A água na visão de estudantes de escolas de ensino básico na bacia do igarapé do Quarenta, Manaus, AM / Elvira Teresa Gambino.

Por: Gambino, Elvira TeresaColaborador(es):Gasnier, Thierry Ray Jehlen [Orientador] | Weigel, Valéria A [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus 2005Notas: xiv, 117 f. : ilClassificação Decimal de Dewey: 363.7394 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)- Universidade Federal do Amazonas, 2005 Sumário: Os problemas sociais causados por cursos de água poluídos a céu aberto em cidades determinam a necessidade de estudos das visões que as pessoas têm de suas relações com a água e de sua utilização. Parte desta visão é influenciada pelo que é ensinado nas escolas de ensino fundamental e médio. Estudamos aspectos destas visões em estudantes de ensino fundamental e médio de escolas da rede pública localizadas na Bacia do Igarapé do Quarenta, em Manaus. Caracterizamos o perfil destes estudantes e os índices que refletem o grau de afinidade, preocupação e conhecimento sobre o tema água nestes estudantes, levantamos a existência de relações entre estes índices e aspectos individuais destes estudantes, como gênero, idade, série que está cursando, lugar de origem e uso de água em sua casa. Foram aplicados questionários com 564 estudantes em 19 salas de aula de 11 escolas. Verificamos que tanto o lugar de origem, como o gênero e a idade influem no relacionamento dos indivíduos com o elemento água, assim como no uso que fazem deste recurso. Como esperado, a afinidade por água (medida pela proporção dos estudantes que declararam saber pescar, nadar e/ou remar) foi maior nos estudantes nascidos no interior do Amazonas do que nos que nasceram em Manaus ou em outros locais. Entretanto, os estudantes nascidos em Manaus não apresentaram maior afinidade por água do que aqueles nascidos em outros estados. Ao contíâíio do esperado, a píOximidade dos maiores rios do mundo não determina uma maior afinidade pela água pelos manauaras. Mesmo entre os estudantes com maior afinidade por água, o conhecimento relativo aos cuidados com o consumo de água é bastante incompleto e evolui pouco do início do ensino fundamental ao final do ensino médio, em especial com relação às doenças de veiculação hídrica, algumas das quais endêmicas na Região Amazônica. Poucos estudantes são cientes do destino das águas servidas e são escassos também os que levantaram a possibilidade das indústrias localizadas no Distrito Industrial contribuírem com a poluição do igarapé localizado no seu bairro. A maioria desconhece a influência do tempo de decomposição do lixo na poluição do igarapé. Quanto às soluções possíveis para sanar as condições da água do igarapé, a maior parte dos estudantes demonstrou confiar mais em soluções privadas, baseadas na colaboração e na conscientização, do que nas governamentais. Poucos estudantes conhecem a situação do mundo com relação às quantidades disponíveis de água doce para uso humano, e os que economizam água o fazem, em geral, por razões financeiras. Com relação aos sonhos, os estudantes demonstraram grande propensão a utilizar uma hipotética área limpa e arborizada para atividades de lazer e a conservar e defender essa área. Concluímos que os saberes que -oB8studantes já têm e que condicionam as diferentes visões, se devidamente socializados com a colaboração do professor, poderiam contribuir para com a mudança da forma de pensar e de agir de toda a classe. Além disto, consideramos necessário um maior esforço de difusão dos conceitos científicos sobre o uso de água e uma conscientização da necessidade que o estudante tem como cidadão de conhecer a situação do uso deste recurso em sua cidade e de influir na sua melhor utilização.
Tags desta biblioteca: Sem tags desta biblioteca para este título. Faça o login para adicionar tags.
    Avaliação média: 0.0 (0 votos)

Dissertação (mestrado)- Universidade Federal do Amazonas, 2005

Os problemas sociais causados por cursos de água poluídos a céu aberto em cidades determinam a necessidade de estudos das visões que as pessoas têm de suas relações com a água e de sua utilização. Parte desta visão é influenciada pelo que é ensinado nas escolas de ensino fundamental e médio. Estudamos aspectos destas visões em estudantes de ensino fundamental e médio de escolas da rede pública localizadas na Bacia do Igarapé do Quarenta, em Manaus. Caracterizamos o perfil destes estudantes e os índices que refletem o grau de afinidade, preocupação e conhecimento sobre o tema água nestes estudantes, levantamos a existência de relações entre estes índices e aspectos individuais destes estudantes, como gênero, idade, série que está cursando, lugar de origem e uso de água em sua casa. Foram aplicados questionários com 564 estudantes em 19 salas de aula de 11 escolas. Verificamos que tanto o lugar de origem, como o gênero e a idade influem no relacionamento dos indivíduos com o elemento água, assim como no uso que fazem deste recurso. Como esperado, a afinidade por água (medida pela proporção dos estudantes que declararam saber pescar, nadar e/ou remar) foi maior nos estudantes nascidos no interior do Amazonas do que nos que nasceram em Manaus ou em outros locais. Entretanto, os estudantes nascidos em Manaus não apresentaram maior afinidade por água do que aqueles nascidos em outros estados. Ao contíâíio do esperado, a píOximidade dos maiores rios do mundo não determina uma maior afinidade pela água pelos manauaras. Mesmo entre os estudantes com maior afinidade por água, o conhecimento relativo aos cuidados com o consumo de água é bastante incompleto e evolui pouco do início do ensino fundamental ao final do ensino médio, em especial com relação às doenças de veiculação hídrica, algumas das quais endêmicas na Região Amazônica. Poucos estudantes são cientes do destino das águas servidas e são escassos também os que levantaram a possibilidade das indústrias localizadas no Distrito Industrial contribuírem com a poluição do igarapé localizado no seu bairro. A maioria desconhece a influência do tempo de decomposição do lixo na poluição do igarapé. Quanto às soluções possíveis para sanar as condições da água do igarapé, a maior parte dos estudantes demonstrou confiar mais em soluções privadas, baseadas na colaboração e na conscientização, do que nas governamentais. Poucos estudantes conhecem a situação do mundo com relação às quantidades disponíveis de água doce para uso humano, e os que economizam água o fazem, em geral, por razões financeiras. Com relação aos sonhos, os estudantes demonstraram grande propensão a utilizar uma hipotética área limpa e arborizada para atividades de lazer e a conservar e defender essa área. Concluímos que os saberes que -oB8studantes já têm e que condicionam as diferentes visões, se devidamente socializados com a colaboração do professor, poderiam contribuir para com a mudança da forma de pensar e de agir de toda a classe. Além disto, consideramos necessário um maior esforço de difusão dos conceitos científicos sobre o uso de água e uma conscientização da necessidade que o estudante tem como cidadão de conhecer a situação do uso deste recurso em sua cidade e de influir na sua melhor utilização.

Não há comentários sobre este título.

para postar um comentário.

Clique em uma imagem para visualizá-la no visualizador de imagem

Powered by Koha