Estudo ecológico de Culicidae (Diptera) silvestres criando [sic] em pequenos recipientes de água em mata e em capoeira / José Lopes.

Por: Lopes, JoséColaborador(es):Ramon Arias, Jorge [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1981Notas: 120 f. : ilAssunto(s): Culicidae -- Manaus (AM) -- EcologiaClassificação Decimal de Dewey: 595.705 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1981 Sumário: Foram instalados criadouros plásticos com água destilada, na mata do Campos Universitário e na capoeira do INPA, em Manaus, para estudo do comportamento oviposicional de Culicidae, no período de agosto de 1978 a novembro de 1979. A água dos criadouros analisada após, uma a sete semanas e dois a doze meses de exposição no local de estudo. Na mata foram instalados ainda criadouros em diferentes alturas (1,6 e 11 metros). Na capoeira, foram coletadas as larvas de Limatus durhami, Limatus flavisetosus, os Culex bonnei, Culex mathesoni, Culex urichii, Culex originator, Wyomyia aporonoma, Trichoprosopon (Trichoprosopon) digitatum digitatum. Na mata, além dessas espécies foram coletadas Anopheles sp, e Toxorrhynchites (Lynchiella) haemorrhoidalis haemorrhoidalis. Na capoiera, as larvas do gênero Limatus spp. foram as mais freqüentes e abundantes, mostrando variação populacional sazonal significativa, em análise de variância, a nível de 1% (P 0.01). A mesma flutuação populacional sazonal, foi significativa a nível de 5% (P 0,05), na mata. Esta flutuaçao estã correlacionada com a precipitação, que, nos meses em que não chove, a população diminui. Estas espécies mostram aumento populacional conforme o tempo de exposição do criadouro de uma até sete semanas; esta flutuação é significativa no teste de análise de variância nível de 2,5% (P 0,025) na capoeira e a nível de 5% (P 0,05) na mata. Limatus spp. ocupa maior espaço nos criadouros de 1 a 4 e 7 semanas e o conjunto formado por esta e C. bonnei ocupa um maior espaço em 5 a 6 semanas e ainda em 2 a 9 meses, na capoeira, e na mata ocupa um maior espaço juntamente com C. mathesoni nas águas de uma a quatro semanas e Limatus spp. foi encontrada convivendo com todas as outras espécies acima citadas, sendo o gênero que melhor se adaptou ao criadouro plástico. Existe na mata um Dytiscidae (Coleoptera) do gênero Copelatus sp. que controla a popuIação larval de Culicídeos nos criadouros artificiais. Este predador aparece raramente na capoeira mas é muito freqüente na mata, com sua população aumentando conforme o tempo de exposição da água. As larvas de Limatus spp. são as mais predadas, chegando a reduzir-se sua população a zero, na presença de três ou mais Copelatus n.sp. C. bonnei é a segunda espécie mais freqüente da capoeira e a terceira da mata. Sua população aumenta com o tempo de exposição da água, tendo aparecido, na capoeira em todos os tipos de água. A presença Limatus não influencia a presença ou ausência de C. bonnei no criadouro. Esta espécie foi coletada coexistindo com todas as outras espécies já citadas, ocupando um maior espaço no criadouro com água de dez meses de "idade" juntamente com C. urichii. É a segunda espécie mais devorada pelos predadores. C. mathesoni é uma espécie predominante da mata e a terceira mais abundante da capoeira. Sua populacão mostra flutuação sazonal, na mata, significativa a nivel de 1% (P 0,001), em análise de variância. Esta flutuação está correlacionada com a precipitação sendo que nos meses de seca a densidade populacional é menor. Sua população aumenta com o tempo de exposição do criadouro e esse aumento é significativo a nível de 5% (P 0,05), em análise de variância. Esta espécie pode coexistir com todas as outras acima citadas e ocupa um maior espaço nos criadouros contendo água com 5 e 8 semanas e 3,9 a 12 meses e em seis e sete semanas e com 4,5 e 8 meses de "idade", predominam juntamente com C. urichii, estando presentes em todos os tipos de água. C. urichii é a terceira espécie mais freqüente na mata e na capoeira; sua população aumenta com tempo de exposição da água. Sua freqüência assim como sua população é baixa tanto na mata quanto na capoeira, mostrando assim não se adaptar bem a esse tipo de criadouro. Ela pode coexistir com todas as outras espécies já citadas e ocupa um maior espaço nas águas com seis e sete meses de "idade". Tr.d. digitatum e W. aparonoma só foram coletadas em águas claras tanto na mata como na capoeira, em freqüencia e densidade populacional muito baixa. Anopheles sp. e T. h. haemorroidalis só foram coletadas em uma ocasião nos criadouros com água de uma e sete semanas de "idade" respectivamente, na mata. C. originator só foi coletado em uma ocasião no criadouro com água de oito meses de "idade', na capoeira. Na estratificação vertical para determinarem-se as preferências oviposicionais foram coletadas as larvas de Limatus spp., C. mathesoni, C. urichii, C. originator e C. bonnei, do nível do solo até onze metros de altura, sendo que suas populações vão diminuindo conforme vai se elevando os criadouros. Tr.d. digitatum só foi coletado até seis metros de altura e sua população aumenta com a elevação do criadouro. W aphobema é uma espécie restrita ao nível das copas e Orthopomyia sp. foi coletado somente a seis metros de altura. Tpx. h. haemorroidalis foi coletado a partir do nível do solo até seis metros de altura e sua população aumenta com a elevação do criadouro.
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Dissertação T 595.705 L864e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 81-1533
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Dissertação T 595.705 L864e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 94-0076

