Fotossíntese e teores de carboidratos em espécies arbóreas crescendo em áreas de pastagens abandonadas na Amazônia Central / Saul Alfredo Antezana Vera

Por: Vera, Saul Alfredo Antezana Saul Alfredo Antezana VeraColaborador(es):Gonçalves, José Fransisco de Carvalho | Silva, Carlos Eduardo Moura daDetalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2012Notas: xx, 64 f. : ilAssunto(s): Ecofisiologia -- Vegetal | Teor de carboidratos | Trocas gasosasClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2012 Sumário: A conversão de áreas de floresta amazônica a outras formas de uso do solo somam mais de 700 mil km2. Destes, cerca de 60% correspondem a áreas de pastagens de baixa produtividade, geralmente, utilizadas durante alguns anos sendo em seguida abandonadas. O abandono ocorre devido à falta de sustentabilidade dos pastos frente à baixa fertilidade natural dos solos da região. Nestas áreas é comum observar espécies arbóreas pioneiras em abundância dando início ao processo de sucessão florestal. Investigar as características fotossintéticas dessas árvores tropicais torna-se importante. Portanto, o presente trabalho se propôs investigar características ecofisiológicas de espécies pioneiras crescendo em sucessão florestal, sobre pastagens abandonadas na Amazônia central. As variáveis analisadas envolvem medições fotossintéticas a elevação de CO2 controlada, as determinações dos carboidratos no nível foliar e radicular; teores de pigmentos cloroplastídicos; área foliar especifica e o potencial hídrico foliar como também o estado nutricional das plantas e o nível de fertilidade dos solos, em cinco espécies pioneiras (Vismia japurensis; Vismia cayennensis; Laetia procera; Goupia glabra; Bellucia dichotoma) crescendo ao longo de um gradiente sucessional, agrupadas em quatro classes de abandono (0-4, 8-12,14-16 e 18-20 anos). O estudo foi realizado em capoeiras localizadas na área experimental do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais-PDBFF (02º34’S, 60º07’W). Respostas da fotossíntese potencial (Apot) apresentaram variação entre 10,76 a 37,78 μmol m-2 s-1 entre as diferentes espécies. V. japurensis; L. procera; e B. dichotoma apresentaram aumento significativo, porém, em V. cayennensis e G. glabra não foi tão evidente. Também variaram os valores de Vc-max e Jmax (135,33 - 32,22 e 113,09 - 55,37 μmol m-2 s-1) entre as diferentes espécies. Em V. Japurensis foi observada diminuição para os respectivos parâmetros ao longo da cronossequência sucessional. Na relação da condutância estomática (gs) B. dichotoma foi à única espécie que apresentou uma diferença significativa entre as quatro diferentes classes de abandono. As concentrações de amido foliar e das raízes foram observados em maiores concentrações nos primeiros estágios sucessionais entre as espécies, porém G. glabra apresentou um padrão constante ao longo da cronossequência. Adicionalmente, os teores de açúcares solúveis totais nas folhas e raízes não apresentaram uma variação significativa entre as diferentes classes de abandono. As concentrações dos pigmentos cloroplastídicos (Chl a, Chl b e Cx+c) entre as espécies, apresentaram maiores concentrações nas primeiras classes de abandono (0-4 anos). O potencial hídrico foliar (Ψw) variou entre -2,5 e -1,1 (MPa) nas diferentes espécies, observando os menores valores entre as classes (0-4 anos). Quanto à área foliar especifica (AFE) os valores variaram de 211 a 43 cm-2 g-1 entre as cinco espécies. Entre as espécies, V. japurensis mostrou menor efeito sobre as diferentes classes de abandono. Em relação ao status nutricional foliar, as espécies apresentaram exigências e/ou estratégias diferenciadas quanto ao acúmulo de elementos minerais no tecido foliar, exibindo variação nos teores de nutrientes entre as diferentes áreas de abandono. Os resultados sugerem uma correlação entre as concentrações nutricionais das plantas e a fertilidade dos solos ao longo da cronossequência sucessional. Concluiu-se que estas espécies apresentaram diferentes estratégias de sustentabilidade, as cinco espécies estudadas mostraram-se comportamentos diferenciados em áreas de regeneração crescendo sobre pastagens abandonadas na Amazônia Central.
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Dissertação T 581.5 A627f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 14-0689
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Dissertação T 581.5 A627f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível INPA.2015.19442

