Palinologia das plantas lenhosas da campina / Léa Maria Medeiros Carreira.

Por: Carreira, Léa Maria MedeirosColaborador(es):Prance, Ghillean T [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1975Notas: 71 f. : ilAssunto(s): Palinologia | Plantas lenhosas -- Manaus (AM)Classificação Decimal de Dewey: 581.463 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1975 Sumário: O presente trabalho trata da morfologia polínica de 33 espécies de plantas lenhosas da Campina da Reserva Biológica INPA-SUFRAMA, situada na Estrada Manaus-Caracaraí Km 62, Manaus - Amazonas. As espécies em estudo acham-se distribuídas em 20 famílias e 30 gêneros, das quais 94% foram coletadas no período de novembro de 1974 a julho de 1975. Os 6% restantes foram retirados do Herbário do INPA. As famílias mais representadas quanto ao número de espécies foram: Ribiaceae (Borreria capitata var. tenella (H.B.K.) Steyerm., Pagamea duckei Standl., Palicourea nitidella (M. Arg.) Standl., Palicourea sp. e Psychotria barbiflora DC.) , Leguminosae (Aldina heterophylla Spruce ex Benth., Macrolobium arenarium ducke e Swartzia dolicopoda Cowan), Apocynaceae (Mandevilla ulei K. Schum e Tabernaemontana rupicola Benth.) Compositae (Mikania roraimensis Robinson e Vernonia grisea Baker), Loranthaceae (Phthirusa micrantha Eiichl. e Phthirusa rufa (mart.) Eichl.), Melastomaceae (Mouriri nervosa Pilger e Sandemania hoehnei (Cogn.) Wudack), Myrtaceae (Eugenia patrisii Vahl e Eugenia sp.), Sapindaceae (Matayba opaca Radlk. e Talisia cesarina (Benth.) Radlk.), sapotaceae (Glycoxylon inophyllum (Mart. ex Miq.) Ducke e Manilkara surinamensis (Miq.) Dubard). Dentre as famílias acima citadas, consideramos Compositae, Loranthaceae, Melastomaceae e Myrtaceae estenopalinas e, Apocynaceae, Leguminosae, Ribiaceae, Sapindaceae e Sapotaceae euripalinas. As descrições polínicas foram baseadas em Erdtman (1069), levando-se em consideração as características gerais dos grãos de pólen, as quais consistem em tamanho, polaridade, simetria, forma, âmbito, número e tipo de abertura, estrutura da superfície, medidas dos grãos, relação P/E, sistema NPC e estratificação de exina. A nomeclatura utilizada nas descrições, foi baseada no glossário palinológico de Barth (1965). Os grãos de pólen mais primitivos quanto à abertura (Erdtman, 1952), pertencem às espécies Palicourea nitidella (M. Arg.) Standl., Palicourea sp. Psychotria barbiflora DC. por serem grãos atremados e, Annona nitida Mart. por tratarem-se de grãos reunidos em tétrades. Os grãos de pólen mais evoluídos pertencem às espécies Mikania roraimensis Robinson e Vernonia grisea Baker por possuirem a ornamentação de exina bastante complexa, característica esta de grande valor taxonômico (Stix, 1960). Dentre as espécies em estudo, 7% apresentaram-se dimórficas e essa diversidade de tipos polínicos encontrados em uma só espécie, é considerada por Erdtman (1969) como resultado de dibridização. A espécie que apresentou maior índice de hibridização foi a Hirtella racemosa Lam. var. racemosa com 42% de grãos 3-colporados e 58% de grãos 4-colporados e a espécie Eugenia sp. apresentou o menor índice, ou seja, 97% de grãos 3-colporados e 3% 4-colporados. A fim de facilitar a identificação das espécies por meio da morfologia polínica, elaboramos uma chave baseada no número e tipo de abertura dos grãos de pólen e, com as demais características, preenchemos cartões perfurados para uso em computador. As informações palinológicas obtidas neste trabalho, visam a auxiliar estudos posteriores relacionados a outras ciências e ainda às que estão ligadas à Palinologia, tais como: a Aeropalinologia, Palinologia Ecológica e Paleopalinologia. Os resultados destes estudos contribuirão para a solução do discutido problema que envolve a origem da vegetação de Campina.
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Dissertação T 581.463 C314p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1080

