Ecologia e extrativismo de plantas utilizadas como fixadoras de corantes no artesanato Baniwa, alto rio Negro, Amazonas / Juliana Menegassi Leoni.

Por: Leoni, Juliana MenegassiColaborador(es):Costa, Flávia Regina Capellotto [Orientador] | Mesquita, Rita de Cássia Guimarães [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2005Notas: [12], 83 f. : ilAssunto(s): Índios Baniwa | Plantas -- Pigmentos | Miconia dispar | Miconia minutifloraClassificação Decimal de Dewey: 583.321 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005 Sumário: Neste trabalho descrevi modos de uso e a estrutura populacional das espécies Inga spp., Miconia dispar e Miconia minutiflora em cronosseqüências de capoeiras Baniwa. A estrecasca destas árvores é utilizada para dar brilho e fixar corantes naturais nos talos de Arumã (Ischnosiphon spp.) utilizados no artesanato Baniwa. Comparei padrões de demanda e disponibilidade do recurso entrecasca em comunidades Baniwa, grupo que está envolvido em projeto de comercialização de sua arte tradicional desde o ano de 1998. Assim, o objetivo maior desta pesquisa foi produzir informações sobre a sustentabilidade da exploração destas espécies fornecedoras de fixadores de tintas. Amostrei 38 transectos em capoeiras com idades que variaram entre 5 a 60 anos em 3 comunidades distribuídas ao longo da bacia do rio Içana, Território Indígena do Alto Rio Negro. Eu caracterizei a idade do local através de entrevistas com os Baniwa, a estrutura das populações das espécies ao longo dos transectos e quantifiquei a disponibilidade e o consumo atual de entrecasca pelos artesãos nas comunidades Baniwa estudadas. Também observei evidências de extração e manejo. As densidades de M. minutiflora, M. dispar e Inga spp. tenderam a declinar com o avanço da idade das capoeiras e populações mostraram diferenças em suas distribuições e estrutura nos diferentes sítios amostrados. O consumo atual de entrecasca nas 2 comunidades estudadas foi extremamente baixo quando comparado com os estoques disponíveis. A não ser que as taxas de exploração aumentem substancialmente, não existe a necessidade imediata de iniciar um programa de monitoramento para estas espécies. Entretanto, diferenças na distribuição das espécies de plantas fixadoras ao longo do território Baniwa e as diferentes densidades humanas e produtividade dos artesãos de cada comunidade determinam a necessidade de adequar eventuais medidas de manejo para as realidades encontradas em cada comunidade Baniwa.
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Dissertação T 583.321 L585e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 08-0128

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005

Neste trabalho descrevi modos de uso e a estrutura populacional das espécies Inga spp., Miconia dispar e Miconia minutiflora em cronosseqüências de capoeiras Baniwa. A estrecasca destas árvores é utilizada para dar brilho e fixar corantes naturais nos talos de Arumã (Ischnosiphon spp.) utilizados no artesanato Baniwa. Comparei padrões de demanda e disponibilidade do recurso entrecasca em comunidades Baniwa, grupo que está envolvido em projeto de comercialização de sua arte tradicional desde o ano de 1998. Assim, o objetivo maior desta pesquisa foi produzir informações sobre a sustentabilidade da exploração destas espécies fornecedoras de fixadores de tintas. Amostrei 38 transectos em capoeiras com idades que variaram entre 5 a 60 anos em 3 comunidades distribuídas ao longo da bacia do rio Içana, Território Indígena do Alto Rio Negro. Eu caracterizei a idade do local através de entrevistas com os Baniwa, a estrutura das populações das espécies ao longo dos transectos e quantifiquei a disponibilidade e o consumo atual de entrecasca pelos artesãos nas comunidades Baniwa estudadas. Também observei evidências de extração e manejo. As densidades de M. minutiflora, M. dispar e Inga spp. tenderam a declinar com o avanço da idade das capoeiras e populações mostraram diferenças em suas distribuições e estrutura nos diferentes sítios amostrados. O consumo atual de entrecasca nas 2 comunidades estudadas foi extremamente baixo quando comparado com os estoques disponíveis. A não ser que as taxas de exploração aumentem substancialmente, não existe a necessidade imediata de iniciar um programa de monitoramento para estas espécies. Entretanto, diferenças na distribuição das espécies de plantas fixadoras ao longo do território Baniwa e as diferentes densidades humanas e produtividade dos artesãos de cada comunidade determinam a necessidade de adequar eventuais medidas de manejo para as realidades encontradas em cada comunidade Baniwa.

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