Dissertação (mestre) - INPA, 2012

A conversão de áreas de floresta amazônica a outras formas de uso do solo somam mais de 700 mil km2. Destes, cerca de 60% correspondem a áreas de pastagens de baixa produtividade, geralmente, utilizadas durante alguns anos sendo em seguida abandonadas. O abandono ocorre devido à falta de sustentabilidade dos pastos frente à baixa fertilidade natural dos solos da região. Nestas áreas é comum observar espécies arbóreas pioneiras em abundância dando início ao processo de sucessão florestal. Investigar as características fotossintéticas dessas árvores tropicais torna-se importante. Portanto, o presente trabalho se propôs investigar características ecofisiológicas de espécies pioneiras crescendo em sucessão florestal, sobre pastagens abandonadas na Amazônia central. As variáveis analisadas envolvem medições fotossintéticas a elevação de CO2 controlada, as determinações dos carboidratos no nível foliar e radicular; teores de pigmentos cloroplastídicos; área foliar especifica e o potencial hídrico foliar como também o estado nutricional das plantas e o nível de fertilidade dos solos, em cinco espécies pioneiras (Vismia japurensis; Vismia cayennensis; Laetia procera; Goupia glabra; Bellucia dichotoma) crescendo ao longo de um gradiente sucessional, agrupadas em quatro classes de abandono (0-4, 8-12,14-16 e 18-20 anos). O estudo foi realizado em capoeiras localizadas na área experimental do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais-PDBFF (02º34’S, 60º07’W). Respostas da fotossíntese potencial (Apot) apresentaram variação entre 10,76 a 37,78 μmol m-2 s-1 entre as diferentes espécies. V. japurensis; L. procera; e B. dichotoma apresentaram aumento significativo, porém, em V. cayennensis e G. glabra não foi tão evidente. Também variaram os valores de Vc-max e Jmax (135,33 - 32,22 e 113,09 - 55,37 μmol m-2 s-1) entre as diferentes espécies. Em V. Japurensis foi observada diminuição para os respectivos parâmetros ao longo da cronossequência sucessional. Na relação da condutância estomática (gs) B. dichotoma foi à única espécie que apresentou uma diferença significativa entre as quatro diferentes classes de abandono. As concentrações de amido foliar e das raízes foram observados em maiores concentrações nos primeiros estágios sucessionais entre as espécies, porém G. glabra apresentou um padrão constante ao longo da cronossequência. Adicionalmente, os teores de açúcares solúveis totais nas folhas e raízes não apresentaram uma variação significativa entre as diferentes classes de abandono. As concentrações dos pigmentos cloroplastídicos (Chl a, Chl b e Cx+c) entre as espécies, apresentaram maiores concentrações nas primeiras classes de abandono (0-4 anos). O potencial hídrico foliar (Ψw) variou entre -2,5 e -1,1 (MPa) nas diferentes espécies, observando os menores valores entre as classes (0-4 anos). Quanto à área foliar especifica (AFE) os valores variaram de 211 a 43 cm-2 g-1 entre as cinco espécies. Entre as espécies, V. japurensis mostrou menor efeito sobre as diferentes classes de abandono. Em relação ao status nutricional foliar, as espécies apresentaram exigências e/ou estratégias diferenciadas quanto ao acúmulo de elementos minerais no tecido foliar, exibindo variação nos teores de nutrientes entre as diferentes áreas de abandono. Os resultados sugerem uma correlação entre as concentrações nutricionais das plantas e a fertilidade dos solos ao longo da cronossequência sucessional. Concluiu-se que estas espécies apresentaram diferentes estratégias de sustentabilidade, as cinco espécies estudadas mostraram-se comportamentos diferenciados em áreas de regeneração crescendo sobre pastagens abandonadas na Amazônia Central.

Área de concentração: Botânica

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