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1975

O presente trabalho trata da morfologia polínica de 33 espécies de plantas lenhosas da Campina da Reserva Biológica INPA-SUFRAMA, situada na Estrada Manaus-Caracaraí Km 62, Manaus - Amazonas. As espécies em estudo acham-se distribuídas em 20 famílias e 30 gêneros, das quais 94% foram coletadas no período de novembro de 1974 a julho de 1975. Os 6% restantes foram retirados do Herbário do INPA. As famílias mais representadas quanto ao número de espécies foram: Ribiaceae (Borreria capitata var. tenella (H.B.K.) Steyerm., Pagamea duckei Standl., Palicourea nitidella (M. Arg.) Standl., Palicourea sp. e Psychotria barbiflora DC.) , Leguminosae (Aldina heterophylla Spruce ex Benth., Macrolobium arenarium ducke e Swartzia dolicopoda Cowan), Apocynaceae (Mandevilla ulei K. Schum e Tabernaemontana rupicola Benth.) Compositae (Mikania roraimensis Robinson e Vernonia grisea Baker), Loranthaceae (Phthirusa micrantha Eiichl. e Phthirusa rufa (mart.) Eichl.), Melastomaceae (Mouriri nervosa Pilger e Sandemania hoehnei (Cogn.) Wudack), Myrtaceae (Eugenia patrisii Vahl e Eugenia sp.), Sapindaceae (Matayba opaca Radlk. e Talisia cesarina (Benth.) Radlk.), sapotaceae (Glycoxylon inophyllum (Mart. ex Miq.) Ducke e Manilkara surinamensis (Miq.) Dubard). Dentre as famílias acima citadas, consideramos Compositae, Loranthaceae, Melastomaceae e Myrtaceae estenopalinas e, Apocynaceae, Leguminosae, Ribiaceae, Sapindaceae e Sapotaceae euripalinas. As descrições polínicas foram baseadas em Erdtman (1069), levando-se em consideração as características gerais dos grãos de pólen, as quais consistem em tamanho, polaridade, simetria, forma, âmbito, número e tipo de abertura, estrutura da superfície, medidas dos grãos, relação P/E, sistema NPC e estratificação de exina. A nomeclatura utilizada nas descrições, foi baseada no glossário palinológico de Barth (1965). Os grãos de pólen mais primitivos quanto à abertura (Erdtman, 1952), pertencem às espécies Palicourea nitidella (M. Arg.) Standl., Palicourea sp. Psychotria barbiflora DC. por serem grãos atremados e, Annona nitida Mart. por tratarem-se de grãos reunidos em tétrades. Os grãos de pólen mais evoluídos pertencem às espécies Mikania roraimensis Robinson e Vernonia grisea Baker por possuirem a ornamentação de exina bastante complexa, característica esta de grande valor taxonômico (Stix, 1960). Dentre as espécies em estudo, 7% apresentaram-se dimórficas e essa diversidade de tipos polínicos encontrados em uma só espécie, é considerada por Erdtman (1969) como resultado de dibridização. A espécie que apresentou maior índice de hibridização foi a Hirtella racemosa Lam. var. racemosa com 42% de grãos 3-colporados e 58% de grãos 4-colporados e a espécie Eugenia sp. apresentou o menor índice, ou seja, 97% de grãos 3-colporados e 3% 4-colporados. A fim de facilitar a identificação das espécies por meio da morfologia polínica, elaboramos uma chave baseada no número e tipo de abertura dos grãos de pólen e, com as demais características, preenchemos cartões perfurados para uso em computador. As informações palinológicas obtidas neste trabalho, visam a auxiliar estudos posteriores relacionados a outras ciências e ainda às que estão ligadas à Palinologia, tais como: a Aeropalinologia, Palinologia Ecológica e Paleopalinologia. Os resultados destes estudos contribuirão para a solução do discutido problema que envolve a origem da vegetação de Campina.

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