Estresse metabólico e dano celular em Colossoma macropomum e Hophosternum littorale expostos ao petróleo / Wallice Luiz Paxiúba Duncan.

Por: Duncan, Wallice Luiz PaxiúbaColaborador(es):Almeida e Val, Vera Maria Fonseca de [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1998Notas: 117 f. : ilAssunto(s): Água -- Poluição por petróleo | Peixes -- Intoxicação por petróleo | Tambaqui -- Fisiologia | Tamoatá -- FisiologiaClassificação Decimal de Dewey: 597.5 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1998 Sumário: O presente estudo teve como objetivos estimar os efeitos tóxicos da exposição ao petróleo em duas espécies de peixes dependentes da superfície aquática para respirar. Tanto Colossoma macropomum como Hoplosternum littorale foram submetidos a duas condições experimentais: tempo de exposição e volume de óleo derramado. Os níveis de estresse metabólico foram analisados pelo estudo da dinâmica na mobilização de carboidratos (glicose e glicogênio), do perfil enzimático, do consumo de oxigênio tecidual (VO2), dos níveis de peroxidação lipídica (estimado como TBARS) e perfil eletroforético como indicadores bioquímicos de estresse e dano celular. C. macropomum reagiu intensamente ao poluente, mobilizando as reservas de glicogênio, canalizando-as tanto para a rota anaeróbica quanto aeróbica. Isto pode ser considerado como o reflexo de um distúrbio generalizado no metabolismo energético. Este tipo de estresse pareceu menos evidente em H. Iittorale, espécie na qual os principais parâmetros bioquímicos não apresentaram mudanças, exceto pelo fato de que esses animais ao invés de utilizarem as reservas de glicogênio, aumentaram sua síntese. Tal resultado foi interpretado como uma tentativa de aumentar a dependência do animal no metabolismo de carboidratos, em uma etapa posterior à condição de estresse. Um fato interessante observado em ambas as espécies é que não há uma relação clara entre VO2 tecidual e as enzimas mitocondriais (Cyt Ox e CS) nos peixes expostos ao óleo. A explicação para este aparente paradoxo pode ser encontrada no provável aumento do consumo de O2 pelos peroxissomas (e ou microssomas), no intuito de oxidar compostos tóxicos do petróleo para diminuir sua toxicidade. De qualquer maneira, os danos celulares foram inevitáveis. As análises de produtos celulares oxidados (TBARS) e o perfil eletroforético plasmático são resultados contundentes dos efeitos expressivos da exposição crônica ao petróleo, caracterizados, em especial como ruptura celular.
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Dissertação T 597.5 D912e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 98-0639
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Dissertação T 597.5 D912e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 05-0187

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1998

O presente estudo teve como objetivos estimar os efeitos tóxicos da exposição ao petróleo em duas espécies de peixes dependentes da superfície aquática para respirar. Tanto Colossoma macropomum como Hoplosternum littorale foram submetidos a duas condições experimentais: tempo de exposição e volume de óleo derramado. Os níveis de estresse metabólico foram analisados pelo estudo da dinâmica na mobilização de carboidratos (glicose e glicogênio), do perfil enzimático, do consumo de oxigênio tecidual (VO2), dos níveis de peroxidação lipídica (estimado como TBARS) e perfil eletroforético como indicadores bioquímicos de estresse e dano celular. C. macropomum reagiu intensamente ao poluente, mobilizando as reservas de glicogênio, canalizando-as tanto para a rota anaeróbica quanto aeróbica. Isto pode ser considerado como o reflexo de um distúrbio generalizado no metabolismo energético. Este tipo de estresse pareceu menos evidente em H. Iittorale, espécie na qual os principais parâmetros bioquímicos não apresentaram mudanças, exceto pelo fato de que esses animais ao invés de utilizarem as reservas de glicogênio, aumentaram sua síntese. Tal resultado foi interpretado como uma tentativa de aumentar a dependência do animal no metabolismo de carboidratos, em uma etapa posterior à condição de estresse. Um fato interessante observado em ambas as espécies é que não há uma relação clara entre VO2 tecidual e as enzimas mitocondriais (Cyt Ox e CS) nos peixes expostos ao óleo. A explicação para este aparente paradoxo pode ser encontrada no provável aumento do consumo de O2 pelos peroxissomas (e ou microssomas), no intuito de oxidar compostos tóxicos do petróleo para diminuir sua toxicidade. De qualquer maneira, os danos celulares foram inevitáveis. As análises de produtos celulares oxidados (TBARS) e o perfil eletroforético plasmático são resultados contundentes dos efeitos expressivos da exposição crônica ao petróleo, caracterizados, em especial como ruptura celular.

Área de concentração: Ecologia.

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