Aspectos bioecológicos de larvas de Simulium goeldii Cerqueira & Nunes de Mello, 1967, com referências a larvas de Simulium rorotaense Floch & Abonnenc, 1946 (Diptera : Simuliidae), na Reserva Florestal Ducke, Amazônia Central / Neusa Hamada.

Por: Hamada, NeusaColaborador(es):Nunes de Mello, José Alberto S [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1989Notas: 106 f. : ilAssunto(s): Simuliidae -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 595.77 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1989 Sumário: No estudo sobre bioecologia de larvas de simulídeos na Reserva Florestal Ducke, situada a 26 Km de Manaus (AM), foram registradas duas espécies: S. goeldii (75,4%) e S. rorotaense(24,6%). Embora não antropófilas, observações sobre essas espécies oferecem mais subsídios para o conhecimento dos simulídeos, uma família de importância médica e pouco estudada na região Amazônica. Foram realizadas excursões mensais (7/85 a 6/86), utilizando-se quatro igarapés para os pontos de amostragem. Nestes eram tomadas medidas de condutividade elétrica, pH, concentração do O2 dissolvido, substâncias húmicas e de alguns elementos (nitrito, nitrato, amônia, silicato, fosfato, ferro dissolvido, cálcio e magnésio) da água. Dados meteorológicos eram obtidos da estação situada a 4 km do local de estudo. Em cada mês eram amostrados 32 pontos (8 em cada igarapé), cada um com uma área de 30 X 50 cm, a qual era delimitada por uma grade de madeira. Em cada área demarcada eram tomadas medidas da temperatura, correnteza e profundidade da água e da área superficial dos substratos disponíveis. Larvas de S. goeldii e S. rorotaense presentes em cada tipo de substrato eram coletadas, juntamente com o respectivo substrato, e posteriormente contadas. Oito substratos foram amostrados: raiz, folha seca, folha verde, galho, fruto, detrito, pedra e areia; sendo que larvas de S. goeldii eram encontradas apenas nos quatro primeiros substratos e larvas de S. rorotaense eram encontradas apenas nos três primeiros substratos. Os testes utilizados na análise dos dados de S. goeldii indicaram diferenças significativas entre galho e raiz + folha seca + folha verde; entre folha verde e raíz + folha seca; não conseguindo detectar diferenças entre raiz e folha seca. A maior densidade era observada em folha verde, mas esse substrato não era tão abundante quanto raíz e folha seca. Dessa forma, sugere-se que estes últimos sejam os mais importantes no estabelecimento de populações dessa espécie nos locais estudados. S. rorotaense ocorreu em baixa quantidade nos locais amostrados,não sendo possível analisar estatisticamente os dados obtidos. Porém, observou-se que as larvas dessa espécie ocorriam em maior densidade em folha seca. A temperatura da água teve pouca variação durante o ano, ficando em torno de 24°C. Coletou-se larvas de S. goeldii em maior abundância, nos intervalos de correnteza de 40 a 100 cm/s e nos intervalos de profundidade de 1 a 19,9 cm. Uma análise de regressso múltipla com esses dois fatores indicaram que eles explicam parte da variação na quantidade de larvas desta espécie; uma análise de variância dessa regressão e das regressões lineares da profundidade e da correnteza, indicou que o fator mais importante era a correnteza. Coletou-se larvas de S. rorotaense em maior abundância nos intervalos de correnteza de 70 a 100 cm/s e, nos intervalos de profundidade de 1 a 19,9 cm. Observou-se que os maiores picos de ocorrência, das duas espécies, foram no início da estação seca e durante a estação chuvosa, no entanto não obteve-se correlação com precipitação nem com estação. Para determinação do número de estádios larvais de S. goeldii, eram utilizadas observações sobre o estágio de desenvolvimento do histoblasto branquial, a ausência do "egg burster" nas larvas encontradas, a distribuição de freqüências da medidas do comprimento lateral da cápsula cefálica e da largura do apódema cefálico. A precisão na forma de agrupamento dos dado das medidas, para cada estádio, foi testada pela utilização da regra de crescimento de Crosby, regra de crescimento de Dyar pelo teste t de Student. Dessa forma, sugere-se a existência de sete estádios larvais para a espécie S. goeldii.
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Dissertação T 595.77 H198a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 99-0426
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T 595.77 G633v Variação mensal e infecção natural em Lutzomyia umbratilis Ward & Fraiha, 1977, Lutzomyia anduzei Rozeboom, 1942, Lutzomyia flaviscutellata Mangabeira, 1942 e Lutzomyia olmeca nociva Young & Arias, 1982 (Diptera: Psychodidae) e por tripanosomatídeos (Kinetoplastida: Trypanosomatidae) em área de treinamento militar na Amazônia, AM, Brasil / T 595.77 G661d Detecção de predadores naturais das larvas de Simulium fulvinotum Cerq. e Mello (Diptera, Nematocera) / T 595.77 H198a Aspectos bioecológicos de larvas de Simulium goeldii Cerqueira & Nunes de Mello, 1967, com referências a larvas de Simulium rorotaense Floch & Abonnenc, 1946 (Diptera : Simuliidae), na Reserva Florestal Ducke, Amazônia Central / T 595.77 H198a Aspectos bioecológicos de larvas de Simulium goeldii Cerqueira & Nunes de Mello, 1967, com referências a larvas de Simulium rorotaense Floch & Abonnenc, 1946 (Diptera : Simuliidae), na Reserva Florestal Ducke, Amazônia Central / T 595.77 H519r Revisão taxonômica das espécies do gênero neotropical Acanthocera Macquart, 1834 (Diptera : Tabanidae) / T 595.77 H973o Observações biológicas de Toxorhynchites (Lynchiella) haemorrhoidalis haemorrhoidalis (Fabricius, 1794) (Diptera: Culicidae) numa floresta de terra-firme da Amazônia Central e no laboratório / T 595.77 H973o Observações biológicas de Toxorhynchites (Lynchiella) haemorrhoidalis haemorrhoidalis (Fabricius, 1794) (Diptera: Culicidae) numa floresta de terra-firme da Amazônia Central e no laboratório /

