Estudo da alimentação e composição corporal do Matrinxã, Brycon cephalus (Gunther, 1869) (Characiformes, Characidae) na Amazônia Central / Emer Gloria Pizango Paima.

Por: Pizango Paima, Emer GloriaColaborador(es):Pereira Filho, Manoel [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1997Notas: 71f. : ilAssunto(s): Matrinxã -- Alimentação e rações | Matrinxã -- Composição | Brycon cephalusClassificação Decimal de Dewey: 597.5041 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1997 Sumário: No presente trabalho foram estudados a composição corporal do Matrinxã Brycon cephalus, bem como a composição nutricional da sua dieta natural. Foram determinados a composição química-bromatológica (proteína bruta, lipídios, carboidratos e cinza) e o valor de energia bruta do conteúdo estomacal, do filé, fígado e de frutos e sementes que fazem parte da dieta natural do matrinxã, relacionando-se estes parâmetros às flutuações do nível da água. Foram realizadas coletas quinzenais nos postos de venda da feira da Panair, Manaus-AM, nos barcos pesqueiros que chegam ao porto de Manaus e em coletas durante os diferentes períodos hidrológicos, nos diversos ambientes do Rio Negro. Coletas foram feitas a cada dois meses no período de fev/95 a abr/96. A importância dos itens que integram a dieta da espécie foi analisada através do índice alimentar (IA), que conjuga os métodos de Freqüência de ocorrência e método dos Pontos. Os constituintes químicos do conteúdo alimentar, filé, fígado, frutos e sementes foram determinados através de métodos padrões, e o teor de energia bruta dos mesmos através de bomba calorimétrica. Os resultados evidenciaram que o matrinxã é uma espécie onívora, ingerindo sementes, frutos, flores, restos vegetais e insetos. Além destes itens, o matrinxã também ingere restos de peixes (escamas, vísceras), aracnídeos, anelídeos e plantas herbáceas da família Podostemaceae. Estômagos vazios foram freqüentes nos diferentes períodos hidrológicos. Os constituintes químicos e valor de energia bruta do filé e fígado dos peixes não foram diferentes (P0,05) entre os sexos. No entanto, estes variaram consideravelmente entre o período de águas baixas e período de águas altas. As análises bromatológicas e valor de energia bruta do conteúdo estomacal revela, na enchente, um baixo teor de proteína (8,9% na matéria seca, MS) e cinza (1,3% MS), alto valor de lipídios (70,2% MS) e energia (775,0 Kcal EB100g MS). Na seca, o teor de proteína (24,9 % MS) e cinza (6,3% MS) foram maiores, porém lipídios (13,2% MS) e energia (416,9 Kcal EB 10Og MS) foram mais baixos que na cheia. O levantamento bibliográfico revela que o B. cephalus utiliza aproximadamente 23 famílias e 61 espécies de frutos e sementes na sua alimentação. A análise bromatológica de frutos e sementes apresentaram diferenças entre eles. Foi verificado abundante depósito de gordura cavitária o ano todo diminuindo em janeiro, mês em que o matrinxã realiza a desova. Os índices hepatossomático (ÍHS) e gonadossomático (ÍGS) apresentaram variação oposta entre eles e têm relação direta com o processo de desenvolvimento gonadal do peixe.
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Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1997

No presente trabalho foram estudados a composição corporal do Matrinxã Brycon cephalus, bem como a composição nutricional da sua dieta natural. Foram determinados a composição química-bromatológica (proteína bruta, lipídios, carboidratos e cinza) e o valor de energia bruta do conteúdo estomacal, do filé, fígado e de frutos e sementes que fazem parte da dieta natural do matrinxã, relacionando-se estes parâmetros às flutuações do nível da água. Foram realizadas coletas quinzenais nos postos de venda da feira da Panair, Manaus-AM, nos barcos pesqueiros que chegam ao porto de Manaus e em coletas durante os diferentes períodos hidrológicos, nos diversos ambientes do Rio Negro. Coletas foram feitas a cada dois meses no período de fev/95 a abr/96. A importância dos itens que integram a dieta da espécie foi analisada através do índice alimentar (IA), que conjuga os métodos de Freqüência de ocorrência e método dos Pontos. Os constituintes químicos do conteúdo alimentar, filé, fígado, frutos e sementes foram determinados através de métodos padrões, e o teor de energia bruta dos mesmos através de bomba calorimétrica. Os resultados evidenciaram que o matrinxã é uma espécie onívora, ingerindo sementes, frutos, flores, restos vegetais e insetos. Além destes itens, o matrinxã também ingere restos de peixes (escamas, vísceras), aracnídeos, anelídeos e plantas herbáceas da família Podostemaceae. Estômagos vazios foram freqüentes nos diferentes períodos hidrológicos. Os constituintes químicos e valor de energia bruta do filé e fígado dos peixes não foram diferentes (P0,05) entre os sexos. No entanto, estes variaram consideravelmente entre o período de águas baixas e período de águas altas. As análises bromatológicas e valor de energia bruta do conteúdo estomacal revela, na enchente, um baixo teor de proteína (8,9% na matéria seca, MS) e cinza (1,3% MS), alto valor de lipídios (70,2% MS) e energia (775,0 Kcal EB100g MS). Na seca, o teor de proteína (24,9 % MS) e cinza (6,3% MS) foram maiores, porém lipídios (13,2% MS) e energia (416,9 Kcal EB 10Og MS) foram mais baixos que na cheia. O levantamento bibliográfico revela que o B. cephalus utiliza aproximadamente 23 famílias e 61 espécies de frutos e sementes na sua alimentação. A análise bromatológica de frutos e sementes apresentaram diferenças entre eles. Foi verificado abundante depósito de gordura cavitária o ano todo diminuindo em janeiro, mês em que o matrinxã realiza a desova. Os índices hepatossomático (ÍHS) e gonadossomático (ÍGS) apresentaram variação oposta entre eles e têm relação direta com o processo de desenvolvimento gonadal do peixe.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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