Regeneração de espécies arbóreas em clareiras antropizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá- RDSM, Amazônia Central / Teresinha Maria de Andrade.

Por: Andrade, Teresinha Maria deColaborador(es):Piedade, Maria Teresa Fernandez | Schöngart, JochenDetalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2012Notas: 90 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Floresta de várzea -- Amazônia Central | Regeneração natural | ClareirasClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2012 Sumário: Dentre os estudos realizados sobre clareiras em regiões tropicais, muito poucos analisam os padrões de regeneração em clareiras antropizadas nas florestas inundáveis da Amazônia, especialmente nas várzeas, as zonas rurais mais populosas da região. Este estudo, realizado no Setor Jarauá da RDSM, Amazônia Central, Brasil, objetivou comparar os padrões de regeneração florestal na várzea quando a floresta é submetida às atividades agrícolas e extrativistas, em comparação à regeneração natural do sub-bosque florestal intacto. Foram amostradas vinte clareiras de origem agrícola, dezessete originadas da prática de extrativismo madeireiro e dezessete no sub-bosque florestal, de várzea alta (submetidas a períodos de inundação de até 3 m), totalizando 54 amostras. Em cada uma das clareiras foi estabelecida uma parcela circular de 5 m de raio, sendo inventariados todos os indivíduos acima de 1 m de altura e 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito). As espécies presentes, tanto em clareiras de origem agrícola (CA) e de origem extrativista (CE), quanto em sub-bosque (SB) foram determinadas, classificadas quanto ao Índice de Valor de Importância (IVI), diversidade e similaridade. Com base em modelos alométricos considerando altura, DAP e as densidades da madeira obtidas na literatura, a biomassa das diferentes clareiras foi calculada. Foi amostrado um total de 1976 indivíduos, pertencentes a 42 famílias e 177 espécies, sendo 436 indivíduos em clareiras agrícolas em uma área amostral de 1570,80 m2, 885 indivíduos em clareiras extrativistas e 655 indivíduos no sub-bosque em áreas amostrais de 1335,18 m2. O DAP e a altura dos indivíduos diferiram entre os tipos de vegetação CA, CE e SB. O coeficiente de correlação (r2) nas clareiras agrícolas foi 72% para 436 indivíduos, nas clareiras extrativistas (70%) para 855 indivíduos e no sub-bosque preservado (76%) para 655 indivíduos. Considerando a média dos valores para cada tipo de vegetação, foi observado que a biomassa foi maior na CASBCE. Em contraste com as clareiras agrícolas, clareiras extrativistas e áreas de subbosque contínuo apresentaram maior similaridade florística, assim como maior diversidade de espécies regenerantes, indicando que a atividade agrícola exerce um maior impacto sobre a floresta e sua regeneração.
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Tese T 581.5 A553r (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0542

Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2012

Dentre os estudos realizados sobre clareiras em regiões tropicais, muito poucos analisam os padrões de regeneração em clareiras antropizadas nas florestas inundáveis da Amazônia, especialmente nas várzeas, as zonas rurais mais populosas da região. Este estudo, realizado no Setor Jarauá da RDSM, Amazônia Central, Brasil, objetivou comparar os padrões de regeneração florestal na várzea quando a floresta é submetida às atividades agrícolas e extrativistas, em comparação à regeneração natural do sub-bosque florestal intacto. Foram amostradas vinte clareiras de origem agrícola, dezessete originadas da prática de extrativismo madeireiro e dezessete no sub-bosque florestal, de várzea alta (submetidas a períodos de inundação de até 3 m), totalizando 54 amostras. Em cada uma das clareiras foi estabelecida uma parcela circular de 5 m de raio, sendo inventariados todos os indivíduos acima de 1 m de altura e 10 cm de DAP (diâmetro à altura do peito). As espécies presentes, tanto em clareiras de origem agrícola (CA) e de origem extrativista (CE), quanto em sub-bosque (SB) foram determinadas, classificadas quanto ao Índice de Valor de Importância (IVI), diversidade e similaridade. Com base em modelos alométricos considerando altura, DAP e as densidades da madeira obtidas na literatura, a biomassa das diferentes clareiras foi calculada. Foi amostrado um total de 1976 indivíduos, pertencentes a 42 famílias e 177 espécies, sendo 436 indivíduos em clareiras agrícolas em uma área amostral de 1570,80 m2, 885 indivíduos em clareiras extrativistas e 655 indivíduos no sub-bosque em áreas amostrais de 1335,18 m2. O DAP e a altura dos indivíduos diferiram entre os tipos de vegetação CA, CE e SB. O coeficiente de correlação (r2) nas clareiras agrícolas foi 72% para 436 indivíduos, nas clareiras extrativistas (70%) para 855 indivíduos e no sub-bosque preservado (76%) para 655 indivíduos. Considerando a média dos valores para cada tipo de vegetação, foi observado que a biomassa foi maior na CASBCE. Em contraste com as clareiras agrícolas, clareiras extrativistas e áreas de subbosque contínuo apresentaram maior similaridade florística, assim como maior diversidade de espécies regenerantes, indicando que a atividade agrícola exerce um maior impacto sobre a floresta e sua regeneração.

Área de concentração: Biodiversidade Vegetal da Amazônia, Reprodução e Crescimentos de Vegetais

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