Desmidioflórula dos lagos Cristalino e São Sebastião, Estado do Amazonas / Dayse Vasques Martins.

Por: Martins, Dayse VasquesColaborador(es):Bicudo, Carlos Eduardo de [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1980Notas: 248 fAssunto(s): Algas -- Cristalino, Lago (AM) | Algas -- São Sebastião, Lago (AM)Classificação Decimal de Dewey: 589.3929 Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1980 Sumário: O presente trabalho é uma contribuição ao levantamento qualitativo das algas desmídias - Mesotaeniaceae e Desmidiaceae - planctônicas dos lagos Cristalino e São Sebastião, Estado do Amazonas, Brasil, visando colaborar para o conhecimento das algas de águas continentais brasileiras. Além disso, fornece subsídios para os estudos ecológicos de lagos amazonenses ao apresentar dados sobre certos parâmetros físicos dos ambientes de coleta, tais como: temperatura do ar e da água, pH, dureza, transparência e profundidade do lago; e químicos como: total de minerais, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, alcalinidade total, cálcio e material húmico. Foram feitas coletas mensais durante um ano, entre fevereiro de 1977 e janeiro de 1978, e o material identificado, num total de 74 táxons infragenéricos, foi descrito em detalhes morfológicos. Completam as descrições as seguintes informações: desenhos, medidas, distribuição geográfica no Brasil e comentários para cada espécie, variedade e forma taxonômica estudadas. Elaborou-se uma chave artificial para identificação do material examinado baseada em caracteres morfológicos vegetativos. Um mapa indicando a localização dos lagos, 9 pranchas com um total de 105 figuras, e 13 tabelas complementam o trabalho. A maior ocorrência de gêneros de desmídias foi observada no Lago Cristalino. Os gêneros de ocorrência comum aos dois lagos foram:Actinotaenium, Closterium, Desmidium, Euastrum, Hyalotheca, Micrasterias, Pleurotaenium, Sphaerozosma, Spondylosium, Staurastrum, Staurodesmus e Xanthidium. Os gêneros Bambusina, Cosmarium, Groenbladia, Netrium e Triploceras só ocorreram no Lago Cristalino. Os gêneros de forma mais compacta (Closterium e Micrasterias) predominaram no Lago Cristalino, enquanto que no São Sebastião a predominância foi de gênero de forma mais espinhosa (Staurastrum e Staurodesmus). A variação na freqüência dos gêneros foi maior no Lago Cristalino que no São Sebastião, sendo que no Lago Cristalino a maior ocorrência de gêneros registrou-se no mês de fevereiro e no São Sebastião no mês de julho. A menor ocorrência de gêneros foi observada no Lago Cristalino no mês de junho e no São Sebastião no mês de outubro. Os gênerosDesmidium e Xanthidium ocorreram em todas as amostras do Lago Cristalino, e Staurastrum e Staurodesmus em todas as amostras do São Sebastião. Bambusina, Micrasterias e Staurastrum estiveram ausente apenas de uma amostra no Lago Cristalino e Closterium deixou de ocorrer no São Sebastião apenas no mês de agosto. Sphaerozosma e Netrium ocorreram um única vez nas amostras do Lago Cristalino, enquanto que nas amostras do São Sebastião os gêneros de ocorrência em uma única amostra foram: Actinotaenium, Euastrum, Pleurotaenium e Xanthidium. Correspondendo à amostra do mês de fevereiro do Lago Cristalino (maior número de gêneros presentes) registraram-se os valores mais elevados de oxigênio dissolvido e de alcalinidade verificados em todo o período de coleta nesse lago, enquanto que à amostra do mês de junho (menos número de gêneros presentes) corresponderam valores de oxigênio dissolvido e alcalinidade muito baixos. O período em que o Rio Negro invadiu o Lago Cristalino, aumentando a profundidade do lago de 3,7 m para 9,9 m, caracterizou-se pela ocorrência de poucos gêneros. Nesse período diminuiu também a transparência da água e o teor de oxigênio dissolvido, mas aumentou o teor de minerais totais. No Lago São Sebastião a freqüência de gêneros aumentou com a maior profundidade do lago. À amostra do mês de julho (maior número de gêneros presentes) correspondeu uma das maiores profundidades registradas para esse lago e também um alto teor de oxigênio dissolvido. Já no mês de outubro (menor número de gêneros presentes), a profundidade registrada foi a menor do período e o teor de oxigênio dissolvido baixo. .
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Tese T 589.3929 M386d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1584

Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1980

O presente trabalho é uma contribuição ao levantamento qualitativo das algas desmídias - Mesotaeniaceae e Desmidiaceae - planctônicas dos lagos Cristalino e São Sebastião, Estado do Amazonas, Brasil, visando colaborar para o conhecimento das algas de águas continentais brasileiras. Além disso, fornece subsídios para os estudos ecológicos de lagos amazonenses ao apresentar dados sobre certos parâmetros físicos dos ambientes de coleta, tais como: temperatura do ar e da água, pH, dureza, transparência e profundidade do lago; e químicos como: total de minerais, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, alcalinidade total, cálcio e material húmico. Foram feitas coletas mensais durante um ano, entre fevereiro de 1977 e janeiro de 1978, e o material identificado, num total de 74 táxons infragenéricos, foi descrito em detalhes morfológicos. Completam as descrições as seguintes informações: desenhos, medidas, distribuição geográfica no Brasil e comentários para cada espécie, variedade e forma taxonômica estudadas. Elaborou-se uma chave artificial para identificação do material examinado baseada em caracteres morfológicos vegetativos. Um mapa indicando a localização dos lagos, 9 pranchas com um total de 105 figuras, e 13 tabelas complementam o trabalho. A maior ocorrência de gêneros de desmídias foi observada no Lago Cristalino. Os gêneros de ocorrência comum aos dois lagos foram:Actinotaenium, Closterium, Desmidium, Euastrum, Hyalotheca, Micrasterias, Pleurotaenium, Sphaerozosma, Spondylosium, Staurastrum, Staurodesmus e Xanthidium. Os gêneros Bambusina, Cosmarium, Groenbladia, Netrium e Triploceras só ocorreram no Lago Cristalino. Os gêneros de forma mais compacta (Closterium e Micrasterias) predominaram no Lago Cristalino, enquanto que no São Sebastião a predominância foi de gênero de forma mais espinhosa (Staurastrum e Staurodesmus). A variação na freqüência dos gêneros foi maior no Lago Cristalino que no São Sebastião, sendo que no Lago Cristalino a maior ocorrência de gêneros registrou-se no mês de fevereiro e no São Sebastião no mês de julho. A menor ocorrência de gêneros foi observada no Lago Cristalino no mês de junho e no São Sebastião no mês de outubro. Os gênerosDesmidium e Xanthidium ocorreram em todas as amostras do Lago Cristalino, e Staurastrum e Staurodesmus em todas as amostras do São Sebastião. Bambusina, Micrasterias e Staurastrum estiveram ausente apenas de uma amostra no Lago Cristalino e Closterium deixou de ocorrer no São Sebastião apenas no mês de agosto. Sphaerozosma e Netrium ocorreram um única vez nas amostras do Lago Cristalino, enquanto que nas amostras do São Sebastião os gêneros de ocorrência em uma única amostra foram: Actinotaenium, Euastrum, Pleurotaenium e Xanthidium. Correspondendo à amostra do mês de fevereiro do Lago Cristalino (maior número de gêneros presentes) registraram-se os valores mais elevados de oxigênio dissolvido e de alcalinidade verificados em todo o período de coleta nesse lago, enquanto que à amostra do mês de junho (menos número de gêneros presentes) corresponderam valores de oxigênio dissolvido e alcalinidade muito baixos. O período em que o Rio Negro invadiu o Lago Cristalino, aumentando a profundidade do lago de 3,7 m para 9,9 m, caracterizou-se pela ocorrência de poucos gêneros. Nesse período diminuiu também a transparência da água e o teor de oxigênio dissolvido, mas aumentou o teor de minerais totais. No Lago São Sebastião a freqüência de gêneros aumentou com a maior profundidade do lago. À amostra do mês de julho (maior número de gêneros presentes) correspondeu uma das maiores profundidades registradas para esse lago e também um alto teor de oxigênio dissolvido. Já no mês de outubro (menor número de gêneros presentes), a profundidade registrada foi a menor do período e o teor de oxigênio dissolvido baixo. .

Área de concentração: Botânica.

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