Fluxos atmosféricos de superfície sobre uma área de ecótono na Ilha do Bananal / Leuda da Silva Oliveira.

Por: Oliveira, Leuda da SilvaColaborador(es):Rocha, Humberto Ribeiro da [Orientador]Detalhes da publicação: 2006Notas: 97 f. : ilAssunto(s): Balanço energético (Geofísica) | Carbono | Evapotranspiração | Circulação atmosféricaClassificação Decimal de Dewey: 551.517 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Universidade de São Paulo, 2006 Sumário: Neste trabalho são apresentadas as análises das circulações atmosféricas, e das variáveis climáticas e fluxos de energia e CO2 à superfície sobre uma torre micrometeorológica na Ilha do Bananal, TO, em vegetação de cerrado sobre área de várzea, durante Out/2003 a Fev/2006. O clima tem sazonalidade bem definida, com período chuvoso entre outubro e abril, e período seco entre maio e setembro. Houve menor incidência de radiação solar durante o período de inundação, o que mostrou o controle predominante da nebulosidade. Durante a inundação, o fluxo de calor latente à superfície (LE) é dominante no balanço de energia, devido à presença da superfície de água livre durante a enchente, e pela alta umidade do solo imediatamente após a cheia, o início da estação seca. Na inundação, as percentagens dos termos LE e H em relação ao saldo de radiação são de ~ 62% e 24%, enquanto no final da estação seca são de ~35% e 32%, respectivamente. A inundação aparentemente induz estresse por anóxia na vegetação, baseado na redução da produtividade, observando-se ainda a redução dos fluxos noturnos turbulentos de CO2, provavelmente pela redução da emissão para a atmosfera na forma de fluxos evasivos de CO2 da superfície aquática. O regime de ventos mostrou-se dominante de sul no período seco, e do quadrante nordeste-noroeste no período chuvoso. Observou-se todavia que em ambos os casos há um giro do vento em parte do período diurno, com componente de leste no período seco, e com componente de sul no período chuvoso, que provavelmente resultaram das circulações secundárias locais. As simulações numéricas com o modelo BRAMS indicam que os padrões de divergência podem alimentar os sistemas de precipitação na sua trajetória em direção à ilha, aumentando a precipitação antes de atingir a região. De certa forma, o sistema lacustre poderia induzir à redução da chuva no interior da ilha, até mesmo por uma pequena alteração de sua trajetória.
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Tese T 551.517 O48f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 06-0600

Tese (doutor) - Universidade de São Paulo, 2006

Neste trabalho são apresentadas as análises das circulações atmosféricas, e das variáveis climáticas e fluxos de energia e CO2 à superfície sobre uma torre micrometeorológica na Ilha do Bananal, TO, em vegetação de cerrado sobre área de várzea, durante Out/2003 a Fev/2006. O clima tem sazonalidade bem definida, com período chuvoso entre outubro e abril, e período seco entre maio e setembro. Houve menor incidência de radiação solar durante o período de inundação, o que mostrou o controle predominante da nebulosidade. Durante a inundação, o fluxo de calor latente à superfície (LE) é dominante no balanço de energia, devido à presença da superfície de água livre durante a enchente, e pela alta umidade do solo imediatamente após a cheia, o início da estação seca. Na inundação, as percentagens dos termos LE e H em relação ao saldo de radiação são de ~ 62% e 24%, enquanto no final da estação seca são de ~35% e 32%, respectivamente. A inundação aparentemente induz estresse por anóxia na vegetação, baseado na redução da produtividade, observando-se ainda a redução dos fluxos noturnos turbulentos de CO2, provavelmente pela redução da emissão para a atmosfera na forma de fluxos evasivos de CO2 da superfície aquática. O regime de ventos mostrou-se dominante de sul no período seco, e do quadrante nordeste-noroeste no período chuvoso. Observou-se todavia que em ambos os casos há um giro do vento em parte do período diurno, com componente de leste no período seco, e com componente de sul no período chuvoso, que provavelmente resultaram das circulações secundárias locais. As simulações numéricas com o modelo BRAMS indicam que os padrões de divergência podem alimentar os sistemas de precipitação na sua trajetória em direção à ilha, aumentando a precipitação antes de atingir a região. De certa forma, o sistema lacustre poderia induzir à redução da chuva no interior da ilha, até mesmo por uma pequena alteração de sua trajetória.

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