Análise da cobertura florestal da bacia trinacional do rio Acre, na região de fronteira entre Bolívia, Brasil e Peru / Mónica Julissa de Los Rios Maldonado.

Por: Maldonado, Mónica Julissa de Los RiosColaborador(es):Brown, Irving Foster [Orientador]Detalhes da publicação: Rio Branco 2005Notas: 78 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Mata ciliar | Desmatamento | Imagens -- Análise | Sensoriamento remotoClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- Universidade Federal do Acre, 2005 Sumário: A Bacia Trinacional do Alto Rio Acre - Bolívia, Brasil e Peru, no centro da Amazônia Sul-ocidental, cobrindo 7590 km² é uma das poucas bacias trinacionais existentes na Amazônia. A gestão integrada da bacia depende, da compatibilidade e confiabilidade de informações desses três países. O método do PRODES (INPE), para análise do desflorestamento e as necessidades de adaptação do mesmo para geração de informações para a bacia, foi testado, utilizando a imagem Landsat TM+ 002/67 de 10/08/2002 e recortes da mesma cena para áreas menores. O grau de reprodutibilidade do PRODES encontrado foi de 4% em comparação com a análise feita no INPE para a cena inteira e 3,5% para os cortes menores. Para mapear áreas de interesse da bacia o PRODES teve algumas adaptações: 1) não aplicação da máscara da extensão do desflorestamento anterior; 2) resolução espacial 30m; 3) área mínima de 0,36 ha. O método modificado do PRODES aplicado à imagem Landsat 00267 gerou uma estimativa 14% menor que o método padrão. Na comparação com 125 km² da cena QuickBird de 21/06/2002 usada como verdade de campo, houve uma superestima a área de floresta de 16% e subestima a área desflorestada em 4%. A área desflorestada na região da fronteira trinacional da bacia, usando o método modificado, foi de 13% (1014 km²) em 2002. A distribuição da área da bacia por pais é 68%, 26% e 6% para Brasil, Bolívia e Peru respectivamente. As seis subbacias prioritárias, com 25% da área total da bacia, detêm 58% desse desflorestamento. Elas têm aproximadamente 1336 km de mata ciliar potencial na rede hidrográfica (a rede hidrográfica definida por uma área mínima de drenagem = 80 ha), dos quais 477 km já foram desflorestados. A relação entre quilômetros de mata ciliar desflorestada (477 km) e a extensão de desflorestamento nestas sub-bacias até 2002 (589 km²) é de 0,8 km/km². Nestas sub-bacias, declividades 3% com cobertura florestal foram consideradas com muito baixa susceptibilidade de erosão (254 km²) e areas de declividades 3% com a mesma cobertura com baixa susceptibilidade (1026 km²). Áreas desflorestadas com declividades abaixo de 3% foram consideradas com moderada susceptibilidade de erosão (126 km²) e acima desse valor foram consideradas com alta susceptibilidade (458 km²). O passivo ambiental só em relação de mata ciliar calculado para as sub-bacias localizadas em território brasileiro, segundo a legislação brasileira, varia de 2 milhões de reais a 88 milhões de reais. Neste sentido, há necessidade de que o Poder Público nos três países adotem um programa de recuperação de matas ciliares, que envolva e incorpore os setores produtivos através da educação ambiental para disseminar informação sobre os custos ambientais, econômicos e sociais associados. Este programa deve priorizar as sub-bacias do Igarapé Bahia e do Igarapé Barra, por serem as que têm maior área com alta suceptabilidade de erosão (96 km² e 197 km²) e de mata ciliar desflorestada (97 km e 137 km).
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Dissertação T 574.52642 M244a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 07-0064

Dissertação (mestre)- Universidade Federal do Acre, 2005

A Bacia Trinacional do Alto Rio Acre - Bolívia, Brasil e Peru, no centro da Amazônia Sul-ocidental, cobrindo 7590 km² é uma das poucas bacias trinacionais existentes na Amazônia. A gestão integrada da bacia depende, da compatibilidade e confiabilidade de informações desses três países. O método do PRODES (INPE), para análise do desflorestamento e as necessidades de adaptação do mesmo para geração de informações para a bacia, foi testado, utilizando a imagem Landsat TM+ 002/67 de 10/08/2002 e recortes da mesma cena para áreas menores. O grau de reprodutibilidade do PRODES encontrado foi de 4% em comparação com a análise feita no INPE para a cena inteira e 3,5% para os cortes menores. Para mapear áreas de interesse da bacia o PRODES teve algumas adaptações: 1) não aplicação da máscara da extensão do desflorestamento anterior; 2) resolução espacial 30m; 3) área mínima de 0,36 ha. O método modificado do PRODES aplicado à imagem Landsat 00267 gerou uma estimativa 14% menor que o método padrão. Na comparação com 125 km² da cena QuickBird de 21/06/2002 usada como verdade de campo, houve uma superestima a área de floresta de 16% e subestima a área desflorestada em 4%. A área desflorestada na região da fronteira trinacional da bacia, usando o método modificado, foi de 13% (1014 km²) em 2002. A distribuição da área da bacia por pais é 68%, 26% e 6% para Brasil, Bolívia e Peru respectivamente. As seis subbacias prioritárias, com 25% da área total da bacia, detêm 58% desse desflorestamento. Elas têm aproximadamente 1336 km de mata ciliar potencial na rede hidrográfica (a rede hidrográfica definida por uma área mínima de drenagem = 80 ha), dos quais 477 km já foram desflorestados. A relação entre quilômetros de mata ciliar desflorestada (477 km) e a extensão de desflorestamento nestas sub-bacias até 2002 (589 km²) é de 0,8 km/km². Nestas sub-bacias, declividades 3% com cobertura florestal foram consideradas com muito baixa susceptibilidade de erosão (254 km²) e areas de declividades 3% com a mesma cobertura com baixa susceptibilidade (1026 km²). Áreas desflorestadas com declividades abaixo de 3% foram consideradas com moderada susceptibilidade de erosão (126 km²) e acima desse valor foram consideradas com alta susceptibilidade (458 km²). O passivo ambiental só em relação de mata ciliar calculado para as sub-bacias localizadas em território brasileiro, segundo a legislação brasileira, varia de 2 milhões de reais a 88 milhões de reais. Neste sentido, há necessidade de que o Poder Público nos três países adotem um programa de recuperação de matas ciliares, que envolva e incorpore os setores produtivos através da educação ambiental para disseminar informação sobre os custos ambientais, econômicos e sociais associados. Este programa deve priorizar as sub-bacias do Igarapé Bahia e do Igarapé Barra, por serem as que têm maior área com alta suceptabilidade de erosão (96 km² e 197 km²) e de mata ciliar desflorestada (97 km e 137 km).

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