Green-up na Estação Seca da Amazônia Central : padrões sazonais da fenologia foliar de uma floresta de terra firme Julia Valentim Tavares.

Por: Tavares, Julia ValentimColaborador(es): Nelson, Bruce Walker | Valeriano, Dalton de MorrisonDetalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2013Notas: vii, 43 f. : ilAssunto(s): Ecologia | Flush foliar | FenologiaClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2013 Sumário: A fenologia foliar de florestas tropicais é um potencial indicador dos efeitos das mudanças climáticas, especialmente frente à tendência ao aquecimento global. Artigos recentes sobre a resposta e a vulnerabilidade dessas florestas a eventos normais e extremos de secas - utilizando índices de vegetação obtidos a partir do sensor orbital MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectro-Radiometer) - ilustram respostas complexas e contraditórias No presente estudo, em uma floresta primária de terra firme na Amazônia Central, foram acompanhadas as variações mensais na fenologia foliar de 63 copas por 29 meses (setembro de 2010 a janeiro de 2013). Para tanto, foi utilizada a câmera Stardot modelo XL com 1024 x 768 pixel com três bandas na faixa do visível, montada em uma torre, 15-20m acima do dossel. Nove categorias de alterações na cor ou na quantidade folha foram reconhecidas. Foram contabilizadas as alterações ocorridas no intervalo de um mês. Cinquenta e nove copas (94%) apresentaram mudanças mensais maciças (alteração em 50% da copa) ao menos uma vez durante o período de estudo. Ao todo foram 194 eventos de alteração mensal nos feno-estados de copas. Estes agrupadas em dois grandes grupos "Flush foliar" e "Queda de folhas". As árvores apresentam estratégia de flushing de folhas novas em toda a estação seca (junho a outubro), com maior concentração em sua primeira. Houve correlação positiva entre o flush foliar e a radiação fotossinteticamente ativa (PAR), e correlação negativa com a precipitação pluviométrica e umidade do solo. Tais resultados sugerem que florestas de terra firme da Amazônia Central possam estar adaptadas para passar por um período de estação seca, ao lançarem folhas novas no início da estação seca e assim, aperfeiçoarem a captação de radiação durante este período, em que mais PAR está disponível. Vinte e uma árvores (33%) perderam toda ou a maior parte das suas folhas, pelo menos uma vez. Dessas, 16 (25%) apresentaram perda de folhas brevi-decíduas, caracterizando um processo pré-flushing. Sendo assim, para a maioria das árvores, os processos de perda de folhas e o subsequente flush foliar foram concluídos até o final da estação seca. Dessa maneira, o dossel da floresta, como um todo, deve ter as folhas mais verdes e com menos organismos epifilos nesta época do ano. Isto é consistente com observações de sensores orbitais do Índice de Vegetação Melhorado (EVI) atingindo um pico no final da estação seca na Amazônia Central.
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Dissertação (mestre) - INPA, 2013

A fenologia foliar de florestas tropicais é um potencial indicador dos efeitos das mudanças climáticas, especialmente frente à tendência ao aquecimento global. Artigos recentes sobre a resposta e a vulnerabilidade dessas florestas a eventos normais e extremos de secas - utilizando índices de vegetação obtidos a partir do sensor orbital MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectro-Radiometer) - ilustram respostas complexas e contraditórias No presente estudo, em uma floresta primária de terra firme na Amazônia Central, foram acompanhadas as variações mensais na fenologia foliar de 63 copas por 29 meses (setembro de 2010 a janeiro de 2013). Para tanto, foi utilizada a câmera Stardot modelo XL com 1024 x 768 pixel com três bandas na faixa do visível, montada em uma torre, 15-20m acima do dossel. Nove categorias de alterações na cor ou na quantidade folha foram reconhecidas. Foram contabilizadas as alterações ocorridas no intervalo de um mês. Cinquenta e nove copas (94%) apresentaram mudanças mensais maciças (alteração em 50% da copa) ao menos uma vez durante o período de estudo. Ao todo foram 194 eventos de alteração mensal nos feno-estados de copas. Estes agrupadas em dois grandes grupos "Flush foliar" e "Queda de folhas". As árvores apresentam estratégia de flushing de folhas novas em toda a estação seca (junho a outubro), com maior concentração em sua primeira. Houve correlação positiva entre o flush foliar e a radiação fotossinteticamente ativa (PAR), e correlação negativa com a precipitação pluviométrica e umidade do solo. Tais resultados sugerem que florestas de terra firme da Amazônia Central possam estar adaptadas para passar por um período de estação seca, ao lançarem folhas novas no início da estação seca e assim, aperfeiçoarem a captação de radiação durante este período, em que mais PAR está disponível. Vinte e uma árvores (33%) perderam toda ou a maior parte das suas folhas, pelo menos uma vez. Dessas, 16 (25%) apresentaram perda de folhas brevi-decíduas, caracterizando um processo pré-flushing. Sendo assim, para a maioria das árvores, os processos de perda de folhas e o subsequente flush foliar foram concluídos até o final da estação seca. Dessa maneira, o dossel da floresta, como um todo, deve ter as folhas mais verdes e com menos organismos epifilos nesta época do ano. Isto é consistente com observações de sensores orbitais do Índice de Vegetação Melhorado (EVI) atingindo um pico no final da estação seca na Amazônia Central.

Área de concentração : Ecologia.

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