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1989

No estudo sobre bioecologia de larvas de simulídeos na Reserva Florestal Ducke, situada a 26 Km de Manaus (AM), foram registradas duas espécies: S. goeldii (75,4%) e S. rorotaense(24,6%). Embora não antropófilas, observações sobre essas espécies oferecem mais subsídios para o conhecimento dos simulídeos, uma família de importância médica e pouco estudada na região Amazônica. Foram realizadas excursões mensais (7/85 a 6/86), utilizando-se quatro igarapés para os pontos de amostragem. Nestes eram tomadas medidas de condutividade elétrica, pH, concentração do O2 dissolvido, substâncias húmicas e de alguns elementos (nitrito, nitrato, amônia, silicato, fosfato, ferro dissolvido, cálcio e magnésio) da água. Dados meteorológicos eram obtidos da estação situada a 4 km do local de estudo. Em cada mês eram amostrados 32 pontos (8 em cada igarapé), cada um com uma área de 30 X 50 cm, a qual era delimitada por uma grade de madeira. Em cada área demarcada eram tomadas medidas da temperatura, correnteza e profundidade da água e da área superficial dos substratos disponíveis. Larvas de S. goeldii e S. rorotaense presentes em cada tipo de substrato eram coletadas, juntamente com o respectivo substrato, e posteriormente contadas. Oito substratos foram amostrados: raiz, folha seca, folha verde, galho, fruto, detrito, pedra e areia; sendo que larvas de S. goeldii eram encontradas apenas nos quatro primeiros substratos e larvas de S. rorotaense eram encontradas apenas nos três primeiros substratos. Os testes utilizados na análise dos dados de S. goeldii indicaram diferenças significativas entre galho e raiz + folha seca + folha verde; entre folha verde e raíz + folha seca; não conseguindo detectar diferenças entre raiz e folha seca. A maior densidade era observada em folha verde, mas esse substrato não era tão abundante quanto raíz e folha seca. Dessa forma, sugere-se que estes últimos sejam os mais importantes no estabelecimento de populações dessa espécie nos locais estudados. S. rorotaense ocorreu em baixa quantidade nos locais amostrados,não sendo possível analisar estatisticamente os dados obtidos. Porém, observou-se que as larvas dessa espécie ocorriam em maior densidade em folha seca. A temperatura da água teve pouca variação durante o ano, ficando em torno de 24°C. Coletou-se larvas de S. goeldii em maior abundância, nos intervalos de correnteza de 40 a 100 cm/s e nos intervalos de profundidade de 1 a 19,9 cm. Uma análise de regressso múltipla com esses dois fatores indicaram que eles explicam parte da variação na quantidade de larvas desta espécie; uma análise de variância dessa regressão e das regressões lineares da profundidade e da correnteza, indicou que o fator mais importante era a correnteza. Coletou-se larvas de S. rorotaense em maior abundância nos intervalos de correnteza de 70 a 100 cm/s e, nos intervalos de profundidade de 1 a 19,9 cm. Observou-se que os maiores picos de ocorrência, das duas espécies, foram no início da estação seca e durante a estação chuvosa, no entanto não obteve-se correlação com precipitação nem com estação. Para determinação do número de estádios larvais de S. goeldii, eram utilizadas observações sobre o estágio de desenvolvimento do histoblasto branquial, a ausência do "egg burster" nas larvas encontradas, a distribuição de freqüências da medidas do comprimento lateral da cápsula cefálica e da largura do apódema cefálico. A precisão na forma de agrupamento dos dado das medidas, para cada estádio, foi testada pela utilização da regra de crescimento de Crosby, regra de crescimento de Dyar pelo teste t de Student. Dessa forma, sugere-se a existência de sete estádios larvais para a espécie S. goeldii.

Área de concentração: Entomologia.

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