Fatores determinantes da distribuição de aves no interflúvio Purus-Madeira / Juliana da Silva Menger.
Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2011Notas: 46 fAssunto(s): Ecologia de comunidades | Aves -- Aspectos ambientais | Dispersão | Florestas tropicais -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011 Sumário: Até o presente, estudos abordando fatores determinísticos e estocásticos que afetam mudanças na composição de espécies entre locais enfocaram, em geral, organismos sésseis. Esses organismos são especialmente suscetíveis a processos aleatórios de dispersão, corroborando premissas da teoria neutra. As aves, aparentemente, apresentam boa capacidade de dispersão. No entanto, em florestas amazônicas, muitas espécies de aves são extremamente sedentárias e apresentam distribuição restrita, tipicamente limitada por grandes rios. Neste estudo avaliamos a importância de efeitos ambientais, medidos pela composição de espécies de palmeiras, relativos aos efeitos da distância geográfica, como fatores geradores de diferenças na composição de aves amazônicas. Nós amostramos 11 localidades em uma floresta de terra firme, distantes aproximadamente 60 km entre si, cobrindo uma extensão de 670 km, no interflúvio Purus-Madeira, Amazônia brasileira. A similaridade das assembleias de aves foi significativamente correlacionada com a composição de palmeiras. Aves de sub-bosque e aves de dossel, analisadas separadamente, também apresentaram forte correlação com a composição de palmeiras. Com o efeito ambiental controlado, a distância geográfica não foi um bom indicador de mudanças na avifauna na área de estudo, não explicando a ocorrência de espécies de nenhum dos grupos de aves. Os resultados sugerem que, na escala espacial e na região deste estudo, as aves não são limitadas pela distância geográfica entre as localidades, podendo se dispersar por toda extensão da área estudada. No entanto, a composição de aves muda entre as localidades amostradas e essas mudanças podem ser melhor explicadas pela variação ambiental, representada pela composição de palmeiras. Embora nossos resultados indiquem que a distância geográfica não tenha efeito sobre as mudanças na composição de aves, enfatizamos que estudos em uma escala maior poderão ajudar a entender os efeitos da limitação de dispersão sobre a composição de aves florestais amazônicas.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Livro | Dissertação | T 574.52642 M544f (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 12-0202 |
Dissertação (mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011
Até o presente, estudos abordando fatores determinísticos e estocásticos que afetam mudanças na composição de espécies entre locais enfocaram, em geral, organismos sésseis. Esses organismos são especialmente suscetíveis a processos aleatórios de dispersão, corroborando premissas da teoria neutra. As aves, aparentemente, apresentam boa capacidade de dispersão. No entanto, em florestas amazônicas, muitas espécies de aves são extremamente sedentárias e apresentam distribuição restrita, tipicamente limitada por grandes rios. Neste estudo avaliamos a importância de efeitos ambientais, medidos pela composição de espécies de palmeiras, relativos aos efeitos da distância geográfica, como fatores geradores de diferenças na composição de aves amazônicas. Nós amostramos 11 localidades em uma floresta de terra firme, distantes aproximadamente 60 km entre si, cobrindo uma extensão de 670 km, no interflúvio Purus-Madeira, Amazônia brasileira. A similaridade das assembleias de aves foi significativamente correlacionada com a composição de palmeiras. Aves de sub-bosque e aves de dossel, analisadas separadamente, também apresentaram forte correlação com a composição de palmeiras. Com o efeito ambiental controlado, a distância geográfica não foi um bom indicador de mudanças na avifauna na área de estudo, não explicando a ocorrência de espécies de nenhum dos grupos de aves. Os resultados sugerem que, na escala espacial e na região deste estudo, as aves não são limitadas pela distância geográfica entre as localidades, podendo se dispersar por toda extensão da área estudada. No entanto, a composição de aves muda entre as localidades amostradas e essas mudanças podem ser melhor explicadas pela variação ambiental, representada pela composição de palmeiras. Embora nossos resultados indiquem que a distância geográfica não tenha efeito sobre as mudanças na composição de aves, enfatizamos que estudos em uma escala maior poderão ajudar a entender os efeitos da limitação de dispersão sobre a composição de aves florestais amazônicas.
Área de concentração : Ecologia
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