Contribuição para o cultivo de camarões do gênero Penaeus Fabricius / Jacques-Eric Thomas.

Por: Thomas, Jacques-EricColaborador(es):Nonato, Edmundo Ferraz [Orientador]Detalhes da publicação: São Paulo [s.n.] 1980Notas: 119 f. : ilAssunto(s): Camarões -- Criação de animaisClassificação Decimal de Dewey: 595.3 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, 1980 Sumário: Com a finalidade de se aproveitar zonas alagadiças e manguezais, para implantação de uma cultura semi-extensiva de camarões Peneídeos, o autor, patrocinado pela Cia. Souza Cruz Indústria e Comércio, adaptou as técnicas elaboradas pelo laboratório de Galveston, Texas - USA. As condições ambientais, principalmente as temperaturas elevadas durante todas as estações do ano, permitiram a implantação de um pequeno laboratório às margens da baía de Sepetiba, na localidade de Pedra de Guaratiba, requerendo um mínimo de investimento. Tais instalações em pré fabricado, compreendiam um laboratório de produção de algas e uma unidade de produção de pós-larvas. Fêmeas maduras de camarões rosa Penaeus (Farfantepenaeus) paulensis Pérez Farfante, 1967 e Penaeus (Farfantepenaeus) brasiliensis Latreille, 1817 foram capturadas nas costas do Estado do Rio de Janeiro, com embarcação própria, e trazidas ao laboratório para desova. P. (F.) paulensis e P. (F.) brasiliensis, foram criados com sucesso, desde ovo até juvenil de tamanho comerciável. Durante a incubação das larvas não houve trocas de água nem limpeza dos tanques incubadores. As larvas receberam como alimento na fase de protozoé, algas unicelulares (Skeletonema castatum, Tetraselmis chuii e Chlorella sp.) e, na fase misis, náuplios de artêmias e rotíferos. A densidade larval nos incubadores foi de, no máximo, 275 larvas por litro. A fase larval, foi desenvolvida em tanques incubadores de fibra de vidro, de forma cilindro-cônica, com capacidade de 1000 e 2000 litros, obtendo-se índices de sobrevivência de até 100% na fase de pós-larva. Testes de densidade populacional, em viveiros de 72 m² escavados na tabatinga, demonstraram que uma população de cinco animais por metro quadrado era mais viável num período de engorda de 6 meses. Visando-se ao aumento de produção por unidade de área, elaborou-se cinco tipos de ração ( R.P.C.-31, R.P.C.-22, R.P.C.-13, R.P.-4 e R.C.-4), constituídas basicamente de cabeças de camarão, carne de peixe, farelos e vitaminas. Camarões engordados em tanques circulares de três metros de diâmetro, em compensado naval, mostraram que a ração R.P.C.-31 proporcionou melhores resultados. Ensaios com ração, em viveiros de 72 m² escavados na tabatinga e alimentados diretamente por maré, demonstraram, com as densidades populacionais utilizadas, não haver diferenças significativas entre camarões tratados com dietas artificiais e camarões que receberam alimento, mas sim água de renovação. Experimentos relativos à renovação de água em viveiros de engorda, demonstraram haver grande diferença entre um tratamento com renovação de água e um sem renovação. A engorda de pós-larvas produzidas em laboratório, em viveiros escavados na tabatinga, demonstrou a viabilidade técnica do empreendimento obtendo-se rendimentos variáveis, segundo os diferentes tratamentos.
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Dissertação T 595.3 T458c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 82-0541

Dissertação (mestre) - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, 1980

Com a finalidade de se aproveitar zonas alagadiças e manguezais, para implantação de uma cultura semi-extensiva de camarões Peneídeos, o autor, patrocinado pela Cia. Souza Cruz Indústria e Comércio, adaptou as técnicas elaboradas pelo laboratório de Galveston, Texas - USA. As condições ambientais, principalmente as temperaturas elevadas durante todas as estações do ano, permitiram a implantação de um pequeno laboratório às margens da baía de Sepetiba, na localidade de Pedra de Guaratiba, requerendo um mínimo de investimento. Tais instalações em pré fabricado, compreendiam um laboratório de produção de algas e uma unidade de produção de pós-larvas. Fêmeas maduras de camarões rosa Penaeus (Farfantepenaeus) paulensis Pérez Farfante, 1967 e Penaeus (Farfantepenaeus) brasiliensis Latreille, 1817 foram capturadas nas costas do Estado do Rio de Janeiro, com embarcação própria, e trazidas ao laboratório para desova. P. (F.) paulensis e P. (F.) brasiliensis, foram criados com sucesso, desde ovo até juvenil de tamanho comerciável. Durante a incubação das larvas não houve trocas de água nem limpeza dos tanques incubadores. As larvas receberam como alimento na fase de protozoé, algas unicelulares (Skeletonema castatum, Tetraselmis chuii e Chlorella sp.) e, na fase misis, náuplios de artêmias e rotíferos. A densidade larval nos incubadores foi de, no máximo, 275 larvas por litro. A fase larval, foi desenvolvida em tanques incubadores de fibra de vidro, de forma cilindro-cônica, com capacidade de 1000 e 2000 litros, obtendo-se índices de sobrevivência de até 100% na fase de pós-larva. Testes de densidade populacional, em viveiros de 72 m² escavados na tabatinga, demonstraram que uma população de cinco animais por metro quadrado era mais viável num período de engorda de 6 meses. Visando-se ao aumento de produção por unidade de área, elaborou-se cinco tipos de ração ( R.P.C.-31, R.P.C.-22, R.P.C.-13, R.P.-4 e R.C.-4), constituídas basicamente de cabeças de camarão, carne de peixe, farelos e vitaminas. Camarões engordados em tanques circulares de três metros de diâmetro, em compensado naval, mostraram que a ração R.P.C.-31 proporcionou melhores resultados. Ensaios com ração, em viveiros de 72 m² escavados na tabatinga e alimentados diretamente por maré, demonstraram, com as densidades populacionais utilizadas, não haver diferenças significativas entre camarões tratados com dietas artificiais e camarões que receberam alimento, mas sim água de renovação. Experimentos relativos à renovação de água em viveiros de engorda, demonstraram haver grande diferença entre um tratamento com renovação de água e um sem renovação. A engorda de pós-larvas produzidas em laboratório, em viveiros escavados na tabatinga, demonstrou a viabilidade técnica do empreendimento obtendo-se rendimentos variáveis, segundo os diferentes tratamentos.

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