme), Manaus-Amazônia Central-Brasil. Foram selecionadas duas espécies iguais de ocorrência na várzea e na terra firme: Calophyllum brasiliense e Himatanthus sucuuba (n=10). Foram analisados: medidas de crescimento (incremento médio basal), fenologia (vegetativa e reprodutiva), anatomia foliar e conteúdos de macro e micronutrientes de folhas maduras das duas espécies em estudo. 1- Na várzea, os maiores incrementos diamétricos ocorreram nos intervalos entre as fases de subida e descida das águas. Quanto a fenologia, estas sincronizam a produç¦o de folhas velhas e abscis¦o foliar nos altos níveis de inundaçSes produç¦o de folhas novas e maduras no final da fase aquática e principalmente na fase terrestre. Quanto a anatomia foliar, as duas espécies apresentaram espaços celulares e aeríferos em maior quantidade que na terra firme, a epiderme manteve a cutícula mesmo na fase aquática em C. brasiliense e o mesofilo com parênquima lacunoso multisseriado nas duas espécies, indicando mudanças estruturais para manter o equilíbrio no processo de condutância de C02 e estoque de metabólitos para a manutenç¦o da respiraç¦o aeróbica ou quando necessário o desvio para a via anaeróbica. Com relaçSes aos conteúdos de macro e micronutrientes foram encontrados os maiores níveis na fase seca favorável ao crescimento e a produç¦o de folhas maduras e exibiç¦o de estruturas anatômicas que indicam habilidades no trato com a fase inundada da várzea. 2- Na terra firme observou-se os maiores incrementos diamétricos, durante o período chuvoso e início do período seco, que com a entrada de água e luz no sistema aumenta a produç¦o de compostos orgânicos no processo fotossintético, induzindo a uma maior taxa de crescimento. Enquanto as fenofases vegetativa e reprodutiva mostraram relaç¦o evidente com a precipitaç¦o,com renovaç¦o foliar com produç¦o de folhas novas e maduras, durante ou após o periodo de floraç¦o e frutificaç¦o. Já na anatomia foliar observou-se que no período seco os espaços aeríferos e intercelulares que ocorreram no período chuvoso, tornaram-se nulos e as bicamadas ou tricamadas dos parênquimas paliçádicos e lacunoso foram reduzidos em 50%, evidenciando uma reduç¦o no metabolismo refletindo no crescimento, fenologia e nos níveis nutricionais das espécies arbóreas, quando foi verificado que os conteudos de macro e micronutrientes foram afetados pela reduç¦o do índice de precipitaç¦o regional. Esses parâmetros justificam a permanência de espécies chave, dentro do padr¦o sucessional do gradiente de inundaç¦o e quando as mesmas espécies s¦o comparadas em ambiente de terra firme, podem indicar quais as estratégias usadas pelas mesmas espécies arbóreas habitando diferentes ambientes com pressSes abióticas distintas. Estudos dessa natureza viabilizam projetos de manejo sustentável de espectro regional e global em áreas tropicais.

Orientador: Piedade, Maria Teresa Fernandez.

¦rea de concentraç¦o: Botânica

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