Ecologia de subsistência de uma população cabocla na Amazônia brasileira / Maria Clara da Silva.

Por: Silva, Maria Clara daColaborador(es):Fearnside, Philip Martin [Orientador]Detalhes da publicação: [1991]Notas: 94 fAssunto(s): Ecologia humana -- Xingu, Rio, Vale | Economia de subsistênciaClassificação Decimal de Dewey: 304.2 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)--INPA/UFAM, Manaus, [1991]. Sumário: Alguns aspectos dia ecologia de subsistência foram estudados numa população cabocla situada na margem esquerda do rio Xingu, Altamira, Pará, no período de agosto de 1989 a outubro de 1990. A formação cultural, o histórico de migração e as atividades de subsistência antes e depois da década da 70, foram investigados através de entrevistas estruturadas. O padrão de alocação de tempo e a produtividade em relação ao tempo investido, foram estimados cronometrando o uso do tempo por homem adultos durante 24 horas e pesando a produção de alimentos resultante destas atividades. A influência da qualidade do solo e intervalo de pousio na produtividade agrícola foram investigados através de análise químicas de N, P, K, MaCa, C, MO e pH, medidas de produção (kg/m²) e entrevistas. A população cabocla do rio Xingu artes da década de 70 vivia de uma diversidade de atividades de subsistência, porém com predominância nas atividades extrativistas. A partir da década de 70, com a migração para a terra firme, a agricultura passou a ser a atividade principal de subsistência. Os caboclos homens investiram a maior parte do seu tempo com agricultura (3,04:h/dia), seguida por manufatura e coleta (2,78 h/dia), e depois a pesca com (1,28 h/dia). Eles alocaram em média 7,82 horas por dia em trabalhos de subsistência. Foi investido mais tempo na atividade de caça no verão e na de pesca no inverno, apesar da produtividade destas atividades ter sido menor nestas estações. A tomada de decisão de alocar tempo para caça e pesca refletiu o balanço entre disponibilidade sazonal, necessidades e preferência. Os caboclos apresentaram maior produtividade em relação ao tempo investido na agricultura, caça e pesca do que as cinco comunidades indígenas comparadas. A produtividade agrícola não apresentou correlação com os nutrientes do solo e nem com o intervalo de pousio. A população apresentou uma boa adaptabilidade ao seu ecossistema, produzindo 1,7 vezes mais proteína e 6,3 vezes menos calorias do que o necessário para se manter.
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Dissertação T 304.2 S586e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 91-0407
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Dissertação T 304.2 S586e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 98-0578

Dissertação (mestrado)--INPA/UFAM, Manaus, [1991].

Alguns aspectos dia ecologia de subsistência foram estudados numa população cabocla situada na margem esquerda do rio Xingu, Altamira, Pará, no período de agosto de 1989 a outubro de 1990. A formação cultural, o histórico de migração e as atividades de subsistência antes e depois da década da 70, foram investigados através de entrevistas estruturadas. O padrão de alocação de tempo e a produtividade em relação ao tempo investido, foram estimados cronometrando o uso do tempo por homem adultos durante 24 horas e pesando a produção de alimentos resultante destas atividades. A influência da qualidade do solo e intervalo de pousio na produtividade agrícola foram investigados através de análise químicas de N, P, K, MaCa, C, MO e pH, medidas de produção (kg/m²) e entrevistas. A população cabocla do rio Xingu artes da década de 70 vivia de uma diversidade de atividades de subsistência, porém com predominância nas atividades extrativistas. A partir da década de 70, com a migração para a terra firme, a agricultura passou a ser a atividade principal de subsistência. Os caboclos homens investiram a maior parte do seu tempo com agricultura (3,04:h/dia), seguida por manufatura e coleta (2,78 h/dia), e depois a pesca com (1,28 h/dia). Eles alocaram em média 7,82 horas por dia em trabalhos de subsistência. Foi investido mais tempo na atividade de caça no verão e na de pesca no inverno, apesar da produtividade destas atividades ter sido menor nestas estações. A tomada de decisão de alocar tempo para caça e pesca refletiu o balanço entre disponibilidade sazonal, necessidades e preferência. Os caboclos apresentaram maior produtividade em relação ao tempo investido na agricultura, caça e pesca do que as cinco comunidades indígenas comparadas. A produtividade agrícola não apresentou correlação com os nutrientes do solo e nem com o intervalo de pousio. A população apresentou uma boa adaptabilidade ao seu ecossistema, produzindo 1,7 vezes mais proteína e 6,3 vezes menos calorias do que o necessário para se manter.

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