Produção e decomposição da liteira em floresta de terra firme da Amazônia Central : aspectos químicos e biológicos da lixiviação e remoção dos nutrientes da liteira / Flávio Jesus Luizão.

Por: Luizão, Flávio Jesus Flávio Jesus LuizãoColaborador(es):Schubart, Herbert O. R [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 1982Notas: 107 f. : ilAssunto(s): Liteira -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- INPA/UFAM, 1982 Sumário: Foi medida, durante um ano, a produção de liteira em três áreas distintas de floresta de terra firme da Amazônia Central, usando-se coletores cônicos adaptados ("litter trap technique). A maior produção de detritos vegetais ocorreu durante o período mais seco do ano, principalmente de junho a outubro. A floresta de platô teve uma maior produção (7,4t/ha/a) que a floresta de baixio (6,5t/ha/a), enquanto que capoeira teve uma produção (6,1t/ha/a) menor que as duas áreas de floresta original. As diferenças, no entanto, não são estatisticamente significativas a nível de 5%. Ao mesmo tempo e nas mesmas áreas, foram feitos estudos e decomposição das folhas da liteira, usando-se sacos de malha de náilon ("nylon mesh-bag technique"), com repetições do experimento, de 5 meses de duração, na estação seca e na chuvosa. Os resultados mostraram uma grande influência da estação sobre a velocidade de decomposição. Na estação chuvosa, a perda de peso e dos constituintes minerais das folhas é muito mais rápida, em especial nas primeira etapas do experimento, devido à intensa lixiviação e, principalmente, à grande atividade biológica sobre o material. Particularmente notável foi a ação da fauna do solo (dos cupins, em especial), bem como a penetração de raízes, que provocaram a remoção de grande parte da matéria orgânica e dos constituintes minerais, bem como o acúmulo de alguns outros destes constituintes no material (zinco, ferro e alumínio, principalmente). Durante a estação chuvosa, nas áreas de latossolo, os cupins foram responsáveis pela remoção de mais de 40% do material em decomposição. Os efeitos da lixiviação também foram bastante notáveis neste período do ano. Enquanto a atividade biológica aparece como o principal fator responsável pela perda de peso e da maioria dos constituintes minerais, bem como pelo acúmulo de alguns outros no material em decomposição, a lixiviação aparece como o maior fator responsável pela perda de apenas alguns componentes minerais mais solúveis, como o potássio, boro, cobre, fósforo e magnésio (principalmente os três primeiros). É na estação chuvosa que ocorre a parte principal do processo de decomposição da liteira, já que na estação seca ela é lenta e a produção é maior, provocando um acúmulo temporário sobre o solo da floresta. A floresta de baixio apresentou, em geral, uma taxa de decomposição bem mais baixa, por ter uma menor atividade geral da fauna do solo, especialmente dos cupins, e uma pequena penetração de raízes sobre o material. A capoeira apresentou algumas diferenças, pequenas mas sensíveis, no processo de decomposição e de liberação dos nutrientes, em relação à área de mata original, com uma perda mais rápida de peso e de alguns nutrientes essenciais, durante a estação chuvosa.
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Dissertação T 574.52642 L953p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0598
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Dissertação (mestre)- INPA/UFAM, 1982

Foi medida, durante um ano, a produção de liteira em três áreas distintas de floresta de terra firme da Amazônia Central, usando-se coletores cônicos adaptados ("litter trap technique). A maior produção de detritos vegetais ocorreu durante o período mais seco do ano, principalmente de junho a outubro. A floresta de platô teve uma maior produção (7,4t/ha/a) que a floresta de baixio (6,5t/ha/a), enquanto que capoeira teve uma produção (6,1t/ha/a) menor que as duas áreas de floresta original. As diferenças, no entanto, não são estatisticamente significativas a nível de 5%. Ao mesmo tempo e nas mesmas áreas, foram feitos estudos e decomposição das folhas da liteira, usando-se sacos de malha de náilon ("nylon mesh-bag technique"), com repetições do experimento, de 5 meses de duração, na estação seca e na chuvosa. Os resultados mostraram uma grande influência da estação sobre a velocidade de decomposição. Na estação chuvosa, a perda de peso e dos constituintes minerais das folhas é muito mais rápida, em especial nas primeira etapas do experimento, devido à intensa lixiviação e, principalmente, à grande atividade biológica sobre o material. Particularmente notável foi a ação da fauna do solo (dos cupins, em especial), bem como a penetração de raízes, que provocaram a remoção de grande parte da matéria orgânica e dos constituintes minerais, bem como o acúmulo de alguns outros destes constituintes no material (zinco, ferro e alumínio, principalmente). Durante a estação chuvosa, nas áreas de latossolo, os cupins foram responsáveis pela remoção de mais de 40% do material em decomposição. Os efeitos da lixiviação também foram bastante notáveis neste período do ano. Enquanto a atividade biológica aparece como o principal fator responsável pela perda de peso e da maioria dos constituintes minerais, bem como pelo acúmulo de alguns outros no material em decomposição, a lixiviação aparece como o maior fator responsável pela perda de apenas alguns componentes minerais mais solúveis, como o potássio, boro, cobre, fósforo e magnésio (principalmente os três primeiros). É na estação chuvosa que ocorre a parte principal do processo de decomposição da liteira, já que na estação seca ela é lenta e a produção é maior, provocando um acúmulo temporário sobre o solo da floresta. A floresta de baixio apresentou, em geral, uma taxa de decomposição bem mais baixa, por ter uma menor atividade geral da fauna do solo, especialmente dos cupins, e uma pequena penetração de raízes sobre o material. A capoeira apresentou algumas diferenças, pequenas mas sensíveis, no processo de decomposição e de liberação dos nutrientes, em relação à área de mata original, com uma perda mais rápida de peso e de alguns nutrientes essenciais, durante a estação chuvosa.

Área de concentração: Ecologia.

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