Divergência genética entre populações alopátricas de Anopheles nuneztovari Gabaldón, 1940 (Diptera: Culicidae) do Brasil e da Colômbia / Vera Margarete Scarpassa.

Por: Scarpassa, Vera MargareteColaborador(es):Tadei, Wanderli Pedro [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1996Notas: 171f. : ilAssunto(s): Anopheles -- Brasil | Anopheles -- Colômbia | Anopheles -- GenéticaClassificação Decimal de Dewey: 595.77 Nota de dissertação: Doutorado INPA/UFAM, 1996 Sumário: A diferenciação geográfica de populações de Anopheles nuneztovari foi estimada utilizando-se marcadores aloenzimáticos em amostras procedentes de quatro populações da Amazônia brasileira (km 206 da Rodovia BR-174; Puraquequara; Tucuruí; Nova Mazagão) e duas da Colômbia (Tibú; Palo Grande/Sitronela). Dos 16 locos estudados, observou-se variantes alélicas para onze, sendo os demais (LAP2, LAP4, IDN2, ME, XDH1 ) monomórficos, em todas as populações. Dentre os polimórficos, o maior número de alelos foi observado para os locos PGM e EST5 nas populações do Brasil, enquanto que o loco ACON apresentou número maior de alelos nas duas populações da Colômbia. A pouca variação genética temporal detectada nas localidades da BR-174 e de Tucuruí foi interpretada como decorrente de populações de tamanho efetivo grande, que oscilaram pouco durante os períodos amostrais. A ausência de deriva genética aleatória foi proposta para a manutenção da estabilidade temporal. As populações geográficas da Amazônia brasileira mostraram, com base nas estatísticas F de Wright e valores de distância genética, estrutura genética mínima e pouca diferenciação geográfica. Esta homogeneidade genética pode ser um indicativo do elevado nível de fluxo gênico, em escalas espaciais macrogeográficas, possibilitando propor que as populações brasileiras compreendem uma grande população panmítica. Contudo, não foi excluída a hipótese de que estas populações sejam recentes, não tendo havido divergência evolutiva suficiente para expressar a diferenciação entre elas. Evidências para diferenciação genética foi encontrada para o loco alfa-GPD, entre as duas populações da Colômbia. Comparando-se as populações do Brasil e as da Colômbia, os valores de Fst de distância genética evidenciaram diferenciação aloenzimática considerável, de maior magnitude entre as populações de Palo Grande/Sitronela e as brasileiras. Os valores de distância genética entre estas populações encontram-se dentro dos limites de uma divergência interespecífica para anofelinos. As relações genéticas entre as populações mostraram dois grandes agrupamentos, constituídos pelas populações do Brasil e pelas populações da Colômbia. os resultados indicam que esta divergência originou-se basicamente dos locos alfa-GPD e MDH. Contudo, o loco EST5 também mostrou evidências para diferenciação geográfica, de maior magnitude entre as populações de Nova Mazagão e da Colômbia. Foi proposta a existência de pelo menos duas espécies crípticas para A. nuneztovari, cuja divergência genética ocorreu de forma alopátrica. Foi discutida a hipótese de que as barreiras geográficas restringiram o fluxo gênico, tendo influência no processo de especiação. Dada a impossibilidade de cruzamentos em laboratório para esta espécie, a existência de um complexo para A. nuneztovari terá que ser inferida, basicamente, com a utilização de marcadores genéticos.
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Dissertação T 595.77 S286d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0282
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Dissertação T 595.77 S286d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1400

Doutorado INPA/UFAM, 1996

A diferenciação geográfica de populações de Anopheles nuneztovari foi estimada utilizando-se marcadores aloenzimáticos em amostras procedentes de quatro populações da Amazônia brasileira (km 206 da Rodovia BR-174; Puraquequara; Tucuruí; Nova Mazagão) e duas da Colômbia (Tibú; Palo Grande/Sitronela). Dos 16 locos estudados, observou-se variantes alélicas para onze, sendo os demais (LAP2, LAP4, IDN2, ME, XDH1 ) monomórficos, em todas as populações. Dentre os polimórficos, o maior número de alelos foi observado para os locos PGM e EST5 nas populações do Brasil, enquanto que o loco ACON apresentou número maior de alelos nas duas populações da Colômbia. A pouca variação genética temporal detectada nas localidades da BR-174 e de Tucuruí foi interpretada como decorrente de populações de tamanho efetivo grande, que oscilaram pouco durante os períodos amostrais. A ausência de deriva genética aleatória foi proposta para a manutenção da estabilidade temporal. As populações geográficas da Amazônia brasileira mostraram, com base nas estatísticas F de Wright e valores de distância genética, estrutura genética mínima e pouca diferenciação geográfica. Esta homogeneidade genética pode ser um indicativo do elevado nível de fluxo gênico, em escalas espaciais macrogeográficas, possibilitando propor que as populações brasileiras compreendem uma grande população panmítica. Contudo, não foi excluída a hipótese de que estas populações sejam recentes, não tendo havido divergência evolutiva suficiente para expressar a diferenciação entre elas. Evidências para diferenciação genética foi encontrada para o loco alfa-GPD, entre as duas populações da Colômbia. Comparando-se as populações do Brasil e as da Colômbia, os valores de Fst de distância genética evidenciaram diferenciação aloenzimática considerável, de maior magnitude entre as populações de Palo Grande/Sitronela e as brasileiras. Os valores de distância genética entre estas populações encontram-se dentro dos limites de uma divergência interespecífica para anofelinos. As relações genéticas entre as populações mostraram dois grandes agrupamentos, constituídos pelas populações do Brasil e pelas populações da Colômbia. os resultados indicam que esta divergência originou-se basicamente dos locos alfa-GPD e MDH. Contudo, o loco EST5 também mostrou evidências para diferenciação geográfica, de maior magnitude entre as populações de Nova Mazagão e da Colômbia. Foi proposta a existência de pelo menos duas espécies crípticas para A. nuneztovari, cuja divergência genética ocorreu de forma alopátrica. Foi discutida a hipótese de que as barreiras geográficas restringiram o fluxo gênico, tendo influência no processo de especiação. Dada a impossibilidade de cruzamentos em laboratório para esta espécie, a existência de um complexo para A. nuneztovari terá que ser inferida, basicamente, com a utilização de marcadores genéticos.

Área de concentração: Entomologia.

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