Comparação florística e estrutural entre florestas de igapó e campinarana ao longo de gradientes hidro-edáficos na reserva de desenvolvimento sustentável do Uatumã, Amazônia Central / Natália Targhetta

Por: Targhetta, NatáliaColaborador(es):Wittmann, Florian [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2012Notas: xi, 104 f. : ilAssunto(s): Florestas de igapó | Composição florística | Campinarana | Solos oligotróficos | Diversidade florísticaClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2012 Sumário: Na Amazônia, florestas de igapó e campinarana são sistemas de baixa produtividade, localizados sobre solos com baixa disponibilidade de nutrientes e sujeitos à saturação do solo por água e/ou alagamentos periódicos. A composição e diversidade de espécies, a estrutura florestal e a biomassa destes dois ecossistemas podem ser igualmente limitadas pela disponibilidade de nutrientes dos solos nos quais se desenvolvem e alguns estudos sugerem que suas floras são altamente relacionadas. O objetivo do presente estudo foi descrever e comparar a composição e diversidade florística, estrutura e biomassa de um igapó e uma campinarana na Amazônia Central e determinar sua relação com os fatores de textura e nutrientes do solo, duração da inundação (no igapó) e profundidade do lençol freático (na campinarana). Foram inventariados todos os indivíduos com DAP ? 10 cm, distribuídos em seis parcelas de 0,5 ha em cada ecossistema. Foram calculadas a altura e área basal para todos os indivíduos. Foi estimada a biomassa lenhosa acima do solo (AGWB?Above Ground Wood Biomass), sendo a biomassa arbórea estimada com base em dois modelos alométricos que consideram DAP, densidade específica da madeira (?) e altura dos indivíduos e a biomassa de palmeiras estimada com base em um modelo que considera apenas a altura dos indivíduos. Foram encontrados 2163 indivíduos no igapó e 1849 indivíduos na campinarana. Os dois ecossistemas apresentaram solos com elevada acidez e pobres em nutrientes,sendo o igapó argiloso e a campinarana arenosa. A inundação média nas parcelas do igapó variou entre 10 e 202 dias ano-1. A profundidade média do lençol freático na campinarana variou entre 39,7 e 245,5 cm no período chuvoso e entre 92,0 e 315,7 cm no período de estiagem. Embora a campinarana tenha apresentado maior número de espécies, a diversidade alfa de Fisher média não diferiu significativamente entre os dois ecossistemas. A similaridade florística entre ecossistemas revelou-se extremamente baixa (índice de dissimilaridade de Bray-Curtis 0,97). Não houve relação entre os padrões florísticos e os gradientes edáficos e hídricos nos dois ecossistemas. Amanoa cf. guianensis foi a espécie mais importante no igapó e Aldina heterophylla foi a espécie mais importante na campinarana. Os dois ecossistemas são semelhantes quanto à estrutura da vegetação, apresentando porte baixo e elevado número de indivíduos com DAP pequeno. São semelhantes também quanto à biomassa: AGWB variou entre 141 e 152 Mg ha-1 no igapó e entre 152 e 164 Mg ha-1 na campinarana. A biomassa não foi relacionada ao gradiente edáfico nos dois ecossistemas e à profundidade do lençol freático na campinarana, mas foi negativamente relacionada à duração da inundação no igapó. Os baixos valores de biomassa encontrados para o igapó e a campinarana, quando comparados a outros ecossistemas amazônicos, são provavelmente um reflexo da escassez de nutrientes dos solos nos quais se desenvolvem.
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Dissertação (mestre) - INPA, 2012

Na Amazônia, florestas de igapó e campinarana são sistemas de baixa produtividade, localizados sobre solos com baixa disponibilidade de nutrientes e sujeitos à saturação do solo por água e/ou alagamentos periódicos. A composição e diversidade de espécies, a estrutura florestal e a biomassa destes dois ecossistemas podem ser igualmente limitadas pela disponibilidade de nutrientes dos solos nos quais se desenvolvem e alguns estudos sugerem que suas floras são altamente relacionadas. O objetivo do presente estudo foi descrever e comparar a composição e diversidade florística, estrutura e biomassa de um igapó e uma campinarana na Amazônia Central e determinar sua relação com os fatores de textura e nutrientes do solo, duração da inundação (no igapó) e profundidade do lençol freático (na campinarana). Foram inventariados todos os indivíduos com DAP ? 10 cm, distribuídos em seis parcelas de 0,5 ha em cada ecossistema. Foram calculadas a altura e área basal para todos os indivíduos. Foi estimada a biomassa lenhosa acima do solo (AGWB?Above Ground Wood Biomass), sendo a biomassa arbórea estimada com base em dois modelos alométricos que consideram DAP, densidade específica da madeira (?) e altura dos indivíduos e a biomassa de palmeiras estimada com base em um modelo que considera apenas a altura dos indivíduos. Foram encontrados 2163 indivíduos no igapó e 1849 indivíduos na campinarana. Os dois ecossistemas apresentaram solos com elevada acidez e pobres em nutrientes,sendo o igapó argiloso e a campinarana arenosa. A inundação média nas parcelas do igapó variou entre 10 e 202 dias ano-1. A profundidade média do lençol freático na campinarana variou entre 39,7 e 245,5 cm no período chuvoso e entre 92,0 e 315,7 cm no período de estiagem. Embora a campinarana tenha apresentado maior número de espécies, a diversidade alfa de Fisher média não diferiu significativamente entre os dois ecossistemas. A similaridade florística entre ecossistemas revelou-se extremamente baixa (índice de dissimilaridade de Bray-Curtis 0,97). Não houve relação entre os padrões florísticos e os gradientes edáficos e hídricos nos dois ecossistemas. Amanoa cf. guianensis foi a espécie mais importante no igapó e Aldina heterophylla foi a espécie mais importante na campinarana. Os dois ecossistemas são semelhantes quanto à estrutura da vegetação, apresentando porte baixo e elevado número de indivíduos com DAP pequeno. São semelhantes também quanto à biomassa: AGWB variou entre 141 e 152 Mg ha-1 no igapó e entre 152 e 164 Mg ha-1 na campinarana. A biomassa não foi relacionada ao gradiente edáfico nos dois ecossistemas e à profundidade do lençol freático na campinarana, mas foi negativamente relacionada à duração da inundação no igapó. Os baixos valores de biomassa encontrados para o igapó e a campinarana, quando comparados a outros ecossistemas amazônicos, são provavelmente um reflexo da escassez de nutrientes dos solos nos quais se desenvolvem.

Área de concentração : Ecologia

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