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1981

Foram instalados criadouros plásticos com água destilada, na mata do Campos Universitário e na capoeira do INPA, em Manaus, para estudo do comportamento oviposicional de Culicidae, no período de agosto de 1978 a novembro de 1979. A água dos criadouros analisada após, uma a sete semanas e dois a doze meses de exposição no local de estudo. Na mata foram instalados ainda criadouros em diferentes alturas (1,6 e 11 metros). Na capoeira, foram coletadas as larvas de Limatus durhami, Limatus flavisetosus, os Culex bonnei, Culex mathesoni, Culex urichii, Culex originator, Wyomyia aporonoma, Trichoprosopon (Trichoprosopon) digitatum digitatum. Na mata, além dessas espécies foram coletadas Anopheles sp, e Toxorrhynchites (Lynchiella) haemorrhoidalis haemorrhoidalis. Na capoiera, as larvas do gênero Limatus spp. foram as mais freqüentes e abundantes, mostrando variação populacional sazonal significativa, em análise de variância, a nível de 1% (P 0.01). A mesma flutuação populacional sazonal, foi significativa a nível de 5% (P 0,05), na mata. Esta flutuaçao estã correlacionada com a precipitação, que, nos meses em que não chove, a população diminui. Estas espécies mostram aumento populacional conforme o tempo de exposição do criadouro de uma até sete semanas; esta flutuação é significativa no teste de análise de variância nível de 2,5% (P 0,025) na capoeira e a nível de 5% (P 0,05) na mata. Limatus spp. ocupa maior espaço nos criadouros de 1 a 4 e 7 semanas e o conjunto formado por esta e C. bonnei ocupa um maior espaço em 5 a 6 semanas e ainda em 2 a 9 meses, na capoeira, e na mata ocupa um maior espaço juntamente com C. mathesoni nas águas de uma a quatro semanas e Limatus spp. foi encontrada convivendo com todas as outras espécies acima citadas, sendo o gênero que melhor se adaptou ao criadouro plástico. Existe na mata um Dytiscidae (Coleoptera) do gênero Copelatus sp. que controla a popuIação larval de Culicídeos nos criadouros artificiais. Este predador aparece raramente na capoeira mas é muito freqüente na mata, com sua população aumentando conforme o tempo de exposição da água. As larvas de Limatus spp. são as mais predadas, chegando a reduzir-se sua população a zero, na presença de três ou mais Copelatus n.sp. C. bonnei é a segunda espécie mais freqüente da capoeira e a terceira da mata. Sua população aumenta com o tempo de exposição da água, tendo aparecido, na capoeira em todos os tipos de água. A presença Limatus não influencia a presença ou ausência de C. bonnei no criadouro. Esta espécie foi coletada coexistindo com todas as outras espécies já citadas, ocupando um maior espaço no criadouro com água de dez meses de "idade" juntamente com C. urichii. É a segunda espécie mais devorada pelos predadores. C. mathesoni é uma espécie predominante da mata e a terceira mais abundante da capoeira. Sua populacão mostra flutuação sazonal, na mata, significativa a nivel de 1% (P 0,001), em análise de variância. Esta flutuação está correlacionada com a precipitação sendo que nos meses de seca a densidade populacional é menor. Sua população aumenta com o tempo de exposição do criadouro e esse aumento é significativo a nível de 5% (P 0,05), em análise de variância. Esta espécie pode coexistir com todas as outras acima citadas e ocupa um maior espaço nos criadouros contendo água com 5 e 8 semanas e 3,9 a 12 meses e em seis e sete semanas e com 4,5 e 8 meses de "idade", predominam juntamente com C. urichii, estando presentes em todos os tipos de água. C. urichii é a terceira espécie mais freqüente na mata e na capoeira; sua população aumenta com tempo de exposição da água. Sua freqüência assim como sua população é baixa tanto na mata quanto na capoeira, mostrando assim não se adaptar bem a esse tipo de criadouro. Ela pode coexistir com todas as outras espécies já citadas e ocupa um maior espaço nas águas com seis e sete meses de "idade". Tr.d. digitatum e W. aparonoma só foram coletadas em águas claras tanto na mata como na capoeira, em freqüencia e densidade populacional muito baixa. Anopheles sp. e T. h. haemorroidalis só foram coletadas em uma ocasião nos criadouros com água de uma e sete semanas de "idade" respectivamente, na mata. C. originator só foi coletado em uma ocasião no criadouro com água de oito meses de "idade', na capoeira. Na estratificação vertical para determinarem-se as preferências oviposicionais foram coletadas as larvas de Limatus spp., C. mathesoni, C. urichii, C. originator e C. bonnei, do nível do solo até onze metros de altura, sendo que suas populações vão diminuindo conforme vai se elevando os criadouros. Tr.d. digitatum só foi coletado até seis metros de altura e sua população aumenta com a elevação do criadouro. W aphobema é uma espécie restrita ao nível das copas e Orthopomyia sp. foi coletado somente a seis metros de altura. Tpx. h. haemorroidalis foi coletado a partir do nível do solo até seis metros de altura e sua população aumenta com a elevação do criadouro.

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