Aspectos do desenvolvimento foliar, morfologia da flor, fruto, semente, plântula e germinação de Victoria amazonica (Poepp.) Sowerby (Nymphaeaceae) na Amazônia Central / Sonia Maciel da Rosa Osman.

Por: Rosa Osman, Sonia Maciel daColaborador(es):Piedade, Maria Teresa Fernandez [Orientadora] | Mendonça, Maria Silvia de [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2005Notas: xvii, 103 f. : il. colorAssunto(s): Victoria amazonica | Vitória régia -- MorfologiaClassificação Decimal de Dewey: 583.11104 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005 Sumário: As áreas alagáveis da Bacia Amazônica são ecossistemas específicos, com alta biodiversidade e grande número de endemismos. As Várzeas (200.000 Km2) apresentam águas brancas, solos férteis e maior riqueza de herbáceas aquáticas; os Igapós (100.000 Km2) possuem águas pretas ou claras, ácidas, solos pobres, e menor riqueza de herbáceas aquáticas. Objetivou-se caracterizar o desenvolvimento foliar e a germinação de Víctoría amazoníca, família Nymphaeaceae, uma das poucas plantas herbáceas ocorrendo nesses dois ambientes. Material foi coletado nos Municípios de Parintins e Manaus, sua fixação feita em FAA-50%, e prepararam-se lâminas para análises anatômicas e ilustrações. Descreveram-se morfologicamente folhas em diferentes estágios de desenvolvimento, e a germinação até a formação da plântula, morfologia da flor, fruto e semente. As ilustrações foram feitas por meio de fotografias digitais, fotomicrografias e desenhos ao microscópio esteroscópico com câmara clara. A germinação ocorre no escuro em condições hipóxicas; no desenvolvimento da plântula verifica-se somente um cotilédone acicular, mas na semente o curto embrião possui dois cotilédones; a primeira folha é deltóide-hastada; a semente permanece nos estágios iniciais da plântula, provendo-a com as reservas de amido do perisperma. A raiz primária é abortiva, ocorrendo formação de raízes adventícias que fixam a planta jovem ao substrato. No desenvolvimento da folha verifica-se a formação de esclereides nas lacunas do aerênquima; há um parênquima paliçádico de células alongadas com espaços intercelulares; a epiderme superior é estomatífera e a inferior é revestida por tricomas tectores pluricelulares e espinhos. Na folha jovem o aerênquima restringe-se às nervuras. Na região distal do pedolo, além de parênquima, ocorrem inúmeras camadas de colênquima tangencial que permitem a oscilação do limbo da folha orbicular no meio aquático. As flores são isoladas e axilares, pedúnculo longo de três a oito metros, coloração branco-creme logo após a antese, depois da polinização adquire cor roxa; acíclica ou espiralada, assimétrica, monoclina, diclamídea, heteroclamídea. O cálice é tetrafilo, marron-escura com bordas esverdeadas, sendo três delas sépalas petalóides; a nervação das sépalas é paralela, dialissépalas, recobertas por espinhos para proteção. A corola é dialipétala. O gineceu é sincárpico, multilocular, multicarpelar, ovário ínfero, recoberto por espinhos, com óvulos anátropos e parietais, estilete inexistente, estigma oval pontiagudo, resistente, localizado no centro da cavidade que está acima do ovário; há apêndices carpelares acima do ovário que servem de alimento para os besouros polinizadores. O androceu é polistêmone, gamostêmone, com anteras laminares, elípticas, com deiscência longitudinal. O fruto é globoso, multicarpelar, simples, carnoso, indeiscente, proveniente de ovário ínfero, do tipo hesperídeo, variação de baga, pluricarpelar, plurilocular, plurispérmico. As sementes são globosas, com testa de cor castanha, possuem arilo mucilaginoso, que facilita a flutuação dessas na água. O embrião ocupa posição apical, no pólo micropilar, é curto, possui dois cotilédones, sendo um mais desenvolvido que o outro. As sementes possuem tecidos de reserva, um endosperma amiláceo, em pequena quantidade que envolve o embrião, e um perisperma farináceo em grande quantidade ao centro da porção globosa da semente, com reserva amilácea.
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Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005

