Comparação ecofisiológica e de atributos de crescimento das herbáceas aquáticas Montrichardia linifera (Arruda) Schott e M. arborescens (L.) Schott em tipologias alagáveis contrastantes na Amazônia Central / Pauline Oliveira Pantoja.

Por: Pantoja, Pauline OliveiraColaborador(es):Piedade, Maria Teresa Fernandez [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2011Notas: 82 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Macrófitas aquáticas -- Amazônia | Influência da inundação | Várzea | IgapóClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2011 Sumário: O pulso de inundação dos rios amazônicos impõe anualmente aos organismos das áreas alagáveis a alternância entre uma fase aquática e uma fase terrestre. Em resposta à inundação periódica as plantas desenvolveram adaptações e padrões específicos de crescimento. Montrichardia arborescens (L.) Schott é uma herbácea aquática que ocorre nas áreas alagáveis por águas pobres em nutrientes (igapós), e Montrichardia linifera (Arruda) Schott ocorre em áreas alagáveis ricas em nutrientes (várzeas). Este trabalho objetivou comparar ambas as espécies, ao longo de um ciclo hidrológico, quanto às taxas de crescimento, densidade dos talos, a biomassa, a fenologia, e concentração de clorofila nas folhas. A concentração de macronutrientes (Ma) e micronutrientes (Mi) das espécies nas fases de cheia e seca também foi medida. O estudo foi realizado no subdistrito de Iranduba, Curari, no rio Solimões (S 03°17'38,5"; W 059°55'47,9"), e na Praia Grande, no rio Negro (S 03°02'18,9"; W 060°32'47,7"). Em oito pontos em cada ambiente foram marcados cinco talos com folhas (CF) e brotos sem folha (SF), para medir a altura e o número de folhas durante 11 meses. Na fase terrestre foram coletados todos os indivíduos das duas espécies presentes em 1m2 (n=10), para a determinação da biomassa seca. A densidade dos talos foi obtida pela diferença entre o peso fresco e peso seco de cinco talos de cada ponto (n = 10). Para a determinação de Ma e Mi nos tecidos das plantas, 10 plantas de cada espécie foram coletadas e feitas amostras compostas. Os talos CF de M. arborescens apresentaram maior taxa de crescimento em relação a M. linifera (F = 4,85; p 0,05), porém, a taxa de crescimento dos brotos não diferiu entre as espécies (F = 3,22 p 0,05). A biomassa entre as espécies tampouco diferiu significativamente (F = 0,22; p 0,05). A densidade dos talos foi maior em M. arborescens (0,10g/m3) do que em M. linifera (0,05g/m3). A floração e frutificação ocorrem em dois picos, um na fase aquática e outro na terrestre. Durante a inundação a concentração de nutrientes sofreu redução de até 23% (Ma) e 27% (Mi) em M. arborescens; e de 14,2% (Ma) e 32,7% (Mi) em M. linifera; M. arborescens não apresentou redução significativa na concentração de clorofila nas folhas, porém, M. linifera mostrou redução significativa de 10%. Os resultados indicam que a espécie M. arborescens não apresenta restrições de crescimento no igapó. Investigações detalhadas sobre a evolução e genética dessas duas espécies são necessárias para poder elucidar sua distribuição diferencial nas áreas alagáveis amazônicas.
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Dissertação T 581.5 P198c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0176

Dissertação (mestre) - INPA, 2011

O pulso de inundação dos rios amazônicos impõe anualmente aos organismos das áreas alagáveis a alternância entre uma fase aquática e uma fase terrestre. Em resposta à inundação periódica as plantas desenvolveram adaptações e padrões específicos de crescimento. Montrichardia arborescens (L.) Schott é uma herbácea aquática que ocorre nas áreas alagáveis por águas pobres em nutrientes (igapós), e Montrichardia linifera (Arruda) Schott ocorre em áreas alagáveis ricas em nutrientes (várzeas). Este trabalho objetivou comparar ambas as espécies, ao longo de um ciclo hidrológico, quanto às taxas de crescimento, densidade dos talos, a biomassa, a fenologia, e concentração de clorofila nas folhas. A concentração de macronutrientes (Ma) e micronutrientes (Mi) das espécies nas fases de cheia e seca também foi medida. O estudo foi realizado no subdistrito de Iranduba, Curari, no rio Solimões (S 03°17'38,5"; W 059°55'47,9"), e na Praia Grande, no rio Negro (S 03°02'18,9"; W 060°32'47,7"). Em oito pontos em cada ambiente foram marcados cinco talos com folhas (CF) e brotos sem folha (SF), para medir a altura e o número de folhas durante 11 meses. Na fase terrestre foram coletados todos os indivíduos das duas espécies presentes em 1m2 (n=10), para a determinação da biomassa seca. A densidade dos talos foi obtida pela diferença entre o peso fresco e peso seco de cinco talos de cada ponto (n = 10). Para a determinação de Ma e Mi nos tecidos das plantas, 10 plantas de cada espécie foram coletadas e feitas amostras compostas. Os talos CF de M. arborescens apresentaram maior taxa de crescimento em relação a M. linifera (F = 4,85; p 0,05), porém, a taxa de crescimento dos brotos não diferiu entre as espécies (F = 3,22 p 0,05). A biomassa entre as espécies tampouco diferiu significativamente (F = 0,22; p 0,05). A densidade dos talos foi maior em M. arborescens (0,10g/m3) do que em M. linifera (0,05g/m3). A floração e frutificação ocorrem em dois picos, um na fase aquática e outro na terrestre. Durante a inundação a concentração de nutrientes sofreu redução de até 23% (Ma) e 27% (Mi) em M. arborescens; e de 14,2% (Ma) e 32,7% (Mi) em M. linifera; M. arborescens não apresentou redução significativa na concentração de clorofila nas folhas, porém, M. linifera mostrou redução significativa de 10%. Os resultados indicam que a espécie M. arborescens não apresenta restrições de crescimento no igapó. Investigações detalhadas sobre a evolução e genética dessas duas espécies são necessárias para poder elucidar sua distribuição diferencial nas áreas alagáveis amazônicas.

Área de concentração : Ecologia

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