Variabilidade de climática regional e controle da vegetação no sudeste: um estudo de observações sobre cerrado e cana-de-açúcar e modelagem numérica da atmosfera / Robinson I. Negrón Juárez.

Por: Negrón Juárez, Robinson IColaborador(es):Rocha, Humberto R. da [Orientador]Detalhes da publicação: 2004Notas: xxii, 163 f. : ilAssunto(s): Mudanças climáticas | Solos -- Uso | -- Aspectos ambientaisClassificação Decimal de Dewey: 551.6 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, 2004 Sumário: A tese aborda os padrões climáticos e de fluxos de superfície sobre ecossistemas naturais e mudanças de uso da terra no Sudeste do Brasil. Foi realizado um estudo observacional de campo contínuo e de longo prazo, sobre dois biomas regionais representativos, e um experimento de modelagem numérica, com o objetivo de avaliarse o impacto da substituição da vegetação primitiva no Sudeste pelas atuais formas de uso da terra. Reportam-se as observações de variáveis climáticas (estação meteorológica e fluxos radiativos) e de fluxos turbulentos de água, calor e CO2 sobre um ecossistema de cerrado sensu stricto e um agroecossistema de cana-de-açúcar, no período de 2001 a 2002. As análises indicam a variabilidade no ciclo diurno, sazonal e interanual durante o período de estudo, enfatizando-se as principais mudanças dos padrões médios dos fluxos e de clima entre os dois ecossistemas. Houve também notáveis diferenças entre os anos de 2001 e 2002, o primeiro caracterizado com maior número de frentes frias atingindo as áreas experimentais, o que produziu efeitos nos fluxos de superfície pela resposta da vegetação e pelo clima. O experimento numérico com o modelo BRAMS (Brazilian RAMS) beneficiou-se dos resultados observacionais para a prescrição e validação dos conjuntos de parâmetros utilizados na definição dos biomas de superfície. Com o objetivo de avaliarem-se as conseqüências do desmatamento nos últimos 150 anos, resultante das mudanças seculares de uso da terra, uma máscara com a vegetação primitiva (circa 1850, predominando-se Cerrados e Mata Atlântica) foi estabelecida no experimento de controle, e outra máscara de vegetação atual (predominando-se áreas agrícolas) foi utilizada como experimento (de vegetação) atual. Para simulações de 12 meses (nos 2 ecossistemas), o experimento atual indicou que a mudança de uso da terra influenciou na distribuição espacial de chuvas, que se acentuou sobre algumas áreas, e reduziu-se sobre outras, com extremos de ±200 mm ano-¹ na estação úmida e ±50 mm ano-¹ na estação seca, com forte dependência do tipo e distribuição de vegetação. Sobre toda a área do Sudeste, o impacto médio anual teve uma redução de 5% na precipitação e um aumento de até 0,6°C na temperatura do ar à superfície.
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Tese (doutor) - Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, 2004

A tese aborda os padrões climáticos e de fluxos de superfície sobre ecossistemas naturais e mudanças de uso da terra no Sudeste do Brasil. Foi realizado um estudo observacional de campo contínuo e de longo prazo, sobre dois biomas regionais representativos, e um experimento de modelagem numérica, com o objetivo de avaliarse o impacto da substituição da vegetação primitiva no Sudeste pelas atuais formas de uso da terra. Reportam-se as observações de variáveis climáticas (estação meteorológica e fluxos radiativos) e de fluxos turbulentos de água, calor e CO2 sobre um ecossistema de cerrado sensu stricto e um agroecossistema de cana-de-açúcar, no período de 2001 a 2002. As análises indicam a variabilidade no ciclo diurno, sazonal e interanual durante o período de estudo, enfatizando-se as principais mudanças dos padrões médios dos fluxos e de clima entre os dois ecossistemas. Houve também notáveis diferenças entre os anos de 2001 e 2002, o primeiro caracterizado com maior número de frentes frias atingindo as áreas experimentais, o que produziu efeitos nos fluxos de superfície pela resposta da vegetação e pelo clima. O experimento numérico com o modelo BRAMS (Brazilian RAMS) beneficiou-se dos resultados observacionais para a prescrição e validação dos conjuntos de parâmetros utilizados na definição dos biomas de superfície. Com o objetivo de avaliarem-se as conseqüências do desmatamento nos últimos 150 anos, resultante das mudanças seculares de uso da terra, uma máscara com a vegetação primitiva (circa 1850, predominando-se Cerrados e Mata Atlântica) foi estabelecida no experimento de controle, e outra máscara de vegetação atual (predominando-se áreas agrícolas) foi utilizada como experimento (de vegetação) atual. Para simulações de 12 meses (nos 2 ecossistemas), o experimento atual indicou que a mudança de uso da terra influenciou na distribuição espacial de chuvas, que se acentuou sobre algumas áreas, e reduziu-se sobre outras, com extremos de ±200 mm ano-¹ na estação úmida e ±50 mm ano-¹ na estação seca, com forte dependência do tipo e distribuição de vegetação. Sobre toda a área do Sudeste, o impacto médio anual teve uma redução de 5% na precipitação e um aumento de até 0,6°C na temperatura do ar à superfície.

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