Estrutura de comunidades de peixes de igarapés de terra firme na Amazônia Central : composição, distribuição e características tróficas / Maeda Batista dos Anjos.

Por: Anjos, Maeda Batista dosColaborador(es):Zuanon, Janse A. S [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2005Notas: vii, 68 f. : il., mapas colorAssunto(s): Ecologia de água doce | Peixes -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 597.09811 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005 Sumário: Variações nas características físicas de ambientes de riachos, incluindo estrutura do canal e diversidade de microhabitats, desempenham um papel importante na determinação da estrutura de comunidades de peixes. Entretanto, pouco se conhece sobre essas relações em riachos tropicais, e menos ainda em igarapés amazônicos. Neste sentido, foram estudados nove riachos localizados nas áreas das reservas do PDBFF (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais), na Amazônia Central, visando determinar como a distribuição, composição de espécies e características tróficas da ictiofauna variam entre igarapés de 1ª a 3ª ordens. Alem disso, buscou-se analisar se características físicas do hábitat e fatores abióticos estariam relacionadas a tais variações. Foram realizadas coletas em nove igarapés (três de cada ordem), em trechos de 100 metros em cada local, que resultaram no registro de 65 espécies de peixes. Análises multivariadas revelaram um padrão de adição de espécies no sentido cabeceira-foz. Entretanto, o acréscimo em abundância não foi proporcional ao aumento das dimensões do riacho, e a densidade e biomassa de peixes diminuíram nos igarapés maiores. A baixa produtividade primária em tais igarapés possivelmente explica a ausência de uma relação positiva entre biomassa e densidade de peixes e as dimensões do canal. Foi verificada também uma adição de categorias tróficas e de espécies por categoria com o aumento da ordem dos igarapés. Grande parte da ictiofauna foi sustentada, principalmente, por insetos terrestres e aquáticos, o que ratifica a importância da conservação de florestas ripárias para a manutenção da integridade das comunidades ictiofaunísticas de pequenos igarapés de terra firme. As variações na composição de espécies e nas características tróficas da ictiofauna foram relacionadas às características morfmométricas e hidráulicas do canal. Para avaliar a confiabilidade das informações geradas pelas coletas em campo, no presente estudo avaliou-se também um tamanho amostral mínimo capaz de gerar estimativas seguras de riqueza para pequenos igarapés de cabeceira dessa região. Comparando as capturas reais com estimativas de riqueza de espécies (geradas pelo método de Jackknife) e curvas de acumulação de espécies, verificou-se que trechos de 100 metros de extensão foram satisfatórios para mensurar a riqueza de espécies de peixes e poderiam ser utilizados como tamanho mínimo amostral em estudos de ecologia de peixes de igarapés de cabeceira na Amazônia Central. Entretanto, para fins de inventários ictiofaunísticos, o tamanho do trecho amostrado provavelmente deveria ser maior, o que ainda necessita ser testado.
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Dissertação T 597.09811 A599e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 05-0409
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Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005

Variações nas características físicas de ambientes de riachos, incluindo estrutura do canal e diversidade de microhabitats, desempenham um papel importante na determinação da estrutura de comunidades de peixes. Entretanto, pouco se conhece sobre essas relações em riachos tropicais, e menos ainda em igarapés amazônicos. Neste sentido, foram estudados nove riachos localizados nas áreas das reservas do PDBFF (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais), na Amazônia Central, visando determinar como a distribuição, composição de espécies e características tróficas da ictiofauna variam entre igarapés de 1ª a 3ª ordens. Alem disso, buscou-se analisar se características físicas do hábitat e fatores abióticos estariam relacionadas a tais variações. Foram realizadas coletas em nove igarapés (três de cada ordem), em trechos de 100 metros em cada local, que resultaram no registro de 65 espécies de peixes. Análises multivariadas revelaram um padrão de adição de espécies no sentido cabeceira-foz. Entretanto, o acréscimo em abundância não foi proporcional ao aumento das dimensões do riacho, e a densidade e biomassa de peixes diminuíram nos igarapés maiores. A baixa produtividade primária em tais igarapés possivelmente explica a ausência de uma relação positiva entre biomassa e densidade de peixes e as dimensões do canal. Foi verificada também uma adição de categorias tróficas e de espécies por categoria com o aumento da ordem dos igarapés. Grande parte da ictiofauna foi sustentada, principalmente, por insetos terrestres e aquáticos, o que ratifica a importância da conservação de florestas ripárias para a manutenção da integridade das comunidades ictiofaunísticas de pequenos igarapés de terra firme. As variações na composição de espécies e nas características tróficas da ictiofauna foram relacionadas às características morfmométricas e hidráulicas do canal. Para avaliar a confiabilidade das informações geradas pelas coletas em campo, no presente estudo avaliou-se também um tamanho amostral mínimo capaz de gerar estimativas seguras de riqueza para pequenos igarapés de cabeceira dessa região. Comparando as capturas reais com estimativas de riqueza de espécies (geradas pelo método de Jackknife) e curvas de acumulação de espécies, verificou-se que trechos de 100 metros de extensão foram satisfatórios para mensurar a riqueza de espécies de peixes e poderiam ser utilizados como tamanho mínimo amostral em estudos de ecologia de peixes de igarapés de cabeceira na Amazônia Central. Entretanto, para fins de inventários ictiofaunísticos, o tamanho do trecho amostrado provavelmente deveria ser maior, o que ainda necessita ser testado.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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