Aspectos biológicos das Orchidaceae de uma campina da Amazônia Central : II - Fitogeografia das campinas da Amazônia brasileira / Pedro Ivo Soares Braga.
Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1982Notas: 345 f. : ilAssunto(s): Orquídeas -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 584.15 Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1982 Sumário: O presente estudo constitui a 2ª publicação da série sobre Aspectos biológicos das Orchidaceae de uma Campina da Amazônia central. Neste, além de se apresentar, na parte introdutória, uma revisão sobre a conceituação do ecossistema de Campina, analisa-se a fitogeografia das Orchidaceae das Campinas da Amazônia brasileira, com 64 gêneros, 155 espécies e 1 híbrido natural, ocorrentes neste ecossistema, totalizando 156 taxa. Destes, 2 espécies e 1 híbrido natural são novos para a ciência e 6 espécies foram coletadas pela 1ª vez no Brasil, ampliando-se assim, sua distribuição fitogeográfica. Algumas das espécies ocorrentes no Brasil tiveram sua distribuição fitogeográfica ampliada, bem como, taxa considerados raros foram recoletados. Para analisar a distribuição fitogeográfica das Orchidaceae na Amazônia brasileira, dividiu-se a região em Subprovíncias Fitogeográficas de acordo com a proposição de Prance (1977). Existe uma forte correlação entre as áreas geomorfológica, climatológica e áreas de "Refúgio Florestal" e as Orchidaceae da Campina. As Subprovíncias Fitogeográficas V e IVB em ordem de importância, constituem, sem dúvida, os maiores "Centros de diversidade específica" e "Centros de endemismo". Apenas 14 dos taxa que ocorrem neste ecossistema são endêmicos a este tipo vegetacional, o que se explica, em parte, pelo tipo de dispersão de sementes desta família que é do tipo anemocórico com dispersão à longa distância. Duas foram as rotas principais de migração das Orchidaceae que penetraram na Amazônia brasileira, oriundas do escudo das Guianas ou da América Central: uma atravessando a bacia amazônica e percorrendo o litoral e a outra via de migração através do Brasil central. As Subprovíncias IVB e V mostram o menor nível de similaridade, enquanto que as Subprovíncias II e IVB mostram o maior nível, indicando-se assim as possíveis áreas que, no passado, estiveram conectadas por vegetação semelhante à da Campina. O alto grau de afinidade florística entre as Orchidaceae do escudo das Guianas e das Campinas da Amazônia brasileira, reforça a idéia da derivação dos taxa deste ecossistema a partir do escudo e sugere uma conexão no passado por meio de vegetação semelhante à da Campina. As Vegetações de igapó e serrana baixa mostram muita importância no quadro passado e atual de distribuição das Orchidaceae de Campina da Amazônia brasileira, pois ambas, em termos de história geológica, constituem ecossistemas relativamente estáveis, tendo o primeiro tipo vegetacional maior importância como via de migração das Orchidaceae da Amazônia brasileira e o último, como o "Centro de Evolução e Dispersão" destas Orchidaceae. .Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1982
O presente estudo constitui a 2ª publicação da série sobre Aspectos biológicos das Orchidaceae de uma Campina da Amazônia central. Neste, além de se apresentar, na parte introdutória, uma revisão sobre a conceituação do ecossistema de Campina, analisa-se a fitogeografia das Orchidaceae das Campinas da Amazônia brasileira, com 64 gêneros, 155 espécies e 1 híbrido natural, ocorrentes neste ecossistema, totalizando 156 taxa. Destes, 2 espécies e 1 híbrido natural são novos para a ciência e 6 espécies foram coletadas pela 1ª vez no Brasil, ampliando-se assim, sua distribuição fitogeográfica. Algumas das espécies ocorrentes no Brasil tiveram sua distribuição fitogeográfica ampliada, bem como, taxa considerados raros foram recoletados. Para analisar a distribuição fitogeográfica das Orchidaceae na Amazônia brasileira, dividiu-se a região em Subprovíncias Fitogeográficas de acordo com a proposição de Prance (1977). Existe uma forte correlação entre as áreas geomorfológica, climatológica e áreas de "Refúgio Florestal" e as Orchidaceae da Campina. As Subprovíncias Fitogeográficas V e IVB em ordem de importância, constituem, sem dúvida, os maiores "Centros de diversidade específica" e "Centros de endemismo". Apenas 14 dos taxa que ocorrem neste ecossistema são endêmicos a este tipo vegetacional, o que se explica, em parte, pelo tipo de dispersão de sementes desta família que é do tipo anemocórico com dispersão à longa distância. Duas foram as rotas principais de migração das Orchidaceae que penetraram na Amazônia brasileira, oriundas do escudo das Guianas ou da América Central: uma atravessando a bacia amazônica e percorrendo o litoral e a outra via de migração através do Brasil central. As Subprovíncias IVB e V mostram o menor nível de similaridade, enquanto que as Subprovíncias II e IVB mostram o maior nível, indicando-se assim as possíveis áreas que, no passado, estiveram conectadas por vegetação semelhante à da Campina. O alto grau de afinidade florística entre as Orchidaceae do escudo das Guianas e das Campinas da Amazônia brasileira, reforça a idéia da derivação dos taxa deste ecossistema a partir do escudo e sugere uma conexão no passado por meio de vegetação semelhante à da Campina. As Vegetações de igapó e serrana baixa mostram muita importância no quadro passado e atual de distribuição das Orchidaceae de Campina da Amazônia brasileira, pois ambas, em termos de história geológica, constituem ecossistemas relativamente estáveis, tendo o primeiro tipo vegetacional maior importância como via de migração das Orchidaceae da Amazônia brasileira e o último, como o "Centro de Evolução e Dispersão" destas Orchidaceae. .
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