Estudos sobre a s-MDH em 12 espécies de peixes da família Curimatidae da Bacia Amazônica : aspectos evolutivos e filogenéticos / Mércia Cristina de Magalhães Caraciolo.

Por: Caraciolo, Mércia Cristina de MagalhãesColaborador(es):Almeida e Val, Vera Maria Fonseca de [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1989Notas: 133 f. : ilAssunto(s): Peixes -- Amazonas, Rio, Bacia | Isoenzimas | Malato desidrogenaseClassificação Decimal de Dewey: 597.0929 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1989 Sumário: Foram realizados estudos funcionais e de estabilidade térmica da Malato Desidrogenase em 12 espécies pertencentes à família Curimatidae, distribuídas em 4 gêneros: Potamorhina, Curimata, Psectrogaster e Curimatella. Tais estudos visaram contribuir com mais informações sobre a heterogeneidade proteica em peixes pertencentes à bacia Amazônica, bem como com mais um dado para o conhecimento das relações filogenéticas dessa família. A MDH da família Curimatidae configura-se em duas formas, como descrito na literatura: malato desidrogenase solúvel (s-MDH) e mitocondrial (m-MDH). A s-MDH apresentou-se como um sistema altamente conservativo, nesta família, do ponto de vista eletroforético, sendo composta de três isozimas, A2, AB eB2, codificadas por dois locos gênicos. O padrão de divergência entre os locos duplicados revelou-se unidirecional, sendo a isozima A2 predominante em todos os tecidos (preferencialmente no fígado), com exceção do músculo, no qual a isozima B2 teve semelhante expressão, apresentando-se restrita ao mesmo. A m-MDH apresentou migração eletroferética mais lenta que a isozima A2 em 10 das 12 espécies estudadas, como ocorre na maioria dos teleósteos. Porém, nas espécies Potamorhina latior e Curimata vittata a migração foi semelhante à da isozima A2. Pode ser estabelecida uma homologia entre os locos ortólogos, uma vez que a isozima A2 demonstrou maior termoestabilidade que a B2, e padrões de expressão tissular semelhantes entre as espécies. Polimorfismo para o loco gênico s-Mdh-B foi observado em 50% das espécies estudadas, sendo o alelo variante denominado B(85) para as 6 espécies. Tal alelo encontra-se em diferentes frequências genotípicas em cada espécie; as quais estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Através de testes cinéticos de inativação térmica dos diferentes fenótipos observou-se que, para a maioria das espécies o alelo B(100), quando em homozigose, apresentou-se mais termoestável que o alelo B(85), quando em homozigose. Ainda, as características térmicas dos diferentes fenótipos não puderam ser associadas às freqüências de cada alelo nas diferentes espécies. A partir dos resultados obtidos sugeriu-se que os alelos encontrados para o loco s-Mdh-B da família Curimatidae tenham surgido de uma duplicação gênica ocorrida no ancestral da família e que o alelo B(85) esteja sendo "silenciado" durante o processo de evolução molecular dos curimatídeos. Finalmente, foi proposta uma filogenia para os gêneros estudados baseada na "presença/ausência" do alelo B(85). Tal filogenia encontra-se, de uma maneira geral, em concordância com a proposta apresentada por Vari (1989). Portanto, a enzima S-MDH se apresenta como mais um caráter sistemático que poderá contribuir com o estabelecimento do "status" taxonômico desta família.
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Dissertação T 597.0929 C257e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0044
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Dissertação T 597.0929 C257e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1661

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1989

Foram realizados estudos funcionais e de estabilidade térmica da Malato Desidrogenase em 12 espécies pertencentes à família Curimatidae, distribuídas em 4 gêneros: Potamorhina, Curimata, Psectrogaster e Curimatella. Tais estudos visaram contribuir com mais informações sobre a heterogeneidade proteica em peixes pertencentes à bacia Amazônica, bem como com mais um dado para o conhecimento das relações filogenéticas dessa família. A MDH da família Curimatidae configura-se em duas formas, como descrito na literatura: malato desidrogenase solúvel (s-MDH) e mitocondrial (m-MDH). A s-MDH apresentou-se como um sistema altamente conservativo, nesta família, do ponto de vista eletroforético, sendo composta de três isozimas, A2, AB eB2, codificadas por dois locos gênicos. O padrão de divergência entre os locos duplicados revelou-se unidirecional, sendo a isozima A2 predominante em todos os tecidos (preferencialmente no fígado), com exceção do músculo, no qual a isozima B2 teve semelhante expressão, apresentando-se restrita ao mesmo. A m-MDH apresentou migração eletroferética mais lenta que a isozima A2 em 10 das 12 espécies estudadas, como ocorre na maioria dos teleósteos. Porém, nas espécies Potamorhina latior e Curimata vittata a migração foi semelhante à da isozima A2. Pode ser estabelecida uma homologia entre os locos ortólogos, uma vez que a isozima A2 demonstrou maior termoestabilidade que a B2, e padrões de expressão tissular semelhantes entre as espécies. Polimorfismo para o loco gênico s-Mdh-B foi observado em 50% das espécies estudadas, sendo o alelo variante denominado B(85) para as 6 espécies. Tal alelo encontra-se em diferentes frequências genotípicas em cada espécie; as quais estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Através de testes cinéticos de inativação térmica dos diferentes fenótipos observou-se que, para a maioria das espécies o alelo B(100), quando em homozigose, apresentou-se mais termoestável que o alelo B(85), quando em homozigose. Ainda, as características térmicas dos diferentes fenótipos não puderam ser associadas às freqüências de cada alelo nas diferentes espécies. A partir dos resultados obtidos sugeriu-se que os alelos encontrados para o loco s-Mdh-B da família Curimatidae tenham surgido de uma duplicação gênica ocorrida no ancestral da família e que o alelo B(85) esteja sendo "silenciado" durante o processo de evolução molecular dos curimatídeos. Finalmente, foi proposta uma filogenia para os gêneros estudados baseada na "presença/ausência" do alelo B(85). Tal filogenia encontra-se, de uma maneira geral, em concordância com a proposta apresentada por Vari (1989). Portanto, a enzima S-MDH se apresenta como mais um caráter sistemático que poderá contribuir com o estabelecimento do "status" taxonômico desta família.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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