Exploração de recursos tróficos por Melipona (Michmelia) seminigra merrillae Cockerell, 1919 e Melipona (Melikerria) interrupta Latreille, 1811 (Apidae: Meliponini) criadas em meliponários na Amazônia Central Marcos Gonçalves Ferreira.

Por: Ferreira, Marcos GonçalvesColaborador(es):Absy, Maria Lúcia [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2014Notas: xix, 144 f.: il. colorAssunto(s): Meliponini | Pólen | MeliponiculturaClassificação Decimal de Dewey: 595.799 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014 Sumário: Foram identificados os recursos tróficos explorados por Melipona (Michmelia) seminigra merrillae Cockerell, 1919 e Melipona (Melikerria) interrupta Latreille, 1811 (Apidae: Meliponini) criadas em meliponários na Amazônia Central. As amostras foram coletadas em três locais distintos: meliponário da Aldenora Lima de Queiroz, localizado em área de várzea em Manaus; meliponário da Maria do Socorro B. Antella, em terra-firme, localizado na AM-010, Km 37 em Manaus e meliponário da Ana Margareth Pereira, localizado no sítio Santana as margens do Rio Solimões em Manacapuru-AM. Em área de várzea em Manaus, foram obtidas amostras de cargas polínicas e méis de operárias de M. seminigra merrillae e M. interrupta durante o período de novembro/11 a outubro/12. Foram registrados 103 tipos polínicos distribuídos em 36 famílias botânicas. Dentre tais tipos, 33 foram verificados exclusivamente nas amostras de pólen corbicular, 36 tipos nas amostras de méis e 34 tipos comuns em ambos os produtos. As famílias mais importantes nesse estudo em área de várzea foram: Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae e Solanaceae. Os altos valores para os índices de sobreposição, em função das grandes proporções destacadas por grafos de interações, indicam uma preferência em comum por grupo de recursos considerados “chaves” para a manutenção das colônias. Em contrapartida, em área de terra firme, para fins de comparação, foram coletadas amostras de cargas polínicas e méis de operárias de M. interrupta, durante o período de janeiro/12 a dezembro/12. Foram identificados no total, 28 tipos polínicos, distribuídos em 16 famílias botânicas, sendo apenas oito tipos exclusivos nas amostras corbiculares, 12 nas amostras de méis e oito tipos comuns em ambos os materiais. As principais famílias botânicas registradas nesse estudo foram: Arecaceae, Fabaceae/Mimosoideae, Melastomataceae e Solanaceae. Os baixos índices de diversidade de tipos polínicos mostram uma deficiência quanto à disponibilidade e densidade de recursos em ambiente de terra-firme, quando comparado com o ambiente de várzea para a mesma abelha. Em estudo realizado em outra área de várzea às margens do Rio Solimões, em Manacapuru- AM, foi aplicado um protocolo adaptado para coleta e processamento de amostras de resíduo pós emergência de M. interrupta. Foram estudadas dez amostras e determinados 32 tipos polínicos, distribuídos em 19 famílias botânicas, sendo as famílias Fabaceae/Mimosoideae e Melastomataceae as mais representativas. Além da viabilidade desse estudo em amostras de resíduo pós-emergência, foi possível observar, também, que grãos de pólen de Mimosa pudica ainda apresentavam conteúdo interno, o que sugere que devido ao seu tamanho (muito pequeno) podem não ter sido consumidos pelas larvas, apesar de serem intensamente explorados pelas operárias. A partir desses resultados, consideramos que a pastagem meliponícola em ambiente de várzea, apresenta melhores condições tróficas para a manutenção e criação dessas abelhas.
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Tese T 595.799 F383e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 14-0800

Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014

Foram identificados os recursos tróficos explorados por Melipona (Michmelia) seminigra merrillae Cockerell, 1919 e Melipona (Melikerria) interrupta Latreille, 1811 (Apidae: Meliponini) criadas em meliponários na Amazônia Central. As amostras foram coletadas em três locais distintos: meliponário da Aldenora Lima de Queiroz, localizado em área de várzea em Manaus; meliponário da Maria do Socorro B. Antella, em terra-firme, localizado na AM-010, Km 37 em Manaus e meliponário da Ana Margareth Pereira, localizado no sítio Santana as margens do Rio Solimões em Manacapuru-AM. Em área de várzea em Manaus, foram obtidas amostras de cargas polínicas e méis de operárias de M. seminigra merrillae e M. interrupta durante o período de novembro/11 a outubro/12. Foram registrados 103 tipos polínicos distribuídos em 36 famílias botânicas. Dentre tais tipos, 33 foram verificados exclusivamente nas amostras de pólen corbicular, 36 tipos nas amostras de méis e 34 tipos comuns em ambos os produtos. As famílias mais importantes nesse estudo em área de várzea foram: Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae e Solanaceae. Os altos valores para os índices de sobreposição, em função das grandes proporções destacadas por grafos de interações, indicam uma preferência em comum por grupo de recursos considerados “chaves” para a manutenção das colônias. Em contrapartida, em área de terra firme, para fins de comparação, foram coletadas amostras de cargas polínicas e méis de operárias de M. interrupta, durante o período de janeiro/12 a dezembro/12. Foram identificados no total, 28 tipos polínicos, distribuídos em 16 famílias botânicas, sendo apenas oito tipos exclusivos nas amostras corbiculares, 12 nas amostras de méis e oito tipos comuns em ambos os materiais. As principais famílias botânicas registradas nesse estudo foram: Arecaceae, Fabaceae/Mimosoideae, Melastomataceae e Solanaceae. Os baixos índices de diversidade de tipos polínicos mostram uma deficiência quanto à disponibilidade e densidade de recursos em ambiente de terra-firme, quando comparado com o ambiente de várzea para a mesma abelha. Em estudo realizado em outra área de várzea às margens do Rio Solimões, em Manacapuru- AM, foi aplicado um protocolo adaptado para coleta e processamento de amostras de resíduo pós emergência de M. interrupta. Foram estudadas dez amostras e determinados 32 tipos polínicos, distribuídos em 19 famílias botânicas, sendo as famílias Fabaceae/Mimosoideae e Melastomataceae as mais representativas. Além da viabilidade desse estudo em amostras de resíduo pós-emergência, foi possível observar, também, que grãos de pólen de Mimosa pudica ainda apresentavam conteúdo interno, o que sugere que devido ao seu tamanho (muito pequeno) podem não ter sido consumidos pelas larvas, apesar de serem intensamente explorados pelas operárias. A partir desses resultados, consideramos que a pastagem meliponícola em ambiente de várzea, apresenta melhores condições tróficas para a manutenção e criação dessas abelhas.

Área de concentração: Entomologia.

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