Variação interanual (1991 - 1993) da dinâmica de colonização de substrato-folha por fauna aquática, em diferentes habitats do lago da hidrelétrica de Balbina, Amazônia Central, Amazonas - Brasil / Gladys Vela Peña.

Por: Vela Peña, GladysColaborador(es):Py-Daniel, Victor [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1996Notas: 192 fAssunto(s): Bentos -- AmazonasClassificação Decimal de Dewey: 574.52632 Nota de dissertação: Tese (Doutor)- INPA/UFAM, 1996 Sumário: Para avaliar a estrutura da comunidade bentônica em três habitats da Usina Hidrelétrica de Balbina foram realizados experimentos de colonização da fauna em substrato vegetal submerso, em diferentes profundidades da coluna de água, nos anos de 1991, 1992 e 1993. Esses experimentos tiveram duração máxima de 60 e 75 dias. A fauna associada ao substrato padrão (Mabea caudata) esteve formada por 7 filos, Arthropoda, Coelenterata, Nematoda, Bryozoa, Annelida, Mollusca e Chordata. As famílias mais abundantes e freqüentes, durante todo o período de estudo foram Naididae (Tubificida), Chydoridae (Cladocera) e Cenestheridae (Conchostraca), sugerindo a persistência destes grupos. O padrão de colonização, mostra em geral, uma tendência de aumentar gradualmente conforme o tempo de exposição do substrato no ambiente. A descontinuidade das tendências pode estar ligada provavelmente, à mobilidade, predação ou emergência dos insetos. A colonização inicial foi sempre maior e mais rápida no habitat de margem; o que sugere que a fonte de organismos é este habitat. Isto, provavelmente é devido às melhores condições do ambiente, tais como: disponibilidade de alimento e proteção, associados a vegetação e madeira submersa. A densidade média da comunidade durante o estudo foi 7.312 ind/m² . A densidade, os índices de riqueza de espécies e diversidade tiveram correlação com as variáveis abióticas como pH, temperatura, oxigênio dissolvido, habitat e profundidade. Também a densidade esteve correlacionada com o carbono total e a amônia. A riqueza esteve correlacionada com o carbono total, a amônia e a cor da água. A densidade, diversidade e riqueza de espécies foram inversamente proporcionais a profundidade dos habitats e ausência total de organismos a partir dos 10m de profundidade, diferente da encontrada no sedimento de ambientes naturais. Tal comportamento foi atribuído a diversos fatores, entre eles as altas concentrações de nutrientes, como amônia e ferro dissolvidos de gases tóxicos, como sulfeto; e às condições de hipóxia, principalmente nas camadas mais profundas. A estabilidade da abundância relativa de alguns grupos e a persistência dos táxons dominantes podem ser características de ambientes bênticos.
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Tese T 574.52632 V432v (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0540

Tese (Doutor)- INPA/UFAM, 1996

Para avaliar a estrutura da comunidade bentônica em três habitats da Usina Hidrelétrica de Balbina foram realizados experimentos de colonização da fauna em substrato vegetal submerso, em diferentes profundidades da coluna de água, nos anos de 1991, 1992 e 1993. Esses experimentos tiveram duração máxima de 60 e 75 dias. A fauna associada ao substrato padrão (Mabea caudata) esteve formada por 7 filos, Arthropoda, Coelenterata, Nematoda, Bryozoa, Annelida, Mollusca e Chordata. As famílias mais abundantes e freqüentes, durante todo o período de estudo foram Naididae (Tubificida), Chydoridae (Cladocera) e Cenestheridae (Conchostraca), sugerindo a persistência destes grupos. O padrão de colonização, mostra em geral, uma tendência de aumentar gradualmente conforme o tempo de exposição do substrato no ambiente. A descontinuidade das tendências pode estar ligada provavelmente, à mobilidade, predação ou emergência dos insetos. A colonização inicial foi sempre maior e mais rápida no habitat de margem; o que sugere que a fonte de organismos é este habitat. Isto, provavelmente é devido às melhores condições do ambiente, tais como: disponibilidade de alimento e proteção, associados a vegetação e madeira submersa. A densidade média da comunidade durante o estudo foi 7.312 ind/m² . A densidade, os índices de riqueza de espécies e diversidade tiveram correlação com as variáveis abióticas como pH, temperatura, oxigênio dissolvido, habitat e profundidade. Também a densidade esteve correlacionada com o carbono total e a amônia. A riqueza esteve correlacionada com o carbono total, a amônia e a cor da água. A densidade, diversidade e riqueza de espécies foram inversamente proporcionais a profundidade dos habitats e ausência total de organismos a partir dos 10m de profundidade, diferente da encontrada no sedimento de ambientes naturais. Tal comportamento foi atribuído a diversos fatores, entre eles as altas concentrações de nutrientes, como amônia e ferro dissolvidos de gases tóxicos, como sulfeto; e às condições de hipóxia, principalmente nas camadas mais profundas. A estabilidade da abundância relativa de alguns grupos e a persistência dos táxons dominantes podem ser características de ambientes bênticos.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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