Fenologia reprodutiva de espécies florestais nativas com potencial oleaginoso na Amazônia Central / Antonio Moçambite Pinto.

Por: Pinto, Antonio MoçambiteColaborador(es):Morellato, L. Patrícia C [Orientadora]Detalhes da publicação: 2005Notas: vi, 96 fAssunto(s): Espécies florestais -- Reprodução -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 582.160416 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Estadual Paulista, 2005 Sumário: Esta pesquisa teve como objetivo gerar informações básicas sobre a silvicultura das espécies florestais para possibilitar a implementação de programas de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas na região amazônica. Trata-se de um estudo fenológico realizado pelo INPA, Manaus, Amazonas, especificamente pela Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, ao longo de 35 anos. Este estudo analisou duas áreas de floresta amazônica, a Reserva Florestal Ducke (RFD) e a Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST), no período de 1974 a 2000. O objetivo específico foi comparar os padrões fenológicos nas duas áreas experimentais, verificando sua regularidade e relação com fatores climáticos. As espécies selecionadas foram aquelas indicadas com potencial oleaginoso e ecológico, em avaliações preliminares e que estão sendo observadas para o estudo, a saber: Andiroba - Carapa guianensis Aubl.; Cumaru - Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.; Casca preciosa - Aniba canelilla (H.B.K.) Mez e Pau rosa - Aniba rosaeodora Ducke. Foram amostrados 21 indivíduos de A. rosaeodora Ducke na RFD e cinco na EEST, e cinco indivíduos das espécies restantes em cada uma das duas áreas de estudo. Observados mensalmente com auxílio de um binóculo para o registro das fenofases (botões florais, antese, frutos imaturos e maduros). Os padrões fenológicos reprodutivos foram descritos de acordo com sua freqüência, regularidade e duração. As relações entre os dados fenológicos com as variáveis climáticas foram feitas por meio da análise não paramétrica de correlação linear de Spearman, considerando os valores mensais das variáveis climáticas. Foi observado na EEST que a floração nas espécies estudadas tende a ocorrer no período de menor precipitação, com exceção da Carapa guianensis que tendeu a florescer na transição da estação seca para chuvosa. Na RFD, a floração nas quatro espécies foi irregular, pois, em Carapa guianensis e Dipteryx odorata tendeu a ocorrer no final do período de menor precipitação para a época de chuvas; na Aniba rosaeodora tendeu a ocorrer na época das chuvas e em Aniba canellla na época seca. Quanto à frutificação das quatro espécies, nas duas áreas de estudo, a tendência foi iniciar no final do período de pouca chuva para a época de maior precipitação, com exceção na Aniba rosaeodora que tendeu a frutificar na época de chuvas. Com relação à freqüência de ocorrência, para Dipteryx odorata, nas duas áreas observadas, esta foi anual para as fenofases floração e frutos imaturos, ao passo que para frutos maduros foi supra-anual, todas com padrão irregular. Para Carapa guianensis a freqüência foi anual nas fenofases botões florais, antese e frutos imaturos (EEST) e botões florais e antese (RFD), com padrão regular, ao passo que para frutos maduros (EEST e RFD) e frutos imaturos (RFD) a freqüência de ocorrência foi supra-anual com padrão irregular. Já para Aniba rosaeodora e A. canelilla a freqüência de ocorrência foi supra anual com padrão irregular para todas as fenofases nas duas áreas observadas. A duração foi igual (intermediária e prolongada) nas duas áreas para todas as espécies estudadas. Estudos fenológicos a longo prazo são importantes, tendo em vista ajudar entender os padrões fenológicos reprodutivos e oferta de recursos em florestas tropicais, na elaboração do planejamento racional e seu manejo.
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Dissertação (mestre) - Universidade Estadual Paulista, 2005

Esta pesquisa teve como objetivo gerar informações básicas sobre a silvicultura das espécies florestais para possibilitar a implementação de programas de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas na região amazônica. Trata-se de um estudo fenológico realizado pelo INPA, Manaus, Amazonas, especificamente pela Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, ao longo de 35 anos. Este estudo analisou duas áreas de floresta amazônica, a Reserva Florestal Ducke (RFD) e a Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST), no período de 1974 a 2000. O objetivo específico foi comparar os padrões fenológicos nas duas áreas experimentais, verificando sua regularidade e relação com fatores climáticos. As espécies selecionadas foram aquelas indicadas com potencial oleaginoso e ecológico, em avaliações preliminares e que estão sendo observadas para o estudo, a saber: Andiroba - Carapa guianensis Aubl.; Cumaru - Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.; Casca preciosa - Aniba canelilla (H.B.K.) Mez e Pau rosa - Aniba rosaeodora Ducke. Foram amostrados 21 indivíduos de A. rosaeodora Ducke na RFD e cinco na EEST, e cinco indivíduos das espécies restantes em cada uma das duas áreas de estudo. Observados mensalmente com auxílio de um binóculo para o registro das fenofases (botões florais, antese, frutos imaturos e maduros). Os padrões fenológicos reprodutivos foram descritos de acordo com sua freqüência, regularidade e duração. As relações entre os dados fenológicos com as variáveis climáticas foram feitas por meio da análise não paramétrica de correlação linear de Spearman, considerando os valores mensais das variáveis climáticas. Foi observado na EEST que a floração nas espécies estudadas tende a ocorrer no período de menor precipitação, com exceção da Carapa guianensis que tendeu a florescer na transição da estação seca para chuvosa. Na RFD, a floração nas quatro espécies foi irregular, pois, em Carapa guianensis e Dipteryx odorata tendeu a ocorrer no final do período de menor precipitação para a época de chuvas; na Aniba rosaeodora tendeu a ocorrer na época das chuvas e em Aniba canellla na época seca. Quanto à frutificação das quatro espécies, nas duas áreas de estudo, a tendência foi iniciar no final do período de pouca chuva para a época de maior precipitação, com exceção na Aniba rosaeodora que tendeu a frutificar na época de chuvas. Com relação à freqüência de ocorrência, para Dipteryx odorata, nas duas áreas observadas, esta foi anual para as fenofases floração e frutos imaturos, ao passo que para frutos maduros foi supra-anual, todas com padrão irregular. Para Carapa guianensis a freqüência foi anual nas fenofases botões florais, antese e frutos imaturos (EEST) e botões florais e antese (RFD), com padrão regular, ao passo que para frutos maduros (EEST e RFD) e frutos imaturos (RFD) a freqüência de ocorrência foi supra-anual com padrão irregular. Já para Aniba rosaeodora e A. canelilla a freqüência de ocorrência foi supra anual com padrão irregular para todas as fenofases nas duas áreas observadas. A duração foi igual (intermediária e prolongada) nas duas áreas para todas as espécies estudadas. Estudos fenológicos a longo prazo são importantes, tendo em vista ajudar entender os padrões fenológicos reprodutivos e oferta de recursos em florestas tropicais, na elaboração do planejamento racional e seu manejo.

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