As áreas alagáveis da Bacia Amazônica são ecossistemas específicos, com alta biodiversidade e grande número de endemismos. As Várzeas (200.000 Km2) apresentam águas brancas, solos férteis e maior riqueza de herbáceas aquáticas; os Igapós (100.000 Km2) possuem águas pretas ou claras, ácidas, solos pobres, e menor riqueza de herbáceas aquáticas. Objetivou-se caracterizar o desenvolvimento foliar e a germinação de Víctoría amazoníca, família Nymphaeaceae, uma das poucas plantas herbáceas ocorrendo nesses dois ambientes. Material foi coletado nos Municípios de Parintins e Manaus, sua fixação feita em FAA-50%, e prepararam-se lâminas para análises anatômicas e ilustrações. Descreveram-se morfologicamente folhas em diferentes estágios de desenvolvimento, e a germinação até a formação da plântula, morfologia da flor, fruto e semente. As ilustrações foram feitas por meio de fotografias digitais, fotomicrografias e desenhos ao microscópio esteroscópico com câmara clara. A germinação ocorre no escuro em condições hipóxicas; no desenvolvimento da plântula verifica-se somente um cotilédone acicular, mas na semente o curto embrião possui dois cotilédones; a primeira folha é deltóide-hastada; a semente permanece nos estágios iniciais da plântula, provendo-a com as reservas de amido do perisperma. A raiz primária é abortiva, ocorrendo formação de raízes adventícias que fixam a planta jovem ao substrato. No desenvolvimento da folha verifica-se a formação de esclereides nas lacunas do aerênquima; há um parênquima paliçádico de células alongadas com espaços intercelulares; a epiderme superior é estomatífera e a inferior é revestida por tricomas tectores pluricelulares e espinhos. Na folha jovem o aerênquima restringe-se às nervuras. Na região distal do pedolo, além de parênquima, ocorrem inúmeras camadas de colênquima tangencial que permitem a oscilação do limbo da folha orbicular no meio aquático. As flores são isoladas e axilares, pedúnculo longo de três a oito metros, coloração branco-creme logo após a antese, depois da polinização adquire cor roxa; acíclica ou espiralada, assimétrica, monoclina, diclamídea, heteroclamídea. O cálice é tetrafilo, marron-escura com bordas esverdeadas, sendo três delas sépalas petalóides; a nervação das sépalas é paralela, dialissépalas, recobertas por espinhos para proteção. A corola é dialipétala. O gineceu é sincárpico, multilocular, multicarpelar, ovário ínfero, recoberto por espinhos, com óvulos anátropos e parietais, estilete inexistente, estigma oval pontiagudo, resistente, localizado no centro da cavidade que está acima do ovário; há apêndices carpelares acima do ovário que servem de alimento para os besouros polinizadores. O androceu é polistêmone, gamostêmone, com anteras laminares, elípticas, com deiscência longitudinal. O fruto é globoso, multicarpelar, simples, carnoso, indeiscente, proveniente de ovário ínfero, do tipo hesperídeo, variação de baga, pluricarpelar, plurilocular, plurispérmico. As sementes são globosas, com testa de cor castanha, possuem arilo mucilaginoso, que facilita a flutuação dessas na água. O embrião ocupa posição apical, no pólo micropilar, é curto, possui dois cotilédones, sendo um mais desenvolvido que o outro. As sementes possuem tecidos de reserva, um endosperma amiláceo, em pequena quantidade que envolve o embrião, e um perisperma farináceo em grande quantidade ao centro da porção globosa da semente, com reserva amilácea.

Área de concentração: Botânica.

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