Comparação entre métodos de amostragem de luz e o efeito dos fatores bióticos e abióticos sobre sua disponibilidade em uma floresta tropical na Amazônia Central / Diego Oliveira Brandão.

Por: Brandão, Diego OliveiraColaborador(es):Costa, Flávia Regina Capellotto [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2011Notas: ix, 46 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Ecologia de ecossistemas -- Amazônia | Sensores | Topografia | Biomassa | Luz solar -- DistribuiçãoClassificação Decimal de Dewey: 574.52623 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (Mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA 2011 Sumário: Vários estudos indicam a luz como o principal recurso determinante do número de espécies, crescimento, regeneração e reprodução das árvores presentes no sub-bosque das florestas tropicais maduras. Porém, estudos empíricos apresentam resultados contraditórios, tanto em relação à distribuição da luz na paisagem, quanto sobre seus efeitos na assembleia de plantas, o que dificulta a proposição de uma teoria robusta sobre o assunto. As divergências entre os estudos provavelmente estão relacionadas aos fatores naturais, como a arquitetura das florestas, a variação morfológica e ontogénetica das espécies, e a fatores técnicos, como a ineficiência de medidas indiretas e subjetivas de transmitância e a falta de controle das variáveis ambientais. Este estudo tem dois objetivos. (1) comparar métodos de medida de luz e (2) testar se a variação da luz está relacionada com algumas variáveis ambientais em floresta de terra-firme da Amazônia. Para o primeiro objetivo, comparamos as medidas de luz oriundas de fotografias hemisféricas com medidas do sensor V:VL (vermelho vermelho-longo) para diferentes tamanhos de amostras. Além disso, testamos se o número de registros influencia os valores de transmitância obtidos com o sensor. Em relação ao segundo objetivo, testamos se existe algum padrão de distribuição da luz relacionado à topografia, número de árvores ocupando o sub-bosque e a biomassa arbórea viva acima do solo. Coletamos os dados de transmitância em trechos de 250 metros em 23 parcelas, distantes 1 km entre si, distribuídas sobre a Reserva Ducke, Manaus. Não houve relação entre as fotografias hemisféricas e as medidas do sensor. Porém, existe uma forte relação entre os valores de transmitância obtidos com muitos e poucos registros. Ao contrário do sugerido em estudos anteriores que usaram categorias topográficas e uma categorização simplificada da luz em clareiras e não-clareiras, neste estudo, a transmitância não esteve relacionada com a topografia e tampouco com o número de árvores no sob-bosque. Por outro lado, a biomassa arbórea viva acima do solo foi uma preditora da variação de transmitância. Nesse sentido, em áreas com maior biomassa, o desvio padrão da transmitância é menor, enquanto que a transmitância em áreas com menor biomassa é especialmente heterogêneo. Devido essa amplitude de variação em áreas de menor biomassa, os processos fisiológicos e os nichos relacionados à disponibilidade de luz podem ser mais variados em áreas de menor biomassa.
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Dissertação (Mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA 2011

Vários estudos indicam a luz como o principal recurso determinante do número de espécies, crescimento, regeneração e reprodução das árvores presentes no sub-bosque das florestas tropicais maduras. Porém, estudos empíricos apresentam resultados contraditórios, tanto em relação à distribuição da luz na paisagem, quanto sobre seus efeitos na assembleia de plantas, o que dificulta a proposição de uma teoria robusta sobre o assunto. As divergências entre os estudos provavelmente estão relacionadas aos fatores naturais, como a arquitetura das florestas, a variação morfológica e ontogénetica das espécies, e a fatores técnicos, como a ineficiência de medidas indiretas e subjetivas de transmitância e a falta de controle das variáveis ambientais. Este estudo tem dois objetivos. (1) comparar métodos de medida de luz e (2) testar se a variação da luz está relacionada com algumas variáveis ambientais em floresta de terra-firme da Amazônia. Para o primeiro objetivo, comparamos as medidas de luz oriundas de fotografias hemisféricas com medidas do sensor V:VL (vermelho vermelho-longo) para diferentes tamanhos de amostras. Além disso, testamos se o número de registros influencia os valores de transmitância obtidos com o sensor. Em relação ao segundo objetivo, testamos se existe algum padrão de distribuição da luz relacionado à topografia, número de árvores ocupando o sub-bosque e a biomassa arbórea viva acima do solo. Coletamos os dados de transmitância em trechos de 250 metros em 23 parcelas, distantes 1 km entre si, distribuídas sobre a Reserva Ducke, Manaus. Não houve relação entre as fotografias hemisféricas e as medidas do sensor. Porém, existe uma forte relação entre os valores de transmitância obtidos com muitos e poucos registros. Ao contrário do sugerido em estudos anteriores que usaram categorias topográficas e uma categorização simplificada da luz em clareiras e não-clareiras, neste estudo, a transmitância não esteve relacionada com a topografia e tampouco com o número de árvores no sob-bosque. Por outro lado, a biomassa arbórea viva acima do solo foi uma preditora da variação de transmitância. Nesse sentido, em áreas com maior biomassa, o desvio padrão da transmitância é menor, enquanto que a transmitância em áreas com menor biomassa é especialmente heterogêneo. Devido essa amplitude de variação em áreas de menor biomassa, os processos fisiológicos e os nichos relacionados à disponibilidade de luz podem ser mais variados em áreas de menor biomassa.

Área de concentração : Ecologia

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