Variação florística e fisionômica da vegetação de transição campina, campinarana e floresta de terra firme na Amazônia Central, Manaus / Carlos Alberto Cid Ferreira.

Dissertação (mestre) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 1997

Realizou-se um levantamento fitossociológico em uma vegetação de transição de campina/campinarana/floresta de terra firme na Reserva Biológica de Campina do INPA-SUFRAMA, Manaus, Amazonas (2º35' de Latitude Sul, 60º02' de Latitude Oeste de Greenwich). O clima é classificado como Ami e as precipitações médias anuais estão em torno de 2800 mm. Foi instalado um transecto no sentido norte-sul no azimute 263º com dimensões de 300 x 50 m (15.000 m²), subdividido em 15 parcelas contíguas de 20 x 50 m. Em cada parcela foram medidas a altura e o diâmetro de todos os indivíduos vivos ou mortos ou ainda em pé, com diâmetro do caule à altura do peito igual ou maior a 5 cm. A campina, campinarana e a floresta de terra firme apresentaram 14, 30 e 43 famílias, 22, 110 e 217 espécies, 1.698, 1.774 e 2.130 ind/ha, 12,4, 21,2 e 27,7 m²/ha, 5,08 m, 9,39 m e 13,23 m de altura média, 8,06, 9,93 cm, 10,97 cm de diâmetro médio, e 1,79, 3,53 e 4,48 nats/ind. de diversidade, respectivamente. As espécies com maior índice do valor de importância foram: Pradosia schomburgkiana subsp. schomburgkiana, Aldina heterophylla e Swartzia recurva na campinam, Aldina heterophylla, Pradosia schomburgkiana subs. schomburgkiana e Miconia argyrophylla na campinarana, e Oenocarpus bacaba, Protium paniculatum var. nov., Protium opacum, Protium paniculatum e Protium hebetatum na floresta de terra firme. Da campina até a floresta de terra firme, o perfil topográfico variou aproximadamente 7 m. Na campina e campinarana os solos foram do tipo Podzol Hidromórfico, e na floresta de terra firme Latossolo Amarelo álico textura média. O lenlçol freático, durante o ano, ficou em média muito mais próximo da superfície na campina (1,82 m) que na campinarana (4,32 m), e na floresta de terra firme, onde não foi possível alcançá-lo.